31 de janeiro de 2005

Ainda dizem...

... que não há dinheiro!

A 'cultura' está na moda.

Actores como o António Feio, o José Pedro Gomes e os meninos das Manobras de Diversão ou encenadores como o Filipe La Féria garantem casas cheias, independentemente do que levem ao palco.
Como não tenho grandes pretensões à diferença, também me 'cultivo', de quando em vez.

Há pouco tempo, fui ao teatro.
Assisti à peça "Jantar de Idiotas".
Não tinha inicialmente pensado em ir, mas alguns amigos gostaram e confiei na sua opinião.
E lá fui...

Neste país pobre e em crise (não é o que consta?) a sala do Teatro Villaret, em Lisboa, pareceu aos meus olhos uma amostrinha pálida de Paris ou New York.
A sala encontrava-se absolutamente lotada de gente ávida de rir... rir até do que não era engraçado.
Não importa.
O que importa é que se foi, que se esteve e que se pode dizer ao Mundo que não ficámos de fora!
Quem são os Idiotas, afinal?

Pouco tempo depois, vi e ouvi as "Confissões de Mulheres de 30".
Achei, pela descrição da peça, que abordava assuntos que me falariam ao coração, na minha própria condição de mulher de 30 (e picos) e a atravessar um período cinzento da minha vida amorosa.
Queria que me fizessem rir dos meus problemas, que me mostrassem solidariedade ou que demonstrassem, afinal, que assim é que estou bem!
Ledo engano.
Se somos as 'palhaças' que se saracotearam em palco durante aproximadamente 2 horas, preferia não ter descoberto... pelo menos, não daquela maneira.
Senti-me idiota, uma vez mais.

Graças aos céus que não há regra sem excepção.
Ontem fui ao concerto do Bryan Adams.
Neste meu deambular pelo mundo artístico, consegui fechar com chave de ouro o Janeiro de 2005!
Tinha recebido, como prenda de Natal, o bilhete para este evento.
Finalmente, um dinheiro bem gasto... ao contrário do meu, tão mal aplicado.

Não tinha pensado em ir, uma vez que penso que não terei falhado muitos concertos deste 'menino', em Portugal.
Mas, uma vez mais, o Bryan, nas suas calças de ganga e t-shirt preta, trocando de guitarra/viola praticamente a cada canção, encheu-me as medidas.
Os elogios a Portugal, a gravação do espectáculo para celebrar os 25 anos de carreira, o final acústico, as canções de sempre (entoadas como se fossem êxitos do momento), o 'Flying' cantado pelo público, abafando a voz do cantor (é bem verdade que milhares de vozes desafinadas produzem um som surpreendentemente afinado) e um camera-man sósia do Brad Pitt nas "Lendas de Paixão", a dois passos de mim durante todo o espectáculo e a noite conseguiu ser perfeita! :)

É por estas e por outras que continuo a cultivar o meu lado 'cultural'.
For better or for worse!! :)

28 de janeiro de 2005

Visão de mim

Sem modéstias, nem pretensões.

Sou como um dia de Primavera.
Sou como a brisa que não refresca ou o sol que não aquece.

Ofereço um (sor)riso fácil.
Quase nunca falso.

Tão surpreendente como a Primavera, transformo-me, vezes demais, num dia nublado, cinzento e chuvoso.
O frio consegue mesmo enregelar-me a alma e, nessas alturas, corto relações com o Mundo.
Como se fosse culpa do Mundo...

Assim mesmo, nada disto provoca mossa ou causa impressão.

As minhas palavras não mudam, nem têm o poder de mudar.
O que escrevo não comove, nem repele.
O que sou não seduz, nem prejudica.

Para os colegas sou (são-me?) indiferentes.
Para os amigos distantes sou uma estranha.
Para os estranhos sou invisível.

E vou atravessando a Vida sem deixar rasto.

27 de janeiro de 2005

Carinho na voz

Falei contigo no Sábado passado.
Estavas no Estádio da Luz, preparado para assistir ao que viria a ser mais um desaire do nosso bem-amado SLB.
Falámos durante quase 30 minutos, sobre nada, sobre tudo.

Quando desliguei, a C. disse-me: "Falas com ele com tanto carinho..."

