Não é que procure um homem dependente, acessório ou apêndice.
Mas acredito que todos os inícios devem ter um quê de sôfrego e ansioso.
Serem um misto antagónico de medo, incredulidade e esperança.
Uma mescla de emoções que nos prende ao telefone, ao MSN ou ao mail.
Uma tempestade de sensações que nos gela ou queima, nos incentiva ou desanima.
Nesse contexto, o exagero é benvindo.
O excesso de atenção, o interesse desmesurado.
A atracção inesgotável, o encanto disparatado.
Palavras até à exaustão, carinho até à saturação.
Um início morno é um prenúncio de morte.
Nem chega a ser um "Talvez", assume-se um quase certo "Não".
Desfaz-se nas horas de espera, congela na indecisão.
Um início morno nem sequer é um início.
É um fim por antecipação.
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