... já teria escrito vários textos sobre ti.
E andaria, com certeza, entusiasmada com o teu próprio entusiasmo.
Há uns tempos atrás, acharia querido o facto de me chamares "querida".
E calaria, negando evidências, a distância a que te encontras.
Há algum tempo atrás, deixar-me-ia ir e tiraria prazer de elogios e esperança.
Esperança de que, talvez, só talvez, pudesse estar enganada a teu respeito...
... e a meu.
Mas hoje não consigo forçar-me a acreditar.
Muito menos me tento a (cor)responder.
Vejo a distância e as semelhanças que nos afastam.
E recordo outros entusiasmos infundados e outros "querida" tão vazios de querer.
Adivinho a validade das tuas emoções.
Pressinto a fragilidade das tuas ilusões.
Agora estranho quem sente.
Porque eu, simplesmente, não sinto.
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