9 de outubro de 2009

Não é...

... o tipo de jogo que domine.

O que exige audácia e rapidez de execução.
Think fast, move faster.

Coloco as (minhas) peças com cuidado.
Prefiro demorar algum tempo a passar de nível, fazê-lo sem arriscar.

Por vezes dou voltas escusadas.
Faço manobras inúteis.

Erro sistematicamente quando não penso, não sinto.
O acto mecânico trai-me e eu perco.

Mas o jogo provoca-me:
"Quer tentar outra vez?"

11 de setembro de 2009

É de menos!

Não é que procure um homem dependente, acessório ou apêndice.

Mas acredito que todos os inícios devem ter um quê de sôfrego e ansioso.
Serem um misto antagónico de medo, incredulidade e esperança.
Uma mescla de emoções que nos prende ao telefone, ao MSN ou ao mail.
Uma tempestade de sensações que nos gela ou queima, nos incentiva ou desanima.

Nesse contexto, o exagero é benvindo.
O excesso de atenção, o interesse desmesurado.
A atracção inesgotável, o encanto disparatado.
Palavras até à exaustão, carinho até à saturação.

Um início morno é um prenúncio de morte.
Nem chega a ser um "Talvez", assume-se um quase certo "Não".
Desfaz-se nas horas de espera, congela na indecisão.

Um início morno nem sequer é um início.
É um fim por antecipação.

10 de setembro de 2009

Ele esteve lá



Na festa onde previste que estaria.

Pensei:
"Devias ter ido"
"Afinal, é das poucas emoções que te restam"

Mas recordei outras noites, outras festas.

Aquela onde me acobardei.
A outra em que te deixei.
O beijo que nunca te dei.
O corpo que nunca amei.

E pensei:
"Tola!"
"Fizeste bem!"

"Vives no quase que se torna tudo"
"Morres no quase que nunca chega a ser nada."

3 de setembro de 2009

No futebol...

... sou mais preconceituosa que muitos homens.
E, portanto, na maior parte das vezes, é-me penoso ouvir uma mulher falar sobre este tema.

Ontem, quando acompanhava a Prova Oral, humilhou-me (enquanto mulher e benfiquista) ouvir a convidada do programa (benfiquista de corpo e alma, nas suas palavras!) partilhar a sua opinião sobre o Javi Garcia e o Nuno Gomes.

Admitir que não se tem a mínima ideia se o primeiro é ou não bom jogador (mas lá que tem 'boa presença', tem!) mas ter a certeza absoluta que o segundo é uma "fraude" que há muito já devia ter abandonado o seu Clube é de uma ignorância (e arrogância) pornográfica.

Se só se vê um jogo para apreciar as pernas e os rostos dos jogadores, devemos abster-nos de comentar a sua competência profissional.
Simplesmente porque não saberemos fazê-lo.

"Por qué no te callas?!"
Ou melhor... porque não te limitas a falar do que sabes?!

2 de setembro de 2009

E quando...

... os via já embalados na estrada da vida,
quando os imaginava felizes para sempre,
eis senão quando quebram o idílio que para eles eu havia criado.

Porque tudo parecia rápido e acertado naquele momento.
Próprio do que certamente estaria escrito nas palmas das suas mãos.

Porque tudo surgia natural e simplesmente.
Como se se pertencessem mesmo antes de se conhecerem.

Porque a sua vida não parecia ser a dois mas a um só, feito de dois.
E depois 3... e a seguir 4...

Porque o meu faro não é apurado quando vos penso felizes.
E vejo os sorrisos mas passam-me despercebidas as sombras nos olhares.

Porque sou água límpida e clara que turva mas não esconde.
E julgo-vos água igualmente transparente.

Porque não penetro a rocha que se mostra forte e duradoura.
E escorro enquanto a sinto e perco-me sem conseguir descobri-la.

E por isso, via-vos já embalados na estrada da vida.
E imaginava-vos felizes para sempre...

27 de agosto de 2009

"A menina triste"

É alegria o que me falta.

A que se vê no olhar da vizinha octogenária quando se aperalta para acompanhar a procissão.

A que se sente na voz da prima (10 anos mais velha) quando nos convida para uma noitada a meio de uma semana de trabalho.

A que anima o primo que, sem esperar, perdeu o emprego mas que não se deixa perder em lamúrias.

A que se ouve no riso do tio emigrante só porque agora está cá e afoga as saudades em banquetes, petiscos e outras guloseimas.

Mas eu sigo, constante, na linha recta do gráfico de emoções da minha vida.

Como se, daquela vez em que a linha atingiu mínimos (ou terão sido máximos?) nunca antes alcançados, eu tivesse perdido a capacidade de voltar a fazer variar esse gráfico.

Uma festa é apenas mais uma festa.
Um homem não é nada mais do que um homem.
Um dia é a cópia quase perfeita de qualquer outro.

Sem lágrimas, nem ris(c)os.
Sem vida, sem morte.

Um espelho mágico que reflecte sempre um sorriso calmo, beato.

