29 de dezembro de 2005

Desassossega-me!


Telefona-me durante a noite
Acorda-me de manhã

Declara-te mil vezes ao dia

Esquece a distância
Inventa a urgência

Ilude-me com promessas
Conquista-me com palavras

E não te esqueças!
Finge sempre que me amas...

28 de dezembro de 2005

Nós e Eles

Por vezes, gostava que este fosse um blog totalmente anónimo.
Preferia ser apenas um nome... de preferência, falso.

Assim, poderia destilar ódio sem atingir os visados.
Poderia despejar amor sem assustar os seus objectos.
Poderia expôr fantasias sem chocar amigos e conhecidos.

Da mesma forma, prefiro ler blogs de quem não conheço.
Identificar-me em sentimentos abstractos.
Rever-me em palavras minhas escritas por estranhos.

Eu sabia que não devia ler.
E vinha evitando esse momento sem esforço.
A leitura daquele livro já me magoou por diversas vezes e leio-o sempre receosa, precavida.
Seguia o meu próprio conselho e ignorava propositadamente.

Sentindo-me forte, no entanto, avancei resoluta!
E li.
Percebi, assim, o âmago da diferença...

'Nós' somos os que "gritam e magoam".
'Eles' são os que sussurram e perdoam.

'Nós' somos os que "fingimos que vivemos num pedido disfarçado e desesperado de ajuda".
'Eles' são os que "levam a vida a sorrir", felizes e "melhores".

'Eles' são os que flutuam num plano acima, plenos de luz, felicidade e amor eterno, contemplando com enfado os coitadinhos de 'nós', cá em baixo, alma e coração sombrios, mendigos de migalhas de atenção e amor, perdidos sem 'eles', errantes nos caminhos da vida, arrastando-nos aos pés de quem nos enxota, enojado e enjoado...

'Nós' somos, em resumo, os "mal amados"!
Como pode isto ser, se 'eles' sempre e tão bem souberam amar-nos??

Por isso, para 'nós'...
"Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz"

E para 'eles'...
"Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora"

(Canção de Alterne - Carlos Tê/Rui Veloso)

27 de dezembro de 2005

Mergulho...

... em aromas e cheiros.

Viajo por outros tempos.
Transporto-me para outros locais.

Perco-me em sentimentos e emoções.
Rodopio em pensamentos e sensações.

E agora já posso dizê-lo.
O cheiro do teu perfume manteve-o sempre entre nós...

Mexidas

Adeus, Ritinha!

Olá, Porkinhos!
Olá, Encandescente!

A Ritinha partiu, literalmente, 'desta para melhor'. :)
Resta-me desejar-lhe tudo de bom e esperar pela mesma sorte.

Os Porkinhos eram uma ideia antiga que continuava por concretizar.
'Prontos'! Já está!
Bem vindo, Ruizão! :)

O Erotismo na Cidade torna-se assim o único link para um blog de alguém completamente desconhecido.
Simplesmente porque merece.
Quando for grande, quero escrever assim! :)

26 de dezembro de 2005

Foi Natal!

Foi um Natal de sentimentos contraditórios.
De boas surpresas e (in)esperadas desilusões.
De palavras bonitas e gestos vazios.
De fantasmas e verdades percebidas nos silêncios.

Foi um Natal calmo e triste.
'Presenteado' com um incidente, uma morte inesperada e um 'encontro' indesejado.

Foi um Natal doce, enroscado, preguiçoso e quentinho.
De olhos sonhadores já postos no próximo.

Foi um Natal humilde e quieto.
Com meia dúzia de prendas nos 3 sapatinhos.

Sem o barulho e a agitação de uma casa cheia.
Sem o brilho de alegria em olhos de crianças.
Sem o aconchego de um colo de avó.
Sem o beijo apaixonado de alguém especial.

Mas foi o meu Natal.
E foi tão simplesmente... perfeito!

Que o vosso o tenha sido também.

22 de dezembro de 2005

My broken heart

Percebi, então, que todas as palavras foram escritas para serem lidas, algumas reforçadas por repetição.
Todos os detalhes foram preciosos para fazer passar a ‘mensagem’, toda a emoção necessária para validar a intenção.

E descobri, assim, quem tem agora o poder de despedaçar o meu coração...

20 de dezembro de 2005

Novelo


É um novelo emaranhado.
Confuso e mal enrolado.

Cheio de pontas e quês.
Cheio de tricas e porquês.

É uma meada confusa.
Baralhada e enredada.

É um enredo intrincado.
Uma novela embrulhada.

Gera miséria e lágrimas.
Ressentimentos e mágoas.

Cerceia amores e amizades.
Extingue memórias e verdades.

É um novelo enleado.
Ambíguo e desordenado...

19 de dezembro de 2005

Duques!

