Sem modéstias, nem pretensões.
Sou como um dia de Primavera.
Sou como a brisa que não refresca ou o sol que não aquece.
Ofereço um (sor)riso fácil.
Quase nunca falso.
Tão surpreendente como a Primavera, transformo-me, vezes demais, num dia nublado, cinzento e chuvoso.
O frio consegue mesmo enregelar-me a alma e, nessas alturas, corto relações com o Mundo.
Como se fosse culpa do Mundo...
Assim mesmo, nada disto provoca mossa ou causa impressão.
As minhas palavras não mudam, nem têm o poder de mudar.
O que escrevo não comove, nem repele.
O que sou não seduz, nem prejudica.
Para os colegas sou (são-me?) indiferentes.
Para os amigos distantes sou uma estranha.
Para os estranhos sou invisível.
E vou atravessando a Vida sem deixar rasto.
28 de janeiro de 2005
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