Sem início(s), sem fim...




P.S. Título descaradamente roubado daqui

5 de agosto de 2009

Será normal, pois então!

É que nem me atrevo a dizer o contrário.

Passado algum tempo de luto, apatia ou desânimo, reerguermo-nos emocionalmente e, mais ou menos rapidamente, encontrarmos outro alguém (ou o mesmo alguém) que nos renove as cores, os sons e os aromas do Mundo.

Por isso, não levo a mal que perguntem.
Ou que assumam que não estou só.

Porque seria normal.
E é verdade... já seria tempo!

No mesmo tempo, acompanhei separações e reatamentos.
Divórcios e novos casamentos.
No mesmo tempo, deu tempo para aventuras e flirts.
Desilusões, romances e finais felizes.

Ninguém fica só por tanto tempo.

Mais ou menos rapidamente, surge alguém que vale a pena.
Que nos faz esquecer o que passou.
Que acelera cada um dos nossos dias.
Que nos faz voltar a ansiar por amanhã.

E, portanto, não estranho que isso aconteça.
Uma e outra vez.
A quem só ouço a história mas também a quem conheço.

Mas se é normal, pois então...
... porque impede o destino que me aconteça?

31 de julho de 2009

"The Curious Case of..."

O meu espírito infantiliza-se
na medida exacta em que o meu corpo envelhece.

Apenas lamento ter sido tão velha
quando o meu corpo era tão jovem...


30 de julho de 2009

Penso tantas vezes...



... estarás comigo amanhã?

E, mesmo antes de adormecer, receio...
... voltarei a ver-te quando acordar?

Porque, nesse dia, foi tudo tão perfeito.

Adorei-te.
Adorei-nos.

E, assim, tantas vezes me interrogo...
... quanto tempo ainda temos?
... quando olharei em volta e terás partido?


Quando me deixarás e me encontrarei sozinha?

26 de junho de 2009

Aquele dia...

... lembrou-me o último episódio de uma telenovela.
E aquele pressuposto de que, no fim, tudo termina bem.
(porque, se nem tudo está bem, é porque ainda não acabou...)

As crianças brincavam no jardim.
O sorriso dele impressionava pela paz em que o sentia.
No cansaço dela adivinhava-se uma azáfama de promessas e dias felizes.
Nas vozes e nos risos, sentia-se o calor do dia e o valor da amizade.

E eu na montra da loja.
De rosto colado ao ecrã de TV.
Do lado de fora.
Olhando para quem vive lá dentro.

E como vivem!
E como vives!

Penso no que sofreste para chegar aqui.
No que riste e partilhaste para conseguir vencer.

Conheço poucos tão merecedores.
E, na minha TV, és personagem principal.

Ela será agora a tua luz... a tua Luna.
E será, com toda a certeza, mais uma estrela no meu firmamento.

Muitos Parabéns, Carlota!!

23 de junho de 2009

O 5º aniversário...



... do blog passou despercebido.

Uma mão cheia de anos.
Uma casa plena de nada.

Ainda assim, sobrevives.

E apenas por isso...

Parabéns!

19 de junho de 2009

Todos os meus 'amores'...

... foram não correspondidos.

Os platónicos amores de infância.
O príncipe que me faria feliz para sempre.

Os românticos amores da adolescência.
O rapaz mais bonito da escola.

Os conturbados amores da faculdade.
O aluno mais rebelde, o colega mais popular.

O primeiro amor.
O homem a cuja vida cheguei muito tarde...

O amor que pensei ter encontrado, afinal.
O homem que levou as minhas ilusões de amor certo.

Não conheço o amor feliz, o amor retribuído.
Mas não o digo com rancor ou amargura.

Apenas surpreendida perante a surpresa de quem,
pela primeira vez,
não encontrou correspondência.

26 de maio de 2009

Não entendo a pressa...

... e travo o gole que sucede ao primeiro tragado com sofreguidão e ânsia.
... e prolongo o beijo e o abraço, atrasando a despedida.
... e adio o virar de página, saboreando o prazer do livro em mãos.
... e caminho devagar porque assim vejo as caras e os passos dos demais.
... e como sentada e leio ou converso, apreciando a minha companhia ou a dos outros.
... e mastigo lentamente, vendo partir primeiro quem chegou depois.
... e dormito ao sol, enquanto a Maria dorme também no meu colo.

E não (pre)encho os meus dias com horas marcadas...
... e sítios para estar...
... e gente para ver...

... porque preciso de sentir o tempo a passar...
... e quero sempre sentir-me no tempo que passa.

19 de maio de 2009

É alívio...

... o que sinto.
Mas só vejo isso agora que já não estás.

Nunca percebi o quanto me ensombravas.
O quanto cedi e (me) comprometi.

Nas tuas costas, ouço agora os desabafos.
As opiniões que, finalmente, conhecem o dia.

E noto, surpresa, que outros se deixaram também ensombrar.

Enleados em caos e preguiça.
Inebriados por talento e respeito.