Nunca pensei que se notasse, que eu deixasse transparecer tanto.
É verdade, é o que nunca deixarei de sentir por ti... um enorme carinho por quem, apesar de distante, nunca deixou de se fazer sentir presente.

10-9


Porque é que o futebol em Portugal não pode ser sempre como foi ontem?

Aguerrido, mas sem violência.
Cheio de raça, mas cheio de honra.
Sem atitudes anti-desportivas (a do João Pereira é a única a lamentar) mas pleno de vontade de ganhar.
Com golos e sem casos (não vou falar, porque não acho que tenham manchado o trabalho do árbitro, sobre a expulsão do Hugo Viana e o golo do Liedson em fora de jogo).

A única coisa que lamento acerca do jogo de ontem é o facto de que esta vitória permite ao 'querido' Trap manter-se por mais uns tempos no banco de treinador do meu SLB.... ;)

VIVA o SLBENFICA!! SEMPRE!!

26 de janeiro de 2005

Rua sem saída

E já lá vão quase 3 meses...

Quando parecia estar finalmente a 'melhorar', senti-me de volta a Novembro.
Bastou um SMS e já está.
A torneirinha cedeu, mais uma vez... a ilusão tomou outra vez conta de mim.
Retrocedi, fiz marcha-atrás e dei por mim, novamente, na mesma rua sem saída.

De que estás à espera?
De que estou à espera?

"Malditas Lesões"

Era um dos títulos de um jornal desportivo sobre o Benfica e a 'nova' lesão do Miguel (que, por esse motivo, vai falhar mais um jogo decisivo).

Quando é que estão a pensar contratar um preparador físico à altura do meu Glorioso?

Ou então, já digo há algum tempo:
"VÃO À BRUXA!!!"
Inclusivé, eu conheço uma muito boa que não é nada careira.
Se quiserem, posso dar-vos o número dela... ;)


Já não me restam dúvidas


Ainda que continue com uma aparência muito distinta e elegante, um verdadeiro senhor, o que é certo é que já não me restam dúvidas sobre a senilidade do actual treinador do Benfica.

Então não é que Trap compara Paulo Almeida a... Platini ???

25 de janeiro de 2005

Bom Porto

Este fim de semana fui ao Porto.
Passeei na Foz e na Ribeira.
Comi a famosa francesinha da 'Capa Negra', jantei num dos restaurantes da moda e visitei duas das discotecas mais badaladas.
Foram dois dias intensos, a querer viver tudo, a não querer perder nada.

Mas o melhor mesmo é o calor humano que se sente nesta cidade.
É a arte de bem receber de que se orgulham (mesmo quando entoam: "Mata o mouro!" com um grande sorriso nos lábios).
É o bom humor e a ausência de snobismos.
É a condução caótica e a adrenalina a mil com a probabilidade elevada de se ter um acidente.
É o espírito terra a terra, a frontalidade sem papas na língua, sem cerimónias e sem rodeios.
E a sensação de que uma amizade recente parece ter anos de convívio e intimidade.
Mas talvez eu tenha tido apenas muita sorte com os meus anfitriães... :)

Nesta viagem descobri histórias muito difíceis que tiveram o mérito de dar a devida proporção à minha.
De que me queixo eu, afinal??

Este fim de semana, conheci Mães que criam os seus filhos sozinhas, com dificuldades, mas cheias de coragem.
Partilhei, neste curto espaço de tempo, vidas com pouco dinheiro, mas com muita Vida.
Convivi com uma criança adorável, educada e responsável que me devolveu a fé no futuro.
Dei especial apreço aos verdadeiros Amigos, os únicos que me conhecem pela frente e pelo avesso.
E fiz novos conhecimentos.
O T., cheio de classe... um verdadeiro Senhor!
O N., um 'tripeiro' desterrado em Lisboa... um benfiquista cujo sofrimento no Sábado atenuou ligeiramente o meu próprio.
E o M., o deus greco-romano que vive no Porto, mas sonha misteriosamente com a China...

De que me queixo eu, afinal??
Este fim de semana, senti que tinha chegado a bom porto...
Espero que esta sensação tenha chegado para ficar!

24 de janeiro de 2005

Choramos por Nós

É uma teoria minha, bem antiga.

Nunca se chora por quem morreu.
Chora-se porque ficámos vivos.

Nunca se chora por quem partiu de viagem.
Chora-se porque ficámos em terra, aguardando o seu regresso.

