Ontem, perdi-me outra vez no tempo.
Sem querer, sem procurar, viajei até anos esquecidos e bem adormecidos na minha memória.
E foi preciso tão pouco para os despertar.
Cartas de amor, bilhetinhos apaixonados, declarações de 'amor eterno', diários íntimos, fotos tipo passe (algumas ainda a preto e branco) guardadas para a 'posteridade', mini-álbuns de dedicatórias 'para sempre' dos melhores amigos, blocos pejados de pensamentos,....
Os diálogos escritos, os meus desenhos (aqueles que fazia para me ajudar a suportar as aulas), os rabiscos, os cartões, as assinaturas,....
Até encontrei o livro que comecei a escrever nessa altura (vejam só a empáfia e a presunção da teenager inconsciente) ... ainda por terminar, claro.
Encontrei tudo, menos o que procurava.
Talvez seja um sinal.
Um aviso para avançar sem olhar para trás.
Um alerta de que o que foi, não volta ser...
... e de que o que não foi, talvez nunca tivesse de acontecer.
30 de junho de 2005
O mais é nada
"Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto morre!
Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala.
O mais é nada."
Odes - Ricardo Reis
29 de junho de 2005
Talvez...
Preciso de encontrar o ponto de equilíbrio.
É necessário voltar a nivelar os pratos da balança.
Qual iô-iô na mão de uma criança, oscilo, rápida e livremente, entre o verdadeiro bem-estar, a esperança optimista e o desalento realista.
Mantenho uma curiosidade quase científica (e principalmente invejosa) sobre a facilidade com que algumas pessoas conseguem encontrar alguém neste mundo... alguém que os completa, alguém a quem se moldam como barro na mão do oleiro, em quem se encaixam como peças do mesmo puzzle, alguém que os faz feliz.
Não, isto não é um deslize para o capítulo anterior.
Conheço várias pessoas e já ouvi os relatos de quem recuperou extraordinariamente bem e em tempo record de corações partidos e sonhos desfeitos.
Mas cada vez percebo melhor a A.
"Tem um sorriso feio", "Está a começar a ficar careca", "Fuma", "É gordo", "Veste-se mal", "Tem barriga", "Parece um anormal a dançar", "É simpático, mas", ....
Inconscientemente (digo eu) sinto-me atraída por homens comprometidos, pelos que não me ligam absolutamente nenhuma ou pelos que têm idade para serem meus sobrinhos (nos tempos que correm, se dissesse filhos, levavam-me presa na certa).
Vejo-os como 'investimentos seguros' e representam, tão-somente, um desafio ao meu poder de sedução, um entretém que não me exige profundidade de sentimentos.
Mas interrogo-me...
Talvez se não me esforçar tanto por esquecer...
Talvez se deixar de tentar, se torne mais fácil acontecer...
Talvez se não te procurar, tu resolvas dar-te a conhecer...
Talvez...
É necessário voltar a nivelar os pratos da balança.
Qual iô-iô na mão de uma criança, oscilo, rápida e livremente, entre o verdadeiro bem-estar, a esperança optimista e o desalento realista.
Mantenho uma curiosidade quase científica (e principalmente invejosa) sobre a facilidade com que algumas pessoas conseguem encontrar alguém neste mundo... alguém que os completa, alguém a quem se moldam como barro na mão do oleiro, em quem se encaixam como peças do mesmo puzzle, alguém que os faz feliz.
Não, isto não é um deslize para o capítulo anterior.
Conheço várias pessoas e já ouvi os relatos de quem recuperou extraordinariamente bem e em tempo record de corações partidos e sonhos desfeitos.
Mas cada vez percebo melhor a A.
"Tem um sorriso feio", "Está a começar a ficar careca", "Fuma", "É gordo", "Veste-se mal", "Tem barriga", "Parece um anormal a dançar", "É simpático, mas", ....