Às vezes, acordamos muito tarde...
... e de um pesadelo nunca é cedo demais.

Agora que já não estás...
... alívio é tudo (e só) o que sinto.

15 de maio de 2009

A recta...

... estendia-se à minha frente.
E estreitava-se até se tornar um ponto minúsculo... lá, onde os meus olhos já não conseguiam alcançar.

Pensei que, de onde estava, parecia impossível que o meu carro coubesse naquele ponto minúsculo.
E apercebi-me que a Vida também é assim.

À distância, há pontos no caminho que parecem intransponíveis.
Até lá chegarmos...

12 de maio de 2009

Ele(s) e Ela(s)

Gosto das suas perguntas... fazem-me pensar.
E esforço-me por respondê-las... sempre com a verdade.

Às vezes, torna-se indiscreto.
Outras, sem saber, é terapeuta.

E encaminho-o para falar dele e não deles.
E dou por mim a falar de mim e não delas.

Até porque estou habituada a raramente ser como elas.
E ele talvez também seja diferente de outros eles que conheço.

E por isso falo-lhe do medo que me estrangula a loucura.
Dos sustos e dos riscos estúpidos que me sufocam imprudências.

E vemos o cinzento nas nossas palavras...

As amarras a que eu me obriguei.
A rebeldia que ele nunca viveu.

E invejamos quem não se prendeu.
Quem arrisca, sem medo de perder...
... e que ainda não se perdeu.

Mas enquanto ele quer coragem para ser quem é...
... eu só quero força para mudar quem sou...

8 de maio de 2009

Não sei...

... como explicar isto melhor.

Mas recuso-me a discutir com quem não discute comigo...


17 de abril de 2009

As (BOAS!) quecas

Há dias, esta frase tinha chamado a minha atenção:


E, na altura, perguntei-me se haveria sinal de maior solidão.

Que não haja ilusões.
Não há nada mais fácil para uma mulher, qualquer mulher.
Nada tão igualmente acessível, pronto e disponível.

Se eu quero, quando eu quero, há sempre alguém que também quer.
Nunca foi um problema.
Mas nunca provou ser solução.

Quanto melhor a queca, se não passa disso, maior o vazio que fica depois dela.
O vazio estúpido e ridículo de tudo o que é despido de importância e significado.

(muito obrigada, lover4you, por me 'obrigares' a escrever a palavra "queca" no meu blog :D imagino a quantidade de visitas que agora aqui virão ao engano...)

15 de abril de 2009

"You are glasses"

Erica and Callie had a mind-blowing second sexual attempt.
Erica compared it to when she finally got glasses as a kid and what she had thought were just big green blobs were actually leaves.
“I could see the leaves on trees and I didn’t even know I was missing them.
I didn’t know they existed.
You are glasses.”


Viram esta cena na Anatomia de Grey?
Lembro-me dela, de tempos a tempos.
E eu nem gosto particularmente da personagem da Hahn.

Mas a história das folhas e dos 'borrões' verdes...

Confesso que tenho um certo receio de nunca ter visto folhas.
Pior!
Tenho medo de nem sequer saber que elas existem...

14 de abril de 2009

Exercício de Yoga

O professor ia dizendo coisas que eu já sei há bastante tempo.

Que somos os únicos responsáveis pelo que nos acontece.
Que as dificuldades não são desgraças mas desafios e oportunidades para aprendermos e evoluirmos.
Que é a nossa atitude que conquista (ou repudia) o que desejamos.
Que o passado já passou, o futuro ainda não chegou e só o hoje pode ser vivido e alterado.
E que a nossa bagagem nos pesa apenas quando nos é difícil gerir e aceitar tudo isto.

Algures no tempo, deixamos de ser como o bébé no elevador que nos sorri sem motivo aparente e a quem correspondemos sem duvidar das suas intenções.
Algures no tempo, deixamos de fazer birras, paramos de chorar e amuar porque nos contrariam mas também perdemos a capacidade de rapidamente esquecer o motivo das lágrimas, dos gritos e dos amuos e continuar a avançar.

E, às tantas, perguntou:
"Vocês sabem o que querem?"

E passou-nos um TPC (:D):
"Escrevam num papel 10 coisas que queiram numa relação... seja profissional, de amor ou amizade... e verão que não é tão fácil como parece."

Descobri que ele tem razão.
Neste momento, o que eu mais queria era saber o que quero...

13 de abril de 2009

Longe

Estou tão longe, meu Deus!
Como é que isto aconteceu?

Vejo-vos (juro que vos vejo!) mas não vos sinto...
E cavo ainda maior distância.

Tudo é superficial... pela rama.
- Tudo bem?
- Tudo e contigo?

- O que se vê a fazer?
Respondo rindo.
(gargalhada soturna de quem não vê rumo, nem conhece o caminho)

E os sonhos... ai os sonhos!
Como é possível ainda sonhar contigo? Convosco?
Como é possível ainda magoar-me tanto?

Eu não queria ser ela...
... mas sou.