Nunca se chora por quem nos abandonou.
Chora-se porque ficámos sós.

Nunca se chora pelos outros.
Choramos sempre e só por Nós.

21 de janeiro de 2005

Medo!

Coisa estranha que me aconteceu há dias.

Adormeci e acordei, precisamente 30 minutos depois de ver as horas pela última vez, com a sensação nítida de que alguém tinha respirado para cima de mim... assim como se fosse um suspiro profundo.
Fiquei inundada de um medo profundo, irracional. Nada típico em mim.
Não consegui dormir descansada o resto da noite.

Devo ter adormecido devagarinho (como dizia o meu avô) e, provavelmente, quem suspirou fui eu mesma.
É a única explicação lógica.
Devo estar a ficar doida.

20 de janeiro de 2005

Que raiva!

Sempre fui de 'ouvir' uma canção.
'Sempre', desde que o meu Pai, um dia, quando eu tinha 7 ou 8 anos, me perguntou o que queria dizer aquilo que eu estava a cantar e eu não soube explicar.
A partir desse dia, detesto sentir que não compreendo o que estou a cantar ou a ouvir.

Mas, actualmente, essa mania de não me limitar a apreciar uma melodia leva-me, por vezes, a personalizar o que ouço... a achar que foi escrito por alguém que sofreu como eu.
E, acreditem, lá por alguém já ter passado pelo mesmo, não me oferece o menor consolo.
Que raiva!

"I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave
I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase"

(Evanescence - "My Immortal")

"What have I got to do to make you love me
What have I got to do to make you care
What do I do when lightning strikes me
And I wake to find that you're not there"

(Elton John - "Sorry seems to be the hardest word")

"I hope you're feeling happy now
I see you feel no pain at all it seems
I wonder what you're doin' now
I wonder if you think of me at all"

(Skank Anansie - "Just because you feel good")

"I wanna heal, I wanna feel what I thought was never real
I wanna let go of the pain I’ve held so long
(Erase all the pain till it’s gone)
I wanna heal, I wanna feel like I’m close to something real
I wanna find something I’ve wanted all along
Somewhere I belong"

(Linkin Park - "Somewhere I belong")

E como não podia deixar de ser...
"Knew the signs
Wasn't right
I was stupid for a while
Swept away by you
And now I feel like a fool
So confused,
My heart's bruised
Was I ever loved by you?

Out of reach, so far
I never had your heart
Out of reach, couldn't see
We were never meant to be

Catch myself
From despair
I could drown
If I stay here
Keeping busy everyday
I know I will be OK

So much hurt,
So much pain
Takes a while
To regain
What is lost inside
And I hope that in time,
You'll be out of my mind
And I'll be over you

Out of reach,
So far
You never gave your heart
In my reach,
I can see
There's a life out there
For me"
(Gabrielle - "Out of Reach")

19 de janeiro de 2005

Cá se fazem...

... cá se pagam!

Deve ser verdade porque me sinto, finalmente, a provar do meu próprio remédio.
E que falta de noção eu tinha sobre o sofrimento que já causei.
Não se pode, realmente, obrigar alguém a gostar de outro alguém.
Mas como é ‘confortável’ a posição de quem gosta menos.

Houve alguém que me disse um dia:
“Mas como é que não vês que podíamos ser tão felizes?”
E eu simplesmente não via.
E não sofri grandemente com isso.

Como é confortável a posição de quem não gosta tanto...

18 de janeiro de 2005

Lembrei-me...

Faz hoje 14 anos que tirei a carta de condução!! :)

Watch out, girls!!!

Vejam só o que li na Dica da Semana... :)

"Tudo o que eu preciso é de encontrar uma boa mulher portuguesa e estarei a fazer as malas para regressar a Birre!"

Quem o diz?
O Bryan Adams, pois então! :)

Any candidates out there? ;)

14 de janeiro de 2005

Perspectivas

É a velha história do copo meio cheio ou meio vazio.
Do cinto de segurança poder ser a salvação ou a morte de uma pessoa.

No caso, o que se comentava era a minha coragem.
E eu ri-me (pateticamente, mas ri-me).
Defendi que coragem seria não me esconder, enfrentar e não me deixar afectar.
Mas recebi respostas que me fizeram pensar.