Inconscientemente (digo eu) sinto-me atraída por homens comprometidos, pelos que não me ligam absolutamente nenhuma ou pelos que têm idade para serem meus sobrinhos (nos tempos que correm, se dissesse filhos, levavam-me presa na certa).
Vejo-os como 'investimentos seguros' e representam, tão-somente, um desafio ao meu poder de sedução, um entretém que não me exige profundidade de sentimentos.
Mas interrogo-me...
Talvez se não me esforçar tanto por esquecer...
Talvez se deixar de tentar, se torne mais fácil acontecer...
Talvez se não te procurar, tu resolvas dar-te a conhecer...
Talvez...
Entretanto...
... no decorrer das minhas 'investigações', encontrei um site muito engraçado onde é possível mudar virtualmente a nossa aparência.
Agora só tenho que arranjar uma foto apropriada...
Não querem tentar também?
Agora só tenho que arranjar uma foto apropriada...
Não querem tentar também?
Reclamações
O André queixa-se do 'afundanço' dos seus textos.
Eu queixo-me da (des)actualização dos comentários aos meus.
Qué passa?!?
Eu queixo-me da (des)actualização dos comentários aos meus.
Qué passa?!?
28 de junho de 2005
E as mudanças...
... continuam!
No Sábado ainda deu tempo para cortar o cabelo.
Bem sei que não foi a mudança radical que sugeres, Nina (e que também sempre tive vontade de fazer) mas já deu para dar nas vistas, uma vez que o meu cabelo, bem lisinho, fica sempre muito diferente... para melhor.
Mas comprometo-me a procurar um desses institutos de beleza modernos (e caros!) e vamos as três: eu, tu e a Veruska... sairemos de lá mulheres renovadas... por fora e por dentro!
Também me dediquei a fazer uma limpeza profunda aos telemóveis.
Apaguei números que já não me fazem falta, adicionei novos toques, personalizados, para quem, pelos mais variados motivos, é especial na minha vida... ou pode vir a ser...
É que também não vos contei, mas lá acabei por ceder à insistência de um daqueles moços do meu ginásio... e dei-lhe o meu número de telemóvel.
Só espero não me vir a arrepender.
De há algum tempo para cá também mudei a rádio da minha preferência.
Qual Best Rock, qual Mega FM, qual RFM... agora, sempre que posso, ouço a Antena3!
Batidas mais fortes, menos piegas, mais dançáveis, com menos mensagem, mas cheias de ritmo, de alegria.
Dou por mim, dentro do carro, a abanar a cabeça ou a levantar os braços no ar ao som de "I Like The Way You Move" dos BodyRockers (quando encontrar um mp3 com menos de 5MB, ponho-o a rodar aqui para saber a vossa opinião... eu a-d-o-r-o!).
Sei que são coisas pequenas mas... é o que temos.
Quanto aos projectos, já não tenho agenda, nem cabeça para tanta coisa que quero realizar.
Começa mesmo a preocupar-me o carácter radical de alguns deles.
Mas sobre eles, vou deixar para vos contar outro dia...
No Sábado ainda deu tempo para cortar o cabelo.
Bem sei que não foi a mudança radical que sugeres, Nina (e que também sempre tive vontade de fazer) mas já deu para dar nas vistas, uma vez que o meu cabelo, bem lisinho, fica sempre muito diferente... para melhor.
Mas comprometo-me a procurar um desses institutos de beleza modernos (e caros!) e vamos as três: eu, tu e a Veruska... sairemos de lá mulheres renovadas... por fora e por dentro!
Também me dediquei a fazer uma limpeza profunda aos telemóveis.
Apaguei números que já não me fazem falta, adicionei novos toques, personalizados, para quem, pelos mais variados motivos, é especial na minha vida... ou pode vir a ser...
É que também não vos contei, mas lá acabei por ceder à insistência de um daqueles moços do meu ginásio... e dei-lhe o meu número de telemóvel.
Só espero não me vir a arrepender.
De há algum tempo para cá também mudei a rádio da minha preferência.