6 de abril de 2009

Mas abrir o quê?!?!

Nunca percebi esta conversa.

"Tens de te abrir mais"
"Tens de dar oportunidade a que aconteça"
"Tens de deixar os outros entrarem"


Chavões, frases feitas.
De gente muito aberta, não duvido.
Que sabe, por experiência própria, do que fala.

Mas eu sou tão fechada hoje como sempre o fui.

Eu já era fechada quando ele me descobriu.
E continuei fechada quando ele me consolou de quem me descobriu.
E mantive-me fechada quando embarquei em delírios dos que prometiam o que quem me consolou não tinha conseguido prometer.
E mesmo fechada deixei que ele me distraísse dos que me haviam descoberto, consolado e prometido.

Portanto, que tenho eu de abrir?!?!

Se hoje não há ninguém que me descubra, console, prometa ou distraia, que posso eu fazer?

É a vida, só isso!

Às vezes, acontece.
E, às vezes, pura e simplesmente, teima em não acontecer.

27 de março de 2009

If your name is Teresa...



You Are Submissive Sexy

You are sexy because you are sensitive. You feel deeply.

You're the type of person who loves being seduced and pursued.

You're too passive to ever take the lead, but you don't mind waiting for someone to notice you.

And once someone is chasing you, you love every moment until you are caught.

Everything inside your head gets a little intense at times. You can get a bit overwhelmed in the bedroom.

Your senses are very sharp. You are easily stimulated and turned on.

26 de março de 2009

Começou logo...

... na escola primária.
A minha professora achou que eu estava mais avançada que o resto dos meninos e quis que eu fizesse 2 anos num único.
Mas os meus Pais não gostaram da ideia e mantive o passo previsto, um ano de cada vez.

Depois cheguei ao ciclo preparatório e fui a melhor aluna da escola.
Ganhei medalhas e obtive a nota máxima em todas as disciplinas.

No liceu, mantive sem esforço as boas notas.
E, com 15 anos, fui escolhida para representar Portugal no Parlamento Europeu dos Jovens em França, na área de Saúde.

Na PGA (era assim que se chamava, não era?) tive mais de 80% quando a média nacional pouco ultrapassou os 50%.
E numa prova específica de Matemática para acesso à Universidade, tive 75% quando a média nacional foi negativa.
Chegada a altura de escolher o Curso e a Faculdade, tinha média para o que me desse na real gana.

A par disto, sempre tive bons amigos e sempre me considerei 'popular'.
Longe da imagem do 'marrão', só estudava nas vésperas (muito devido à minha crónica falta de memória!) e gostava de jogar vólei e de ir atrás dos rapazes mais giros em todos os intervalos.
O único rapaz com atitude de bully em relação a mim, acabou o ano a dizer que queria casar comigo e ter 5 filhos.

As coisas só começaram a descambar na Faculdade.

O curso foi mal escolhido, sei-o hoje perfeitamente.
E subitamente tornou-se muito mais difícil conseguir bons resultados.
Guardo, com muito carinho, as Amizades que criei nessa altura (e que mantenho até hoje) e a lembrança das festas, dos rallies-paper e dos jogos de King e Espadinha que preenchiam todas as aulas a que nos baldávamos.

Mas o fim da 'época áurea' aproximava-se a grande velocidade.

Mesmo assim, terminei o curso no tempo previsto e a empresa que me contratou foi literalmente buscar-me à Faculdade.
Tudo continuava a chegar-me de mão beijada.

Só então começaram os 'fracassos'...
E nada até aí me tinha preparado para tal cenário.

O 'salve-se quem puder' da selva profissional foi (e continua a ser) o maior obstáculo que nunca consegui ultrapassar.
E o 'parecer mas não ter de ser' continuará sempre a incomodar-me.

O facto de que não consigo impôr-me e de que não me distingo pela positiva, como sempre aconteceu, é um peso complicado de carregar.
E a estagnação pessoal e profissional rouba-me esperança, energia e entusiasmo.

Todos os amigos casaram, tiveram filhos, têm carreiras prósperas e são pessoas realizadas e bem sucedidas.
Se a vida fosse uma corrida, teriam partido depois mas cruzado a meta em primeiro lugar.

E não é fácil suportar a sensação de que me deixei ultrapassar.
De que, sem saber quando, nem como, passei de 'melhor' a 'pior'.

Se bem que em nenhum momento lamente todos os sucessos que vivi, talvez alguns percalços pelo caminho tivessem permitido tornar-me melhor pessoa no presente.
Ou, pelo menos, em alguém não tão inadaptado...

20 de março de 2009

Ele...

... anda sempre 'aziado'.
Azedo de uma inveja parola da 'boa vida' dos outros.

É uma figura pequena e mesquinha.
Servil mas falsamente submisso.

Velho que deplora a vida que tem.
Porque acredita ter mais valor que ninguém.

Que os tais que se passeiam e preguiçam.
Os tais que não merecem mas conquistam.

E espalha fel, difunde lama.
Ave agoirenta, quer-se à distância.