Homens casados, comprometidos, carentes, solitários... às vezes tudo isto ao mesmo tempo!
Tontos, burros, ausentes, desinteressantes... verdadeiros e imediatos turn-offs!
Distantes, desinteressados, medrosos, tímidos... quero ser a presa, não o caçador!
Solteiros, bons rapazes, livres, desimpedidos... porque não os quero?

Interessantes, atraentes, sensuais, aliciantes... in my dreams!

Quero um príncipe...
... mas só me saem duques!

16 de dezembro de 2005

Os Cinco

Coisas estranhas acontecem quando estamos juntos!

Alguns de nós fazem o que juraram nunca fazer...
Outros transformam-se em Reis e Rainhas por uma Noite.
Festas privadas (da SIC!) transformam-se em festas de aniversário particulares com bar aberto.
Pessoas apaixonam-se.
Salas cheias de enfermeiras (!) cantam-nos os Parabéns!
O Estádio da Luz e um golo do Beto transformam-se num enorme presente de aniversário.
Um chocolate quente, um café com leche e uma hamburguesa com guacamole têm capacidade de nos aquecer a alma.
Rimo-nos à parva, de tudo e de nada, até doer o estômago.
Estações de serviço tornam-se palco de verdadeiras demonstrações de amizade.
Encontram-se tesouros no chão e adivinham-se jóias inatingíveis.
O Jorge Palma surge como nova paixão, a par dos Clã e até (quiçá?) dos Rammstein ou dos Jim Dungo!
E o tempo desacelera...


A Gente Vai Continuar

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar

Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Jorge Palma

Beeemmmm....

... não podia ser muito pior, não é?

Mas enfim...
Para um Campeão nada menos que outro, right?

Que a história não se repita!
Esta tem de continuar a ser uma época em que possamos afirmar que "a tradição já não é o que era"!

Anfield Road, here we go!

15 de dezembro de 2005

Que sorte!

Lembro-me distintamente de, uma vez, ter ouvido o seguinte comentário dirigido ao meu namorado na altura:
"Tens mesmo sorte da Teresa gostar de futebol!"
Estávamos num casamento e uns quantos de nós (onde eu era a única mulher) tínhamos 'fugido' para assistir a 4 horas seguidas de futebol!

Na altura concordei intimamente.
Eu nunca chatearei um homem por querer ver um jogo na televisão em vez de uma novela. Pelo contrário, serei eu própria a dar essa ideia e assistirei com agrado ao lado dele.
Eu serei a primeira a pressionar a próxima ida ao Estádio da Luz e podem contar comigo para fazer claque, entoar cânticos, disparatar com o árbitro e vaiar o adversário.
A nossa Selecção também pode contar sempre comigo.
O futebol para mim é mesmo paixão, admito.

Actualmente, no entanto, deparei-me com a sensação de que esta minha 'doença' nem sempre é assim tão agradável ao sexo masculino como fazia crer o comentário com que comecei este post.
Por vezes, sinto que nem sequer sou bem vista por isso.
Torna-me masculina e desagradável aos olhos de um homem.

Há cada vez mais homens a afirmar orgulhosamente: "Eu não ligo nenhuma a futebol!"
E há sempre o machismo típico dos que gostam de futebol e que não hesitam em dizer: "Não discuto futebol com gajas. Vocês não percebem nada disto!"

Não que tudo isto me preocupe sobremaneira.
Há realmente muito poucas pessoas neste mundo cuja opinião sobre mim consegue 'roubar-me o sono à noite'.
Como diz um amigo recente:
"Eu sou como sou! E quem não gosta que ponha para o lado!"

14 de dezembro de 2005

Porque complico?

"Time goes by so slowly..."
É como se tivesse fumado 'alguma coisa'... vejo tudo em câmara lenta!

"Time goes by so slowly for those who wait... no time to hesitate!"
Leio outros blogs... todos iguais.
Uns com mais graça, outros mais interventivos, outros mais negros.
Mas, bem lá no fundo, tudo muito parecido, muito cinzento... mais do mesmo.

Decido vaguear à toa pela blogosfera...
Porque leio uns e não outros?

Escrevo sempre sobre mim... não sei falar sobre mais nada.
Reparo que não sou a única.

Porque nos lemos uns aos outros?
O que interessará tudo isto ao resto do Mundo??

Escrevo muito melhor quando estou triste.
Recebo mais elogios quando exponho o meu coração e a minha alma.
Ultimamente, tornei-me, também eu, cinzenta.
Escrevo apenas por escrever.

Não quero falar sobre ti... recuso-me a falar sobre o outro... e a ti, hesito em dar-te a conhecer aqui.
E o tempo vai passando... devagar... porque hesito... porque espero.

13 de dezembro de 2005

Quero...

... ganhar um Prémio Nobel!
Cantar no Rock In Rio!

Quero ser famosa, reconhecida por todos na rua.
Guiar um Beetle e um Pluriel cabriolet.