Qual Best Rock, qual Mega FM, qual RFM... agora, sempre que posso, ouço a Antena3!
Batidas mais fortes, menos piegas, mais dançáveis, com menos mensagem, mas cheias de ritmo, de alegria.
Dou por mim, dentro do carro, a abanar a cabeça ou a levantar os braços no ar ao som de "I Like The Way You Move" dos BodyRockers (quando encontrar um mp3 com menos de 5MB, ponho-o a rodar aqui para saber a vossa opinião... eu a-d-o-r-o!).
Sei que são coisas pequenas mas... é o que temos.
Quanto aos projectos, já não tenho agenda, nem cabeça para tanta coisa que quero realizar.
Começa mesmo a preocupar-me o carácter radical de alguns deles.
Mas sobre eles, vou deixar para vos contar outro dia...
27 de junho de 2005
Regresso ao Passado
Este fim de semana recuei uns bons 7 ou 8 anos.
No Sábado, vi-te, falei contigo... que emoção esquecida... que alegria infantil e completamente inexplicável.
Não sei o que vejo em ti.
Tens corpo de garoto, pele morena, olhos profundos, sorriso malandro.
Não és meu, nunca foste e no entanto... ambos nos questionamos...
Só sei que os corações aceleram, que o pensamento voa, que o arrependimento morde.
E a vontade de ficar contigo (nem que seja por um bocadinho apenas) renasce.
À noite, estive convosco.
A stroll down memory lane.
É verdade, ‘miga… Aquela discoteca foi ‘nossa’.
Sem álcool, sem tabaco, sem drogas.
Apenas as letras sabidas de cor e as músicas dançadas com ousadia.
Women rule!
O Domingo foi passado em família.
Adoro a boa sensação de usufruir da sua companhia enquanto isso é possível.
Os pais, os primos, os tios, as gargalhadas e palermices, as bicadinhas clubísticas, o convívio, o churrasco, o lavar dos pratos na rua, as conversas 'fofocadas'.
O almoço à sombra das árvores, a sorna pós-almoço e o passar pelas brasas em cadeiras e camas de praia espalhadas pelo quintal, os escaldões das peles mais claras, o bronzeado adquirido pelos mais morenos.
O jantar barulhento ainda a tentar aproveitar os últimos raios de Sol, a pele arrepiada pelo ar frio do princípio da noite e o conforto aconchegante de vestir algo mais quente.
Hhmmm...
Que fim de semana!
No Sábado, vi-te, falei contigo... que emoção esquecida... que alegria infantil e completamente inexplicável.
Não sei o que vejo em ti.
Tens corpo de garoto, pele morena, olhos profundos, sorriso malandro.
Não és meu, nunca foste e no entanto... ambos nos questionamos...
Só sei que os corações aceleram, que o pensamento voa, que o arrependimento morde.
E a vontade de ficar contigo (nem que seja por um bocadinho apenas) renasce.
À noite, estive convosco.
A stroll down memory lane.
É verdade, ‘miga… Aquela discoteca foi ‘nossa’.
Sem álcool, sem tabaco, sem drogas.
Apenas as letras sabidas de cor e as músicas dançadas com ousadia.
Women rule!
O Domingo foi passado em família.
Adoro a boa sensação de usufruir da sua companhia enquanto isso é possível.
Os pais, os primos, os tios, as gargalhadas e palermices, as bicadinhas clubísticas, o convívio, o churrasco, o lavar dos pratos na rua, as conversas 'fofocadas'.
O almoço à sombra das árvores, a sorna pós-almoço e o passar pelas brasas em cadeiras e camas de praia espalhadas pelo quintal, os escaldões das peles mais claras, o bronzeado adquirido pelos mais morenos.
O jantar barulhento ainda a tentar aproveitar os últimos raios de Sol, a pele arrepiada pelo ar frio do princípio da noite e o conforto aconchegante de vestir algo mais quente.
Hhmmm...
Que fim de semana!