19 de março de 2009

Eu...

... não sou uma pessoa triste.
Mas não sei escrever de outra forma.

Ou escrevo de raiva ou de mágoa.
Ou de saudade ou de dor.

Mas quando escrevo, choro.
E quando choro, sereno.

Eu não sou uma pessoa triste.
Mas não gosto de quem sou.

E o lamento pede lágrimas.
E este pranto exije gritos.

Então choro e digo mágoa.
E mordo dor, disparo raiva.

Eu não sou uma pessoa triste.
A tormenta é ver quem sou.

17 de março de 2009

Há uns tempos atrás...

... já teria escrito vários textos sobre ti.
E andaria, com certeza, entusiasmada com o teu próprio entusiasmo.

Há uns tempos atrás, acharia querido o facto de me chamares "querida".
E calaria, negando evidências, a distância a que te encontras.

Há algum tempo atrás, deixar-me-ia ir e tiraria prazer de elogios e esperança.
Esperança de que, talvez, só talvez, pudesse estar enganada a teu respeito...
... e a meu.

Mas hoje não consigo forçar-me a acreditar.
Muito menos me tento a (cor)responder.

Vejo a distância e as semelhanças que nos afastam.
E recordo outros entusiasmos infundados e outros "querida" tão vazios de querer.

Adivinho a validade das tuas emoções.
Pressinto a fragilidade das tuas ilusões.

Agora estranho quem sente.
Porque eu, simplesmente, não sinto.

16 de março de 2009

11 de março de 2009

A mulher...

... que me olha no espelho não é a mesma que caminha na rua.
E o reflexo que me agrada não surge quando outros olhos me julgam.

10 de março de 2009

Quem inventou...

... que a Primavera é dos amantes?
E que toda a panela tem o seu testo?

Quem disse que o tempo tudo alivia?
Quem afirmou que a tudo nos resignamos?

Quem garantiu que a dor tem sentido único?
E que a rotina, um dia, se tornará indolor?

Quem assegurou que a idade traz serenidade?
E que a solidão é um bem que aprendemos a valorizar?

Quem assumiu que a independência repudia o Amor?
E que o tempo cria uma muralha inviolável?

Quem, estando sozinho, não anseia por um par?
Quem, olhando em redor, não desenha noutra cor?
Quem, sentindo o vazio, não deseja não estar só?

9 de março de 2009

De olhos marejados...

... olhei-os enquanto caminhavam.

Pequenos, rechonchudos, metades de uma mesma laranja.

Um Amor como não sinto por mais ninguém.
Uma Paz como não tenho com mais ninguém.

Repudiei, agoniada, a imagem de um dia sem eles.
E bebi as lágrimas que não sustive.

Sorri, então, com a lembrança do riso alto, momentos antes.
Com a sintonia das críticas e dos gostos, com a intimidade.

E pensei que pode não ser normal...
... mas somos uma laranja com três metades.

6 de março de 2009

Primeiro...

.. foi ele.
Já não nos falávamos há algum tempo e não nos víamos há outro tanto.
Lançou a 'bomba' pouco depois de me dar os Parabéns.
Que encontrou alguém e já está com ela há um ano (!).
Ouvi-lhe as hesitações... a incerteza sobre o compromisso... mas, principalmente, a incredulidade de tamanha (a)ventura.

Depois foi ele.
Falávamos regularmente mas já há muito que nos tínhamos deixado de encontrar.
Quis ver-me.
"Sabes que tenho uma gaja há quase um ano, não sabes?"
Assim mesmo... algo frio, muito cru.
Sem noção do espaço (nem do tempo) que escolheu para mo dizer.
Gelei... e tive pena dela... e de mim.

Mas a gota de água foi ele.
Falávamos o suficiente para que pudesse acompanhar a sua vida... achava eu.
"Estou farto dela... farto de discussões", desabafava.
E partilhava as traições, as aventuras... as facadinhas.
"Vou casar", diz-me agora, "Tem de ser... vou ser pai".
Surpresa indescritível estampada no meu olhar.

Pelos vistos, 2008 foi um ano proveitoso para os meus amigos.
E o início de 2009 está a ser recheado de surpresas para mim...

3 de março de 2009

Coisas que me dizem...


"Tu não és mulher para nada sério..."

27 de fevereiro de 2009

Sonho...

... um Amor de cor silvestre.

De cheiro, brisa e azul de mar.
De sol, luz e redes a balouçar.

Sonho um Amor cândido e simples.

De impulsos urgentes rasgando gelo e lágrimas.
De tranquilo conforto abrandando a tempestade.

Sonho um Amor romântico, violento.

De palavras palermas enchendo de luz o dia...
... e sussurros obscenos profanando de pecado a noite.

Sonho um Amor miúdo e traquina.

De repentes, mergulhos e risos.
De corridas, passeio e gozo.

Sonho um Amor a dois.

De danças lentas e respirações aceleradas.
De carne e saliva e duas peles transpiradas.

Sonho um Amor Amor.

