Ontem, perdi-me outra vez no tempo.
Sem querer, sem procurar, viajei até anos esquecidos e bem adormecidos na minha memória.
E foi preciso tão pouco para os despertar.
Cartas de amor, bilhetinhos apaixonados, declarações de 'amor eterno', diários íntimos, fotos tipo passe (algumas ainda a preto e branco) guardadas para a 'posteridade', mini-álbuns de dedicatórias 'para sempre' dos melhores amigos, blocos pejados de pensamentos,....
Os diálogos escritos, os meus desenhos (aqueles que fazia para me ajudar a suportar as aulas), os rabiscos, os cartões, as assinaturas,....
Até encontrei o livro que comecei a escrever nessa altura (vejam só a empáfia e a presunção da teenager inconsciente) ... ainda por terminar, claro.
Encontrei tudo, menos o que procurava.
Talvez seja um sinal.
Um aviso para avançar sem olhar para trás.
Um alerta de que o que foi, não volta ser...
... e de que o que não foi, talvez nunca tivesse de acontecer.
30 de junho de 2005
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