24 de junho de 2005
Novo Capítulo
É verdade, Nina, também já estou farta do mesmo tema.
Até já o tinha escrito há alguns posts atrás.
Começa a dar vontade de nos armarmos em polícias e desatar a mandar dispersar, dizendo: "Vamos a circular! Já não há nada para ver aqui!"
Para não ter de mudar de casa, como a Elsinha sugeriu, nada melhor do que mudar de cara e de assunto.
A partir de agora vou escrever sobre tudo o resto que começa a ganhar importância renovada na minha vida.
Sobre os flirts e os projectos.
Sobre o Glorioso e a minha nova faceta de sua recém associada.
Sobre os meus sonhos e as suas realizações.
Sobre as novas aquisições e as mudanças.
Sobre a família e os amigos.
Sobre qualquer outro homem do passado e, principalmente, sobre todos os que me esperam no meu futuro.
Perdoem e tenham paciência se alguma vez resvalar para o capítulo anterior.
Vou esforçar-me para que não aconteça, prometo.
Mas sempre que um amigo comum mo recordar, sempre que eu própria sucumba a alguma mórbida tentação, sempre que o assunto em pessoa me surja escarrapachado num dos visores dos meus telemóveis, vocês não saberão porque eu vou dizer: "Está tudo bem!"
E, um dia, em breve, vou perceber que está mesmo.
Até já o tinha escrito há alguns posts atrás.
Começa a dar vontade de nos armarmos em polícias e desatar a mandar dispersar, dizendo: "Vamos a circular! Já não há nada para ver aqui!"
Para não ter de mudar de casa, como a Elsinha sugeriu, nada melhor do que mudar de cara e de assunto.
A partir de agora vou escrever sobre tudo o resto que começa a ganhar importância renovada na minha vida.
Sobre os flirts e os projectos.
Sobre o Glorioso e a minha nova faceta de sua recém associada.
Sobre os meus sonhos e as suas realizações.
Sobre as novas aquisições e as mudanças.
Sobre a família e os amigos.
Sobre qualquer outro homem do passado e, principalmente, sobre todos os que me esperam no meu futuro.
Perdoem e tenham paciência se alguma vez resvalar para o capítulo anterior.
Vou esforçar-me para que não aconteça, prometo.
Mas sempre que um amigo comum mo recordar, sempre que eu própria sucumba a alguma mórbida tentação, sempre que o assunto em pessoa me surja escarrapachado num dos visores dos meus telemóveis, vocês não saberão porque eu vou dizer: "Está tudo bem!"
E, um dia, em breve, vou perceber que está mesmo.
Segundo Camões...
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
"Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo."
(Pensamento para o fim de semana.
Juro que tentei, mas não consegui saber quem é o autor da segunda parte... deve ser o Murcon...)
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
"Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo."
(Pensamento para o fim de semana.
Juro que tentei, mas não consegui saber quem é o autor da segunda parte... deve ser o Murcon...)
23 de junho de 2005
Quantas vezes?
Quantas vezes passaste à minha porta?
Quantas vezes sentiste vontade de me ligar?
Quantas vezes me encontraste noutro rosto, noutro corpo?
Quantas vezes pensaste em mim?
Quantas vezes sentiste a minha falta?
Quantas vezes me quiseste?
Talvez nenhuma... não sei...
Mas quantas vezes me ignoraste?
Quantas vezes me esqueceste?
Quantas vezes me afastaste?
Quantas vezes me mataste?
Um milhão elevado ao infinito... eu sei...
Dizem-me o quanto pareço fraca... o quanto soo vulnerável.
Desenganem-se! Desengana-te!
Por estranho que pareça, não mais te quis de volta depois dela.
Passei a esperar e a orar apenas para que morram ambos na minha vida... mas nunca mais pelo teu regresso.
Estranho, não é?
Nunca percebi muito bem o que era melhor para mim, mas sabes que sempre soube o que não era.
Quantas vezes sentiste vontade de me ligar?