De Amizade, Paixão, Saudade e Dor.
De Paz, Conforto, Inquietação e Fervor.

Sonho um Amor...
... e amo um Sonho.

"O Benfica...

... é obrigado a vencer hoje, se quer manter alguma pressão sobre Porto e Sporting".

A suposta 'notícia' caiu-me mal.
Como me cai (sempre) mal que se suponha que o SLBenfica não joga (sempre) para ganhar.

É perfeitamente indiferente que estejamos na frente da corrida ou a 1 ponto, a 4 ou a 20.
E é completamente secundária a competição em questão.

A vitória é a única meta, o único objectivo.
E não há glória em nenhuma outra atitude.

A vitória do SLBenfica não é a derrota dos rivais.
É, tão simplesmente, a única Luz que nos guia.
E o único Prémio que almejamos!

18 de fevereiro de 2009

O Medo e o Amor

Só existem duas emoções...
... o Medo e o Amor.
Ouvi isto ontem... e fez sentido.

O Ciúme é o Medo de perder.
A Vingança é o Medo de voltar a ser magoado.
O Perdão é Amor.
O Stress é, geralmente, o Medo de defraudar as expectativas de alguém.
A Frustração, o Fracasso e o Insucesso são o Medo de mudar.
E por aí fora...

Temos muito mais Medos do que Amor, se bem me pareceu.
E muito, muito, muito Medo do Amor...

My Blog Personality...




Your Blogging Type is Artistic and Passionate



You see your blog as the ultimate personal expression - and work hard to make it great.

One moment you may be working on a new dramatic design for your blog...

And the next, you're passionately writing about your pet causes.

Your blog is very important - and you're careful about who you share it with.


Acho que só a última frase é que não é verdadeira, uma vez que o meu blog é público ;)

Copiei daqui :)

16 de fevereiro de 2009

Sabem...

... aquelas ganas de cantar alto para que se repare?
Para que se perceba que se sabe a letra?
Para que se mostre que se conhece a canção?

Reconhecem a voz esganiçada que se quer fazer ouvir?

Eu canto sempre baixo.
E, mesmo que a minha voz se dilua na do cantor, o que tento mesmo é nunca sair do tom...

13 de fevereiro de 2009

Todos os dias...

... faço 70km de estrada. O mesmo caminho, duas perspectivas.

Vejo o nascer da cor e da luz. O morrer das sombras e dos medos.

Sinto a pressa dos outros. Que alimenta a minha.

E leio o fumo das chaminés. O movimento das ruas e cafés.

Ouço o burburinho, o silêncio da noite que se quebra. Os passos de quem caminha, os motores de quem acelera.

Mas, à noite, atravesso o frio e a escuridão.
E namoro as luzes das casas e o calor que lhes adivinho.

O cão que acompanha o dono, a criança que faz o TPC.
A mesa que reúne a família, a família que se revê.

Enxoto o arrepio das casas vazias.
Do abandono e da solidão.

E fujo daquela visão.
Afasto depressa o olhar.

E volto a correr.
Quero ultrapassar.

Ai esta eterna pressa de chegar.

12 de fevereiro de 2009

Medo...

Recebi um convite do Saddam Hossain para ser sua amiga no Facebook.

Medo...

11 de fevereiro de 2009

"Tem filhos?"


A pergunta feita de forma inócua.

Ouço-me a responder:
"Não"
Mecânica e displicentemente.

E depois a pergunta que não se atreve a fazer.
"Porque não?"
Ecoando em ambas as mentes.

Respondo só para mim mesma.
"Não quero.
Não está na minha natureza.
É errado?"

Rebelde, desafiadora... angustiada.

6 de fevereiro de 2009

"Vem ver-me"...

... pediste-me, "Sinto-me em baixo".

É do Inverno, eu sei.
Este ar gelado que nos descora.
A chuva cinzenta que nos rouba a luz.

Mas também o sinto.
O cansaço que se entranha e permanece.
O sentido de vida que se desvanece.

Tudo parece meio morto, meio inerte.
Arrasto-me e vou, autómato ao mando dos dias.
Estou sem ser, sou sem estar.

Ainda assim, as horas correm velozes.
Próprias de quem é ditoso.

Passam por nós sem esperar.
Troçam de nós ao passar.

"Vem ver-me", sussurro a rogar.
Faz o tempo parar!


5 de fevereiro de 2009

Na sala de espera da clínica...

... peguei numa daquelas revistas para mulheres (a Happy, se não me engano) e escolhi um artigo pelo título.
Qualquer coisa sobre termos coragem de assumir o que somos.

Se bem me lembro, partilhavam as suas experiências uma lésbica, uma actriz de filmes porno, um portador de HIV e uma advogada que se tinha tornado actriz.

Quando chego à parte da advogada, leio a descrição de que todos os dias passava ao Teatro da Malaposta e que este era como um hímen para ela.

"Um hímen?", perguntei-me eu.
Reli.
Sim, um hímen... era mesmo o que estava lá escrito.
"Pois", racionalizei, "é uma revista para mulheres".

