2 de setembro de 2009

E quando...

... os via já embalados na estrada da vida,
quando os imaginava felizes para sempre,
eis senão quando quebram o idílio que para eles eu havia criado.

Porque tudo parecia rápido e acertado naquele momento.
Próprio do que certamente estaria escrito nas palmas das suas mãos.

Porque tudo surgia natural e simplesmente.
Como se se pertencessem mesmo antes de se conhecerem.

Porque a sua vida não parecia ser a dois mas a um só, feito de dois.
E depois 3... e a seguir 4...

Porque o meu faro não é apurado quando vos penso felizes.
E vejo os sorrisos mas passam-me despercebidas as sombras nos olhares.

Porque sou água límpida e clara que turva mas não esconde.
E julgo-vos água igualmente transparente.

Porque não penetro a rocha que se mostra forte e duradoura.
E escorro enquanto a sinto e perco-me sem conseguir descobri-la.

E por isso, via-vos já embalados na estrada da vida.
E imaginava-vos felizes para sempre...