31 de julho de 2007

"As palavras que nunca te direi"

Em tantas ocasiões, remoo o que ficou por dizer.

Termino situações, resolvo dilemas, boicoto relações... quase sempre sem conseguir explicar à outra pessoa porque o fiz, porque o faço.
Mesmo quando tento.

Às vezes penso que, por ter tanto dentro de mim, corro o risco de me esvair se abrir (com)portas.
Outras penso que tenho tão pouco para oferecer que nada sai porque simplesmente nada existe.

Ontem explicaram-me que o nó que fica na garganta pode mesmo magoar fisicamente.
E hoje estou ferida, dorida... completamente perdida.

Se o que procuro é tão simples porque não consigo dizê-lo?
Se o que me dão é tão pouco porque não me permito gritá-lo?

A Vida escoa-se em esperas, em pazes podres.
O Tempo já não se compadece com sonhos e ilusões.

E a única coisa que não disse foi:
"Podias ter sido o meu equilíbrio"

30 de julho de 2007

O meu fim...

... de férias foi um abrupto retorno à realidade.
[como todos os fins (de férias) serão, acredito]

Deitei-me, olhos fechados... e o mundo caiu sobre mim.
Pesou-me, doeu-me.

A tempestade depois da bonança.
As vozes agora tão perto.

A vontade de partir, para longe fugir.
O desejo de ficar, para sempre dormir.

As sombras voltaram, saudosas.
A paz despediu-se, desgostosa.

E foi o meu fim...
... de férias.


13 de julho de 2007

Ao ler-te...

... pensei que, também eu, tenho forma de identificar a (minha) pessoa certa.

É perfeitamente evidente por fornecer prova inequívoca.

É completamente impraticável por ser busca global incansável.

É naturalmente proibitiva por se tornar vinculativa.

Mas, de tão humilhante, é simplesmente inconfessável.


(Boas férias... para mim! ;))

12 de julho de 2007

"Cansei...


... de ser sexy!"
Quero ser linda em trapos velhos.

Cansei de ser pouco.
Tenho direito a mais, mereço tudo.

Cansei de me vender
A quem não me quer comprar.

Cansei de me enganar.
Parei de te procurar.

É impressão minha...

... ou o novo guarda-redes do Sporting é um sósia ligeiramente mais novo do Quim?!

11 de julho de 2007

O que vale...

... é que o castigo sempre segue a má acção.

E quando se foi estúpido com alguém, mais depressa do que imaginamos, alguém se prontifica a ser estúpido connosco.

É a tal força equilibradora do Universo.
Há quem lhe chame karma...

10 de julho de 2007

"Eu sei...

... que tenho um jeito meio estúpido de ser
e de dizer
coisas que podem magoar e ofender
"


E há dias em que refino esta 'maravilhosa' capacidade.
Basta aquecerem-me o rastilho.

Mas mau mesmo é não achar que devo pedir desculpas...

9 de julho de 2007

Não concordo...

... com a ideia generalizada de que falar publicamente de sexo, ser atrevido e 'alegre' e insinuar (ou dizer abertamente) que se é extraordinariamente activo sexualmente é sinónimo de ser moderno e/ou socialmente bem integrado.

Chamem-me antiquada ou pudica mas continuo a achar que quem muito fala, pouco come.
Ou come pior...

6 de julho de 2007

Talvez...

... fosse mais seguro fechar portas e janelas.
Descer estores, fechar portadas.
Usar cadeados, deitar fora as chaves.

Talvez fosse mais calmo deitar-me quieta, no escuro.
Rejeitar ilusões, apagar mensagens, recusar chamadas.
Ficar sozinha, permanecer calada.

Talvez fosse mais fácil não querer nada, nem ninguém.
Não ter sede ou fome.
Não precisar de calor ou companhia.
Bastar-me!

Talvez fosse mais lógico optar pelo silêncio, exorcizar ruídos.
Mais prudente preferir a ausência ao insensato.
Mais inteligente preterir o errado, abraçando o nada.

Mas de uma coisa desconfio.

O seguro não seria tão saudável.
O calmo não seria tão completo.
O fácil não seria tão especial.
O lógico não seria tão singular.
O prudente não seria tão bom...
O inteligente não seria tão Vida.

5 de julho de 2007

Axioma

É possível mentir dizendo a verdade.

4 de julho de 2007

Luto...

... ferozmente!

Ai o pânico de me apaixonar por um sentimento...


2 de julho de 2007

Sinais exteriores...

... de experiência podem, por vezes, ser contraproducentes.
O excesso aparente de prática e/ou conhecimento pode ser verdadeiramente inibidor para terceiros.

Neles será natural a vontade de se mostrar à altura do desafio mas instintivo o impulso imediato de autopreservação, a tentativa de esconder ignorância ou inexperiência.

E quando se tem tanto medo de ser menos, de ficar aquém, adivinha-se que nunca se virá a ser o que quer que seja.
Porque quando se passa tempo demais preocupado com o que se parece, corre-se o risco de não se aprender nada com quem é.

"Confuso?
Completamente!"

Mas verdadeiro...