Talvez seja mais cobarde, realmente, insistir.
Perseguir algo que nos foi negado, recusando-se a aceitá-lo.
Aproveitar qualquer desculpa, agarrar-se a qualquer oportunidade para falar, ver e estar perto.

Sempre pensei que cobardia era fugir e proteger-me do que me magoa.
Mas talvez revele mais coragem deixar o passado lá atrás e forçarmo-nos a olhar só para a frente.

Fico deprimida quando leio uma Ritinha ainda a chorar passados 8 ou 9 meses.
Será que me vai acontecer o mesmo?
Assusta-me pensar que se chegam a perder anos da nossa vida, esperando quem não nos quis da mesma maneira que o quisemos.
Pior do que um amor não correspondido é a esperança infundada de que ele o venha a ser.

13 de janeiro de 2005

O que será pior?

Ter um pesadelo terrível sobre o que nos atormenta e acordar, descobrindo que é muito semelhante à realidade?
Ou sonhar um sonho lindo só para acordar e perceber que foi apenas um sonho?

12 de janeiro de 2005

Finalmente...

... voltei ao ginásio!
Eh eh eh... :)

11 de janeiro de 2005

Comentários

Os Amigos
"A sério?? Mas vocês pareciam dar-se tão bem."
"Ele parecia tão simpático..."
"Que pena... vocês pareciam feitos um para o outro."
"Vocês ficavam tão bem juntos..."
"Só deves dar importância a quem a merece!"

A vizinha de infância
"Deixa, Teresa... tu mereces melhor!"

A minha Mãe
"Eu sabia que essa relação ia acabar por te magoar"

Reencontros

Bendito Metropolitano de Lisboa!
Ando em maré de reencontros inesperados e não provocados.
E tudo graças a esta minha nova vertente popular que me obrigou a voltar a usar os transportes públicos.

Primeiro foi uma colega de faculdade que não via há já largos meses.
No primeiro dia foi um sem número de novidades para pôr em dia sobre nós, os amigos e conhecidos comuns.
A partir daí, já a encontrei muitas mais vezes e continuamos a ter conversa para pôr em dia.

Semanas mais tarde encontrei uma ex-colega de liceu.
Fomos juntas a França quando tínhamos ambas 15 anos.
Depois disso, seguimos áreas diferentes, os nossos objectivos e planos para o futuro separaram-nos e só a voltei a ver em Dezembro passado.
Ficámos por um bom tempo ao ar frio da noite, para que pudéssemos perguntar tudo o que aconteceu em mais de 15 anos em que não nos vimos.
O tempo não foi suficiente, como podem imaginar.

Finalmente, hoje, encontrei uma amiga dos tempos do ciclo preparatório.
Seguramente que não a via há mais de 20 anos.
Costumávamos brincar em minha casa, às telefonistas e aos escritórios.
Continua com a mesma cara de menina e a mesma graça e energia que não esqueci e que lhe eram tão características.
Sê bem vinda de volta à minha vida! :)

Com todas troquei números de telefone e endereços de mail, na tentativa de não lhes voltar a perder o rasto.
Que pena isso acontecer vezes demais com pessoas que chegaram a significar tanto para nós em diferentes fases da nossa vida.

Estou agora à espera do colega da primária ou do infantário que me irá aparecer à frente numa das próximas viagens... ;)

7 de janeiro de 2005

Perda de Tempo

O TEMPO QUE NOS RESTA
(Paulo Geraldo)
De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.
De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos.
De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas.
Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos.
Dói. Dói tanto!
E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós. Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
(...)
Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons.
De complicar a vida.
De dar até que comece a doer-nos.
E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo.
Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.

6 de janeiro de 2005

É mesmo...

... de Pisciana!
Tão depressa estou nas nuvens, como logo a seguir encontro-me estatelada no abismo.
Tão depressa rio à gargalhada, como choro convulsivamente.
Tão depressa faço planos para borgas e saídas, como me apetece fechar-me em casa e dormir para sempre.
Tão depressa encaro o futuro com uma esperança enorme e optimista, como penso que deixei de ter razão para viver.

Talvez fosse mais fácil se nos tivéssemos zangado.
Se tivéssemos gritado, discutido e chamado nomes um ao outro.
Talvez recuperasse mais rápido se soubesse que tinhas sido um ca**** ou um filho da p***.

