26 de julho de 2006

Todas diferentes...

... todas iguais.

Gostava de ser como outras mulheres que conheço!

Acreditar piamente que o que ouvimos de um homem é-nos dirigido exclusivamente.
Ter a ilusão de que ele nunca sentiu nada igual antes.
Supor que ele não voltará a sentir o mesmo com outra.

Gostava de conseguir dar crédito a piropos, simpatias, carinhos e atenções.
Principalmente, queria crer que não serão repetidos nos momentos seguintes para outros corpos, outras faces, outras bocas, outras mãos.

Gostava de confiar que o interesse de um homem não se esgota na conquista.
Que o seu focus é único, persistente e duradouro e que a sua perseverança não provém apenas do desafio, do entusiasmo natural do predador.

Gostava de descansar na certeza de que sou especial (e não apenas a seguinte ou a próxima) e perceber que um homem me tinha distinguido por isso.

No dia em que me permitir aceitar que essa preferência pode ser única, exclusiva, intensa e inextinguível, sossegarei feliz.