Quero ter um labrador e um serra da estrela.
Sentir-me em paz, quente e segura, na minha sala com lareira.

Quero andar descalça e apanhar sol no alpendre.
Ir de bicicleta ao supermercado e lanchar no café da vila.

Quero ter muito dinheiro e viajar pelo mundo inteiro!
Quero poder trabalhar em casa e não ter horários a cumprir.

Quero ter tempo para massagens, ginásio, aulas de equitação e de dança.
Quero passar horas em cabeleireiros e esteticistas.

Quero ser linda e sofisticada!
Quero ser simples e conhecer os vizinhos pelos seus nomes.

Quero ser feliz!
Muito... para sempre!
Arranja-se?

12 de dezembro de 2005

Por isso...

... engole-me inteira
Devora-me sem maneiras
Não deixes nenhum restinho
Não cometas nenhum desperdício

De caminho, mastiga-me sensações
Deglute-me saudades
Degusta-me o amargo da alma

Aproveita e deixa-te entra(nha)r em mim...

Absorve cheiros, paladares e sons
Saboreia-me a pele, o suor e as lágrimas
Deleita-te na paz, no fogo e na volúpia
Delete memórias, reset (res)sentimentos.

Neste Natal, deixa-me apaixonar-me outra vez!

7 de dezembro de 2005

Quem estamos a enganar?

Não adianta fingir.
Estou farta de me iludir.
Estou cansada de ouvir:
"Tu vais encontrar alguém... tu mereces!"

Não, não mereço!
Ninguém 'merece'.
O Amor é um acaso da Sorte, uma partida do Destino.
Não acontece a quem 'merece', não se encontra mais depressa por procurar.
Não aparece só porque se está sozinho e disponível, não surge apenas por se estar à hora certa no local certo.
Não pode ser inventado, nem deve ser interpretado em vidas vividas 'intensamente'.

Bem pelo contrário, é provável que o Amor surja na pior altura.
Na pessoa mais inatingível.
No local mais improvável.
Pelo motivo mais inconveniente.

Não, nem sempre há finais felizes!
Muita gente morre como nasce... sozinha.
Porque seria eu diferente?
Porque 'mereço'?
Poupem-me!

Já fiz...

... o máió sucesso hoje! ;)
Trouxe ao pescoço o meu cachecol do Glorioso SLBenfica!! :D

Este simples facto pareceu despertar a esperança e a confiança em espíritos mais descrentes e acabrunhados pelos últimos resultados:
"Assim é que é, menina!"
"Não é impossível!"
"Ah, Benfiquista!"

Vamuvê...
Eu, pelo menos, vou... ao vivo e a cores! :)

6 de dezembro de 2005

Gostava mesmo...

... de ter escrito este post.

The Season

É verdade, reconheço... esta época tornou-se lixada para mim!
E eu que adorava o Natal...

Há sensivelmente um ano atrás, chorava baba e ranho, inconsolável.
Uma Mãe impotente tentava confortar-me, um Pai desolado resmungava perturbado.
E eu recebia e respondia, automaticamente, a mensagens festivas de 'Boas Festas'.
O tempo frio, cinzento e chuvoso acompanhava o meu estado de espírito e eu só queria que tudo acabasse depressa.

Este ano, inconscientemente talvez, insisto em esquecer-me que é Natal.
Ainda não fiz a habitual lista de prendas (nem para mim, nem para os outros).
Ainda não decidi onde vou passar a Noite da Consoada (é o que dá ter escolha).
Ainda não comprei um único presente.
Ainda não fiz uma única alusão à epoca aqui neste espaço.
Ainda não senti uma única faúlha da costumeira alegria infantil por estar a viver este tempo que sempre foi tão especial para mim.

Mas estou decidida a mudar este cenário!
Que culpa tem o Natal, afinal?
Baby steps... vamos começar por mudar a Banda Sonora. ;)
(Thanx, L.! :))

Season's Greetings!

5 de dezembro de 2005

Shiiiuuu...

Há coisas que adquirem maior intensidade pelo simples facto de serem segredo...

Parece...

... que existem alguns problemas com os comentários do Diário.

Há quem não consiga comentar, nem ler os comentários de outros. :(
Desconheço a razão, por isso é-me impossível resolver o problema.

A única solução que me ocorre é voltar a abrir os comentários no formato antigo.
Aliás, foi dessa forma que tomei conhecimento de um comentário a um post bastante antigo.
Obrigada e volta sempre, Memorex! Adorei o teu comentário! :)

Se me puderem ajudar, sempre que tentarem e não conseguirem comentar, enviem-me, por favor, um mail para o endereço da direita. Obrigada, desde já! :)

Por agora, entristeço-me por ficar sem saber o que pensam.
E convenço-me a mim própria que esse é o único motivo pelo qual o Diário tem tido cada vez menos comentários... ;)