31 de julho de 2006

Confesso...

... que me surpreendeste.
Ou melhor, surpreendi-me a mim mesma pela minha reacção ao perceber o que estava a acontecer.

Luto para controlar o instinto controlador, o ciúme irracional, a mania de que "eu é que sei e eu é que estou certa" e calo críticas e sentenças... mas fico a remoer.

Já fiz o mesmo mas, estupidamente, não o esperava vindo de ti.
E o que é aceitável em mim torna-se, inexplicavelmente, condenável em ti.

28 de julho de 2006

Is there anybody out there?

Não dá pica escrever quando sabemos que ninguém lê.
Não entusiasma falar quando percebemos que ninguém ouve.

[É um pouco assim como o jogo de ontem do Glorioso SLB... ;)
Para quê o esforço quando nada de importante está verdadeiramente em jogo?
(Pelo menos, eu quero acreditar que foi isso que aconteceu... LOL)]

Desinspira, desalenta, esvazia... de vontade, de engenho e habilidade.
É como um grito no vácuo.
Surdo, mudo, não serena, não alivia.

Aguardo, observo, desanimo.
Permaneço...

27 de julho de 2006

Grrrr...

Não percebo porque tem que ser tão complicado.
Porque tenho que andar de mansinho [em 'pés de bicos', como eu dizia quando era mais pequena].

Canso-me com tanto volteio.
Irritam-me os véus e a aparente indiferença.

Como é que dizias, há tempos?
"(...) não sei se tenho tempo nesta vida, para tanta timidez (...)"

Eu sei que é isto que dá cabo de mim.
A pressa, a urgência... a sede com que bebo do pote.
Melhor...
... sei que é isto que nos vai matar.

Grrrrr!!

26 de julho de 2006

Todas diferentes...

... todas iguais.

Gostava de ser como outras mulheres que conheço!

Acreditar piamente que o que ouvimos de um homem é-nos dirigido exclusivamente.
Ter a ilusão de que ele nunca sentiu nada igual antes.
Supor que ele não voltará a sentir o mesmo com outra.

Gostava de conseguir dar crédito a piropos, simpatias, carinhos e atenções.
Principalmente, queria crer que não serão repetidos nos momentos seguintes para outros corpos, outras faces, outras bocas, outras mãos.

Gostava de confiar que o interesse de um homem não se esgota na conquista.
Que o seu focus é único, persistente e duradouro e que a sua perseverança não provém apenas do desafio, do entusiasmo natural do predador.

Gostava de descansar na certeza de que sou especial (e não apenas a seguinte ou a próxima) e perceber que um homem me tinha distinguido por isso.

No dia em que me permitir aceitar que essa preferência pode ser única, exclusiva, intensa e inextinguível, sossegarei feliz.

25 de julho de 2006

Doce



A minha voz mergulha em mel.
O meu coração recheia-se de chocolate.
A minha pele banha-se em melaço.
Os meus olhos escorrem em ponto pérola.

Por segundos, sinto-me sonho, leite creme, chantilly.
Por instantes, torno-me pão de leite, pastel de nata, chausson de maçã.

Sensação fortuita, fugidia.
Segredo guardado em cofre-forte.

Mas, em tempo ínfimo, sou iguaria, guloseima.
Apenas porque recordo...
... e te lembro.

24 de julho de 2006

De volta!

E o quanto me está a custar, não imaginam!

É curioso perceber do que sentimos falta.
E, ao mesmo tempo, o quanto nos conseguimos afastar do que nos é familiar no dia-a-dia... sem saudade ou remorso.

Enfim, cá estou.
Espero que vocês estejam por aí também... :)

7 de julho de 2006

Hummmmm

Sensação ingrata esta, a de que falo sempre demais...

Bem, vou de férias.
No worries, no worries! ;)

Até breve... :)

Aahh! É verdade!


Alguém me dá o número de telefone da vidente que deu uma entrevista ao Record, antes do jogo com a Inglaterra, afirmando que Portugal ia a penalties nesse jogo e ia passar?


Assim, à primeira vista, parece-me que ela percebe alguma coisa sobre o futuro. ;)

Pensando bem, é melhor não.
Não sei se quero assim tanto saber o meu...

Eh pá!

É que gosto mesmo da versão reggae (?) da música do Abrunhosa naquele anúncio ao Millenium BCP! :)

"E eeeeuuuu... estou aqui!"

6 de julho de 2006

De vez em quando...

... revejo as minhas atitudes em outras pessoas e acho-as simplesmente ridículas.

5 de julho de 2006

Porque é...

... tão difícil admitir que o que perdeste não era assim tão bom?


Porque é tão complicado assumir que te estavas a vender a um sonho menor?


Porque tens tanto medo de afirmar que mereces melhor?


Porque te recusas a acreditar que os teus sonhos podem mesmo tornar-se realidade?


(E como é possível que consiga 'vender' uma ideia de esperança e felicidade quando não acredito nela para mim própria?)

4 de julho de 2006

Manias

Há atenções que preferia não atrair...

3 de julho de 2006

Conversa da treta

Será que ainda se cai na fábula do testo e da panela?
Na patranha das duas metades da mesma laranja?
Na esparrela do "felizes para sempre"?

Amores não correspondidos há-os aos magotes.
Estupores que não merecem uma lágrima são amados ao desespero.
Relações 'felizes' que se desvanecem por 'artes mágicas' encontram-se em cada esquina.
Mudanças radicais de sentimentos são o pão nosso de cada dia.

No entanto, a outra face da moeda ainda é mais negra.
Abdicar da ilusão, do romance...
Acreditar que a verdade é sempre uma mentira a prazo.
Desistir de tentar ser feliz... nem que seja por breves instantes.

Eu amo para a Vida... coisas, lugares, pessoas.
Sou surpreendida pelo mesmo sentimento quando regresso a um local eleito.
Inunda-me a mesma satisfação quando observo um objecto estimado.
Sou capaz de usar até à exaustão uma roupa completamente demodé.
E nunca descartei ninguém por cansaço, enjoo, enfado ou incómodo.

Guardo no coração o carinho que não morre, as sensações que perduram.
Eu amo para a Vida... coisas, lugares, pessoas.
Conversa da treta, não?