31 de julho de 2007

"As palavras que nunca te direi"

Em tantas ocasiões, remoo o que ficou por dizer.

Termino situações, resolvo dilemas, boicoto relações... quase sempre sem conseguir explicar à outra pessoa porque o fiz, porque o faço.
Mesmo quando tento.

Às vezes penso que, por ter tanto dentro de mim, corro o risco de me esvair se abrir (com)portas.
Outras penso que tenho tão pouco para oferecer que nada sai porque simplesmente nada existe.

Ontem explicaram-me que o nó que fica na garganta pode mesmo magoar fisicamente.
E hoje estou ferida, dorida... completamente perdida.

Se o que procuro é tão simples porque não consigo dizê-lo?
Se o que me dão é tão pouco porque não me permito gritá-lo?

A Vida escoa-se em esperas, em pazes podres.
O Tempo já não se compadece com sonhos e ilusões.

E a única coisa que não disse foi:
"Podias ter sido o meu equilíbrio"