Em tantas ocasiões, remoo o que ficou por dizer.
Termino situações, resolvo dilemas, boicoto relações... quase sempre sem conseguir explicar à outra pessoa porque o fiz, porque o faço.
Mesmo quando tento.
Às vezes penso que, por ter tanto dentro de mim, corro o risco de me esvair se abrir (com)portas.
Outras penso que tenho tão pouco para oferecer que nada sai porque simplesmente nada existe.
Ontem explicaram-me que o nó que fica na garganta pode mesmo magoar fisicamente.
E hoje estou ferida, dorida... completamente perdida.
Se o que procuro é tão simples porque não consigo dizê-lo?
Se o que me dão é tão pouco porque não me permito gritá-lo?
A Vida escoa-se em esperas, em pazes podres.
O Tempo já não se compadece com sonhos e ilusões.
E a única coisa que não disse foi:
"Podias ter sido o meu equilíbrio"
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