28 de fevereiro de 2007

Recomeços

Sou pessoa de (re)começos.
Nada me dá mais energia.

Todos os dias, o nascer do sol.
A luz que me acorda, que me acompanha.

Um novo interesse, uma nova paixão.
A ilusão que renasce, que me estimula.

Um novo projecto, uma nova tarefa.
A novidade que me surpreende, que me ensina.

Novos dias, novos inícios.
Longe da rotina, da melancolia do fim.

Sou pessoa de (re)começos.
E, por isso, sou capaz até mesmo de evitar um final feliz...

27 de fevereiro de 2007

Penso...

... como será.

O silêncio incómodo.
O desconforto da cerimónia.

A vontade de partir.
O medo de não voltar.

As pausas revelando o que não é dito.
As palavras escondendo o que se quer dizer.

Penso como será.
Imagino como seria...

26 de fevereiro de 2007

E 'prontos'...

... os 35 já cá cantam. :)

No big deal, actually.
Já andava a dizer que tinha 35 desde Janeiro! :D

Mas hoje, olhando para ontem...
... lamento o teu silêncio.
... desculpo o teu afastamento (também é culpa minha, eu sei).
... mas, principalmente, dou graças por 'ter' quem 'tenho'.

A todos os que não me esquecem e continuam comigo... after all these years ;)
Muito Obrigada!!!

23 de fevereiro de 2007

O meu blog...

... é um chamariz de atenções mas um dissuasor de aproximações.

À primeira vista, de uma forma geral, pareço passar a imagem de alguém que vale a pena tentar conhecer melhor.

Mas desde interpretações erróneas sobre o que escrevo até receios de que o que me é dito (ou feito) seja aqui exposto sem pudores, tudo leva a que, conhecendo-me ou não, seja mantida sistematicamente uma distância 'segura'.

Não sei se me regozije ou se me entristeça.

O que escrevo não é o que sou.
Mas é preciso conhecer-me para perceber isso...

22 de fevereiro de 2007

E se...


... um amigo de longa data te oferece flores e diz que tem algo para te dizer?

Isso é...

...uma grandessíssima dor de cabeça!!

21 de fevereiro de 2007

E assim...

... me ensombraram o dia.
Roubando-me a ilusão.
Toldando-me a esperança.

Acontece a quem se limita a esperar.

É sina por acreditar no destino.
É castigo de quem se resigna ao "que será, será".

Ah, raiva de não ser quem quero.
Ah, mágoa por ser quem sou.

19 de fevereiro de 2007

Vida Simples


Agrada-me a vida calma do campo.

Lavo loiça, estendo roupa.
Bebo chá, faço scones.

Aninho-me à lareira quando o frio da noite aperta.
Acordo com a chuva ou os pássaros.


Não quero mais do que tenho.
Só me faltas tu...

16 de fevereiro de 2007

O Comentário

Sei que sabes como gosto destes desafios.
Mas este tornou-se deveras complicado.

Comentar um texto que não percebi... e partilhar contigo a minha opinião sobre ele.
Um texto onde começas por admitir que nem o próprio Einstein conseguiria 'ajudar-te'.
Será que esperas que eu possa? ;)

Depressa desisti, claro.
O texto não importa.

Sim, o Amor nem sempre é bonito de se ver.
Mas a beleza física nunca vai conseguir ofuscar a alma... onde foste buscar essa ideia?

Quanto ao insucesso como resultado de todas as tuas relações, digo-te apenas o que uma amiga me disse há dias:
"Ainda não encontraste a pessoa certa... só isso!"
Acreditas?
Eu também não...

15 de fevereiro de 2007

Noite Mágica

De repente, estavas ali à minha frente.
Sorriso inseguro, braços abertos.
Não queria soltar-te, não tão depressa.
Não queria perder-te outra vez.

"Engraçado ter acontecido neste dia, não foi?" disseste-me, sorrindo.
Sim, o teu abraço foi a minha melhor prenda.

Sem esperar... é sempre assim que acontecem as melhores coisas da (minha) vida!

14 de fevereiro de 2007

13 de fevereiro de 2007

Estarás lá...



... se me perder?
Estarás lá quando acordar?

Estarás lá quando cair?
Serás capaz de me segurar?

E se não adormecer?
Estarás lá para me embalar?

Posso contar contigo?
Posso em ti confiar?

12 de fevereiro de 2007

Sabes...

... há quanto tempo nos conhecemos?



Porque continuas aí?

9 de fevereiro de 2007

É difícil...

... traduzir em palavras o que sinto quando leio a paixão de um homem por uma mulher.

Misto de ternura e escárnio.
Batido de saudade e cepticismo.
Mescla de esperança e incredulidade.

Um friozinho no estômago que me faz sonhar.
"É tudo fugaz..." sempre a voz a segredar.

Assim mesmo, leio... e quero acreditar.

8 de fevereiro de 2007

...


Dizia-me ontem um amigo:

"Se da fama não me livro, então tenho fome do proveito"


Pois eu também...
eu também.

7 de fevereiro de 2007

O que já...

... me enjoa (enoja?) nesta história toda da campanha para o referendo é que não parece haver nenhum intuito ou interesse em informar ou esclarecer.

O objectivo de cada lado é apenas convencer mais um a votar da mesma forma.
Fazem-me lembrar as Testemunhas de Jeová e a sua missão evangelizadora, sem querer ofender estas últimas.

Mas nesta campanha, o propósito final é apenas ganhar... simplesmente isso.
Sem nenhum respeito pela individualidade.
Sem nenhuma reverência pela liberdade de escolha e pelo direito a uma opinião contrária.

Não, eu não vou votar 'Sim' para que a tua filha possa abortar condignamente se meter os pés pelas mãos na sua adolescência.
Não, eu não vou votar 'Não' para que o meu dinheiro não seja esbanjado em clínicas e demais apoios à IVG.

O meu voto é meu.
E as minhas motivações são minhas.
Quero e vou ouvir a voz da consciência... mas apenas a da minha.

6 de fevereiro de 2007

Perspectivas

Ainda conto em dias a permanência na minha nova morada e já me apercebo de alguns efeitos da distância.

Engraçado como é imediato o quanto se começa a dar mais valor aos Amigos e à Família.
O quanto a sua voz ao telefona fica mais desejada.
O quanto a sua presença se torna mais querida.

E interessante perceber que o que antes tomávamos como certo, nos parece agora escapar aos poucos entre os dedos...

5 de fevereiro de 2007

Heartbreaking

Eu sabia que ia ser difícil.

Tantas mudanças repentinas.
Uma casa maior, quase isolada.
A falta de móveis, cortinados, luzes e conforto.
Nenhuma companhia (por enquanto).
O frio e o medo como inimigos.

Para tudo me preparei, no entanto.
Tudo se tornou suportável, mesmo desejável, em nome do sonho.

Mas não esperava as tuas lágrimas.
Não contei com a tua tristeza.
Não previ o teu desamparo.

Perdoa-me.