Quantas vezes me encontraste noutro rosto, noutro corpo?
Quantas vezes pensaste em mim?
Quantas vezes sentiste a minha falta?
Quantas vezes me quiseste?
Talvez nenhuma... não sei...
Mas quantas vezes me ignoraste?
Quantas vezes me esqueceste?
Quantas vezes me afastaste?
Quantas vezes me mataste?
Um milhão elevado ao infinito... eu sei...
Dizem-me o quanto pareço fraca... o quanto soo vulnerável.
Desenganem-se! Desengana-te!
Por estranho que pareça, não mais te quis de volta depois dela.
Passei a esperar e a orar apenas para que morram ambos na minha vida... mas nunca mais pelo teu regresso.
Estranho, não é?
Nunca percebi muito bem o que era melhor para mim, mas sabes que sempre soube o que não era.
Eu sei que sabes...
22 de junho de 2005
O Mistério
O Diário fez um aninho no dia 9 de Junho.
Se não fosse a Carlota ter-me relembrado esse facto, ainda estou para saber quando viria eu a descobri-lo.
Sei que é difícil explicar o que nos leva a gostar de algo ou alguém.
Compreendo que "gostos não se discutem" e nem vou começar a tentar entendê-los.
Mas o meu blog (por ser o meu) é o meu maior mistério.
Para não falar dos amigos que aqui me acompanham (esses sempre terão um pouco mais de desculpa) o que pode levar um advogado (pelo que entendi do que escreveu o Exmo. Sr. P. Álvares Cabral) a lê-lo e até mesmo a comentá-lo por mais de uma vez?
Que interesse pode ver nele alguém que se debruça sobre assuntos tão profundos como a morte, a consciência e a linguagem e que faz uma exposição extensa e maravilhosa de tantos textos e expressões que valem realmente a pena serem lidos?
Como aterra aqui uma pessoa que consegue reunir mais de 90 comentários num único post e ainda perde o seu precioso tempo a comentar alguns dos meus?
Porque terão vindo sempre a aumentar as visitas diárias quando os textos iniciais eram muito mais polémicos e acutilantes (na minha opinião)?
Que estranho interesse despertarão agora os meus lamentos insípidos e as minhas entediantes lamúrias?
O que significará, com este tipo de texto, ter conseguido alargar o círculo de leitores a desconhecidos que, mesmo assim, conseguem confortar-me só por saber que me lêem?
Eu cá sei porque vos leio!
Porque me fazem rir e pensar.
Porque me informam e ensinam.
Porque me provocam e desafiam.
Porque me consolo em mágoas gémeas.
E vocês?
Porque me lêem?
21 de junho de 2005
Requintes de Malvadez
Tentei escrever este texto um milhão de vezes.
Apaguei, risquei, mudei frases, palavras, substantivos e verbos.
Auto-censurei palavrões, indiscrições e insinuações de mau-gosto.
Mas continua a encher-me de nojo pensar nele noutro abraço, perdido noutra boca, feliz noutro corpo, molhado noutro suor, conspurcado noutro sexo.
Pergunto-me "Como foi capaz?".
Acredito que foi a sua forma de matar bem morto qualquer sentimento que ainda se atrevesse a sobreviver.
E quando eu já não olhava para o telemóvel mil vezes por dia, quando já havia deixado de espreitar obcecadamente pela janela, esperando vê-lo chegar, eis que surge, do nada, um sinal.
Um sinal provocado exclusivamente pela vaidade e pelo ego, mais uma vez tão egoisticamente.
Uma indicação tão clara de que nada sente (nem sentiu) por mim.
Um intuito único de escarafunchar uma ferida tão aberta, tão recente... e de a impedir de fechar e cicatrizar.
Como pude enganar-me tanto? Como pude ser tão estúpida?
Como pude chegar até a sonhar em ser a mãe dos seus filhos?!
E como me conhece tão pouco, afinal?
Ao contrário do que eu supunha é tão pequeno como os demais, tão cruel como todos os outros, tão fraco e cobarde como outro qualquer.