Mas não.
De comum acordo, concluímos que não estava a funcionar, que não conseguíamos avançar.
Eu sentia-me incomodada por dar numa medida e receber noutra.
Tu sentias-te mal por não me fazeres mais feliz.
Coitado... será que é tão difícil perceber que eras tu o infeliz?

4 de janeiro de 2005

Ano Novo...

... Vida Velha!

Como vos disse, recebi no Natal o filme da passagem de ano 2003/2004.
E não imaginam o que mudou desde essa altura.
Mais estranho ainda... não imaginam o que, por mais anos que passem, permanece perfeitamente inalterado.

Um grupo aparentemente unido, na altura, separou-se em pequenos pedacitos.
Muitos dos desejos expressos alto e em bom som ainda se encontram por realizar.
Histórias que pareciam bonitas desfizeram-se e outras que pareciam perdidas renasceram das cinzas.
Grávidas tiveram filhos adoráveis, mães em perspectiva continuam a sê-lo.
Novas figuras surgiram no horizonte e tornaram-se parte tão integrante, que se diria terem sempre consistido numa porção do todo.
Amigos que diziam que o eram, sumiram quase definitivamente do mapa.

Estranho como a Vida se desenrola.
O que nos fez felizes ontem, hoje pode deixar-nos indiferentes.
O que hoje nos faz chorar, amanhã poderá mesmo provocar-nos o riso.
Porque será então que não conseguimos dar a importância devida a um acontecimento quando ele surge na nossa vida?
Porque sofremos assim mesmo?
Porque pensamos, então, que a felicidade quando chega veio para ficar?

Tsunami

Não pensem que é falta de co(nside)ração o facto de não escrever um longo texto, lamentando esta terrível 'prenda' de Natal e todas as perdas a ela associadas.
Apesar do bombardeamento de imagens nos tornar, às vezes, um pouco insensíveis a tanta desgraça (neste e em tantos outros locais do mundo) o que é certo é que, realmente, não sei o que dizer sobre este assunto.
Como dizia o filho de 6 anos de uma colega minha:
"Do que eu tenho mais medo é dos fenómenos da natureza."
Limito-me a rezar fervorosamente para que nos encontremos sempre protegidos de tamanha calamidade neste nosso cantinho à beira mar plantado.

3 de janeiro de 2005

Prendas de Natal

Eu sei que sou muito esquisita e muito ingrata, mas todos os anos recebo, no Natal, coisas para as quais não vejo a mínima utilidade, nem vislumbro o mínimo resquício de beleza... segundo o meu gosto, claro.
Até já há quem use este meu defeito como desculpa para não me oferecer nada...
Mas este ano, para variar, devo dizer que gostei de todas as prendas que recebi.
Todas, sem excepção!
Não é assombroso??

Entre livros, roupa interior, perfumes, velas e outros produtos cheirosos, tudo se salvou.
Queria, no entanto, realçar duas prendas de duas grandes Amigas.

A Veruska ofereceu-me um DVD (em dois discos) com todas as peripécias da Passagem de Ano 2003/2004.
O filme provocou-me uma tal maré de sentimentos e emoções que vou reservar um post só para ele.

A Nina ofereceu-me uns chinelos de quarto.
Com uma particularidade.
São alusivos ao meu signo, dizendo: "Peixes - Sou um eterno sonhador"
Além disso, vinham acompanhados de um cartãozinho com as características do mesmo.
Como já devem ter percebido, eu adoro estas coisas.
Portanto, lá terão de gramar com o que lá estava escrito:
"Está sempre em conflito, devido à sua dupla natureza - o nativo de Peixes é extrovertido, vivaz e rico de paixão mas, ao mesmo tempo, triste e introvertido.
Por outro lado, a sua sensibilidade dá-lhe uma riqueza interior que não tem analogia com a riqueza material porque, no fundo, quem pertence a este signo contenta-se com muito pouco (aliás, com o mínimo indispensável) sendo, porém, rico de ternura, paixão, sensualidade e com uma marcada tendência para viver grandes histórias de amor."


Pois é.
No momento, estou entre "(...) grandes histórias de amor (...)", esperando pacientemente (ou não) pela próxima.
É que, sabem, acredito que:
"A Vida nao é medida pelo número de vezes que respiramos,
mas pelos momentos que nos tiram o fôlego..."