O português consegue ser mesmo muito traiçoeiro...

4 de fevereiro de 2009

Acredito que...

... o puxão de orelhas tenha sido dado com boa intenção.
Com o objectivo de me espevitar, de me 'melhorar'.

Não aceito alguns dos argumentos utilizados mas admito, sem problemas, a raiz do 'problema'.
Não sou proactiva, é verdade.
Não tomo a iniciativa e prefiro muito mais seguir ordens do que dá-las.

Sou diligente e cumpridora.
E espero sempre que, quem trabalha comigo, também o seja.
Por isso, não pressiono, nem me imponho... pelo contrário, aguardo e respeito.

Nada disto, no entanto, deve fazer de mim melhor ou pior colaboradora, melhor ou pior pessoa.
Mas faz, sem sombra de dúvida, com que seja pior chefe.
Ou melhor... faz com que não saiba, nem consiga liderar.

"Cada um é como cada qual"
Não é o que dizem?

Há quem envelheça em carruagens de metro e paragens de autocarro, fustigados por vento e chuva e mergulhados em poças e lama... eternamente subalternos.
E há quem se resguarde das mesmas intempéries em carros que mereceram, protegidos por benefícios que alcançaram e privilégios que conquistaram... já nascidos chefes, dirigentes, directores e presidentes.

E tão bons uns... como os outros.
Não?

2 de fevereiro de 2009

Será...


... romantismo exacerbado?
Ou egoísmo acomodado?

Procurarei realmente a perfeição?
Ou pesarei o esforço da sua realização?

"Eu seria feliz...", escrevi-lhe um dia.
E depois acrescentei...
"... somos admiráveis na nossa coragem.
A coragem que impede que nos acomodemos a uma situação aquém do ideal de vida.
A coragem que não precisa de influências externas para se manifestar.
Ou então, a coragem que é sensível demais a essas influências..."



Será mel o que as abelhas vêm encontrar?
Ou o fel de verem que o mel é fruto a medrar?

29 de janeiro de 2009

Desafio

O Astro já há muito me tinha lançado o desafio.

Por não ter cantores (nem bandas) favoritos, tornou-se algo difícil respondê-lo.

Mas olha... afinal, deu nisto!

1. Colocar uma foto individual minha


Ninguém disse que tinha de ser actual :P

2. Indicar a minha banda favorita

Como já disse acima, não tenho :S
E, para dizer a verdade, não percebi muito bem se tinha de responder com títulos de músicas da minha banda favorita.
Portanto, elegi os No Doubt (sempre achei graça à Gwen Stefan) para me ajudar a responder.

3. Responder às seguintes questões com títulos de músicas:

3.1. És Homem ou Mulher?
"Just a Girl"

3.2. Descreve-te:
"That's Just Me"... "Dark Blue" in my "Tragic Kingdom"

3.3. O que as pessoas acham de ti?
"Different People"

3.4. Como descreves o teu último relacionamento?
"Sad for Me"

3.5. Descreve o estado actual da tua relação.
"Sinking"

3.6. Onde querias estar agora?
"Greener Pastures"

3.7. O que pensas a respeito do amor?
"Don't Speak", "Open the Gate" "Im My Head" and "Start the Fire" "Underneath It All" :D

3.8. Como é a tua vida?
"It's My Life"... just a "Simple Kind Of Life"

3.9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo?
"Marry Me"

3.10. Escreve uma frase sábia.
"Magic’s In The Makeup"... eheheh.


"Happy now?" ;)

27 de janeiro de 2009

Não sei porquê...

... mas fico sempre desiludida quando descubro que uma música que gosto is a cover from the original song.

26 de janeiro de 2009

Com ar sério...

... (quem dera ter-lhe visto a cara nesse momento) propôs-me partilharmos uma casa.
"Sem compromisso!" é bom que fique claro(!).

Sei que pensamos da mesma forma.
E que a sua proposta me agradou.

Divisão de despesas.
(Boa) companhia.

Aqui porque se ficava mais perto dos empregos.
Ou lá porque ele ficava mais perto da praia e do surf.

A Vida devia ser assim tão simples...

23 de janeiro de 2009

À meia noite...

... enquanto engolia com esforço as 12 passas, pensava que talvez fosse uma altura tão boa como qualquer outra para começar a mudar.

Estou cansada destas 'cenas'.

Os teus desafios já não me vencem.
Já não reajo ao teu chamado.

E não te quero desiludir.
Deixar-te ver-me mais baça.

Sei que ficarei (completamente) só.
Mas não o estive menos quando te tive ao meu lado.

Quero tanto fugir desta prisão...

Não a de estar sempre à tua espera.
Mas a de não crer que posso esperar outro alguém.

21 de janeiro de 2009

"Tenho tempo"...

... digo a mim própria.
Na verdade, nem sequer o digo... mas penso-o (como verdade).

Assumo que não me fugirão os dias que estão por vir.
E acredito que nada mos roubará, nada o conseguirá.

