22 de junho de 2005

O Mistério



O Diário fez um aninho no dia 9 de Junho.
Se não fosse a Carlota ter-me relembrado esse facto, ainda estou para saber quando viria eu a descobri-lo.

Sei que é difícil explicar o que nos leva a gostar de algo ou alguém.
Compreendo que "gostos não se discutem" e nem vou começar a tentar entendê-los.

Mas o meu blog (por ser o meu) é o meu maior mistério.
Para não falar dos amigos que aqui me acompanham (esses sempre terão um pouco mais de desculpa) o que pode levar um advogado (pelo que entendi do que escreveu o Exmo. Sr. P. Álvares Cabral) a lê-lo e até mesmo a comentá-lo por mais de uma vez?
Que interesse pode ver nele alguém que se debruça sobre assuntos tão profundos como a morte, a consciência e a linguagem e que faz uma exposição extensa e maravilhosa de tantos textos e expressões que valem realmente a pena serem lidos?
Como aterra aqui uma pessoa que consegue reunir mais de 90 comentários num único post e ainda perde o seu precioso tempo a comentar alguns dos meus?

Porque terão vindo sempre a aumentar as visitas diárias quando os textos iniciais eram muito mais polémicos e acutilantes (na minha opinião)?
Que estranho interesse despertarão agora os meus lamentos insípidos e as minhas entediantes lamúrias?
O que significará, com este tipo de texto, ter conseguido alargar o círculo de leitores a desconhecidos que, mesmo assim, conseguem confortar-me só por saber que me lêem?

Eu cá sei porque vos leio!
Porque me fazem rir e pensar.
Porque me informam e ensinam.
Porque me provocam e desafiam.
Porque me consolo em mágoas gémeas.

E vocês?
Porque me lêem?