17 de abril de 2009

As (BOAS!) quecas

Há dias, esta frase tinha chamado a minha atenção:


E, na altura, perguntei-me se haveria sinal de maior solidão.

Que não haja ilusões.
Não há nada mais fácil para uma mulher, qualquer mulher.
Nada tão igualmente acessível, pronto e disponível.

Se eu quero, quando eu quero, há sempre alguém que também quer.
Nunca foi um problema.
Mas nunca provou ser solução.

Quanto melhor a queca, se não passa disso, maior o vazio que fica depois dela.
O vazio estúpido e ridículo de tudo o que é despido de importância e significado.

(muito obrigada, lover4you, por me 'obrigares' a escrever a palavra "queca" no meu blog :D imagino a quantidade de visitas que agora aqui virão ao engano...)

15 de abril de 2009

"You are glasses"

Erica and Callie had a mind-blowing second sexual attempt.
Erica compared it to when she finally got glasses as a kid and what she had thought were just big green blobs were actually leaves.
“I could see the leaves on trees and I didn’t even know I was missing them.
I didn’t know they existed.
You are glasses.”


Viram esta cena na Anatomia de Grey?
Lembro-me dela, de tempos a tempos.
E eu nem gosto particularmente da personagem da Hahn.

Mas a história das folhas e dos 'borrões' verdes...

Confesso que tenho um certo receio de nunca ter visto folhas.
Pior!
Tenho medo de nem sequer saber que elas existem...

14 de abril de 2009

Exercício de Yoga

O professor ia dizendo coisas que eu já sei há bastante tempo.

Que somos os únicos responsáveis pelo que nos acontece.
Que as dificuldades não são desgraças mas desafios e oportunidades para aprendermos e evoluirmos.
Que é a nossa atitude que conquista (ou repudia) o que desejamos.
Que o passado já passou, o futuro ainda não chegou e só o hoje pode ser vivido e alterado.
E que a nossa bagagem nos pesa apenas quando nos é difícil gerir e aceitar tudo isto.

Algures no tempo, deixamos de ser como o bébé no elevador que nos sorri sem motivo aparente e a quem correspondemos sem duvidar das suas intenções.
Algures no tempo, deixamos de fazer birras, paramos de chorar e amuar porque nos contrariam mas também perdemos a capacidade de rapidamente esquecer o motivo das lágrimas, dos gritos e dos amuos e continuar a avançar.

E, às tantas, perguntou:
"Vocês sabem o que querem?"

E passou-nos um TPC (:D):
"Escrevam num papel 10 coisas que queiram numa relação... seja profissional, de amor ou amizade... e verão que não é tão fácil como parece."

Descobri que ele tem razão.
Neste momento, o que eu mais queria era saber o que quero...

13 de abril de 2009

Longe

Estou tão longe, meu Deus!
Como é que isto aconteceu?

Vejo-vos (juro que vos vejo!) mas não vos sinto...
E cavo ainda maior distância.

Tudo é superficial... pela rama.
- Tudo bem?
- Tudo e contigo?

- O que se vê a fazer?
Respondo rindo.
(gargalhada soturna de quem não vê rumo, nem conhece o caminho)

E os sonhos... ai os sonhos!
Como é possível ainda sonhar contigo? Convosco?
Como é possível ainda magoar-me tanto?

Eu não queria ser ela...
... mas sou.

6 de abril de 2009

Mas abrir o quê?!?!

Nunca percebi esta conversa.

"Tens de te abrir mais"
"Tens de dar oportunidade a que aconteça"
"Tens de deixar os outros entrarem"


Chavões, frases feitas.
De gente muito aberta, não duvido.
Que sabe, por experiência própria, do que fala.

Mas eu sou tão fechada hoje como sempre o fui.

Eu já era fechada quando ele me descobriu.
E continuei fechada quando ele me consolou de quem me descobriu.
E mantive-me fechada quando embarquei em delírios dos que prometiam o que quem me consolou não tinha conseguido prometer.
E mesmo fechada deixei que ele me distraísse dos que me haviam descoberto, consolado e prometido.

Portanto, que tenho eu de abrir?!?!

Se hoje não há ninguém que me descubra, console, prometa ou distraia, que posso eu fazer?

É a vida, só isso!

Às vezes, acontece.
E, às vezes, pura e simplesmente, teima em não acontecer.