O tempo que reservei será meu.
E findará somente na validade que lhe dei.

Não prevejo obstáculos, não previno contratempos.
Não espero contrariedades, não admito incidentes.

E, então, não faço já... aguardo.
E, portanto, não vou hoje... adio.

"Tenho tempo", sei-o com certeza!
Mesmo quando sinto o tempo fugir.

"Terei tempo", afirmo com segurança!
Cega de preguiça, inércia e esperança.

20 de janeiro de 2009

19 de janeiro de 2009

Mas porque é que...

... finalmente decidi aderir a estas modernices?!

E agora?
Comentários (que já eram tão poucos) cadê???

16 de janeiro de 2009

As pessoas...

... são como ruas.

Algumas são grandes avenidas, amplas e arborizadas.
Centrais mas de fácil acesso, têm sempre muitos lugares para estacionar.
Gostamos de as percorrer e é sempre um prazer lá voltar.

Outras são vias rápidas, movimentadas e caóticas.
Fugimos delas sempre que podemos mas, por vezes, não temos alternativa e vemo-nos mesmo obrigados a usá-las.
Aguentamos estoicamente filas e faltas de civismo apenas porque o fim parece justificar a via.

Depois existem as que são estradas nacionais.
Procuramo-las quando queremos fugir ao stress diário.
Permitem-nos alguma margem de manobra e não nos pressionam, nem constrangem.
Nem sempre mais lentamente, com elas chegamos igualmente ao nosso destino.

E ainda há as que são vias reservadas.
Acessíveis mediante pagamento e/ou autorização.
Sossegadas e residenciais.
Privadas e restritas.
Fechadas e luxuosas.
Geralmente, a sua companhia é um privilégio que se lutará eternamente por conquistar.

Mas, por vezes, deparamo-nos com as que são becos e vias esconsas.
Gente escura, mal iluminada.
De vistas estreitas e sem horizontes.
Não oferecem saída, nem primam pela hospitalidade.
Quando caímos no erro de lá entrar, não descansamos enquanto não conseguimos de lá sair.
Em fuga das sombras... em busca do Sol.

Porque "enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar"...

15 de janeiro de 2009

Convenci-me...

... que interessar-me pelos jogos do meu Clube lhe trazia, invariavelmente, uma série de azares e fracos resultados.
Por outro lado, percebi que, se me abstraísse desses acontecimentos e tentasse ignorar até os respectivos calendários, 'a coisa' melhorava consideravelmente.

Por esse motivo, não tenho assistido aos últimos jogos do Glorioso (muito menos com o meu Pai o que significa sempre azar redobrado!!) nem prestado atenção aos resumos e comentários dos supostos 'especialistas na matéria'.

Mas ontem, o meu Pai ligou-me entusiasmado:
"Eh pá... parece que o Di Maria fez um golo fora de série e o Rui Santos vai comentar os jogos às dez e meia... agora fiquei curioso para ver!"

E eu também fiquei... e acabei também por ver.

Já tinha ouvido opiniões sobre este 'comentador' mas nunca, até ontem, as tinha comprovado tão certas.
E que pena não poder estar no lugar daquela jornalista...

Mas o golo do Di Maria é mesmo do outro mundo!
Ficou-me esse consolo.

Ora vejam...

14 de janeiro de 2009

O programa...

... era sobre optimismo.
E todas as pessoas que para lá ligavam afirmavam-se "pessoas muito optimistas!!!"... com vários pontos de exclamação.

Passado algum tempo, parecia-me que o seu optimismo não era mais do que o entusiasmo de um "é preciso pensar positivo!!" e o aparente descaso de um "deixa andar..." ou de um "depois logo se vê...".

Há tempos tinha ouvido a expressão "optimismo responsável".
E, se bem que o contexto em que foi dita não era o mais promissor, soou-me bem mais... responsável.

Ter noção dos 'males' que nos rodeiam e apercebermo-nos de 'ameaças' latentes não é falta de optimismo.
A meu ver é apenas... responsabilidade.

13 de janeiro de 2009

Interessante...


"O ano de 2009 é de preparação para uma nova vida e até para um novo ciclo de sorte, uma vez que termina o ciclo anterior de 11 anos.
O que irá acabar na sua vida que teve início há 10 anos atrás?"

Boa pergunta...

12 de janeiro de 2009

Não é que não queira...

... escrever.
Mas é que todos os inícios me parecem azedos, requeimados, repetidos e velhos.
E, por isso, escrevo um parágrafo e paro!

Que tenho eu para (vos) dizer, afinal?

Que os dias correm sem que os consiga agarrar?
Que o tempo foge sem que o consiga parar?
Que a vida passa sem que a consiga chamar?

E que me afasto?
Que passo, que corro, que fujo?
Dos dias, do tempo... e da vida?

Que tenho eu para (vos) dizer, afinal?
E que interessa isto a quem vive?

5 de janeiro de 2009

Há certas alturas...

... em que o melhor mesmo é rir para não chorar...