Para onde fugiu a pessoa meiga, honesta e companheira que conheci?
Onde se escondeu a sua força e equilíbrio, a sua integridade e decência?
De onde surgiu este monstro frio e sem sentimentos, sem coração, nem compaixão?
De que inferno veio este demónio egocêntrico sem respeito, nem piedade pelo sofrimento alheio?
E porquê?!?!
Alguém me explique...
Apaguei, risquei, mudei frases, palavras, substantivos e verbos.
Auto-censurei palavrões, indiscrições e insinuações de mau-gosto.
Mas continua a encher-me de nojo pensar nele noutro abraço, perdido noutra boca, feliz noutro corpo, molhado noutro suor, conspurcado noutro sexo.
Pergunto-me "Como foi capaz?".
Acredito que foi a sua forma de matar bem morto qualquer sentimento que ainda se atrevesse a sobreviver.
E quando eu já não olhava para o telemóvel mil vezes por dia, quando já havia deixado de espreitar obcecadamente pela janela, esperando vê-lo chegar, eis que surge, do nada, um sinal.
Um sinal provocado exclusivamente pela vaidade e pelo ego, mais uma vez tão egoisticamente.
Uma indicação tão clara de que nada sente (nem sentiu) por mim.
Um intuito único de escarafunchar uma ferida tão aberta, tão recente... e de a impedir de fechar e cicatrizar.
Como pude enganar-me tanto? Como pude ser tão estúpida?
Como pude chegar até a sonhar em ser a mãe dos seus filhos?!
E como me conhece tão pouco, afinal?
Ao contrário do que eu supunha é tão pequeno como os demais, tão cruel como todos os outros, tão fraco e cobarde como outro qualquer.
Para onde fugiu a pessoa meiga, honesta e companheira que conheci?
Onde se escondeu a sua força e equilíbrio, a sua integridade e decência?
De onde surgiu este monstro frio e sem sentimentos, sem coração, nem compaixão?
De que inferno veio este demónio egocêntrico sem respeito, nem piedade pelo sofrimento alheio?
E porquê?!?!
Alguém me explique...
20 de junho de 2005
iHOLA!
Percorrer, com duas amigas, as autovías de Espanha, num BMW Série1, a velocidades a rondar (e a ultrapassar) os 200 Km/h.
Tomar banho no mar de Marbella e Torremolinos.
Extasiar, de boca aberta e olhos arregalados, vendo os 'barquitos' e os Ferraris estacionados em Puerto Banus.
Conseguir passar do Mediterrâneo para o Mar Menor, a pé, em menos de 10 minutos.
Chãos que tardam em secar quando a vontade de ir aos 'aseos' aperta.
Dormir 'bem' numa Benidorm a fazer lembrar uma Copacabana de menor qualidade.
Os esperados e desejados 'boletins metereológicos' telefónicos que nos permitiam não perder de 'vista' o nosso Portugal.
Os nativos de Vera (sim, porque há pessoas cuja importância dá direito à deferência de possuir uma terra com o seu nome) a gritarem "Portugal" e "Mantorras" (o meu Benfica é mesmo um Mundo!).
A praia de Valência onde entrei em pânico porque me vi sozinha no mar, qual sereia perdida nas ondas, com alguém que, por momentos, pensei que não se ia contentar com uma simples conversa.
Uma noite em Tarragona e mais uma tentativa falhada (para a Veruska) de visitar o PortAventura.
Um castelo de sonhos e uma praia romântica em Tamarit.
BARCELONA!
Need I say more? OK, eu digo...
Gaudi, o Poble Espanyol, Miró, a Sagrada Família, La Rambla, Camp Nou e o Parque Guell.
O luxo de usufruir de um SPA no fim de um dia spé cansativo.
A chuva torrencial que lavou a cidade, a Fonte Mágica, a discoteca com vista sobre a cidade onde o empregado tinha a certeza que eu ia gostar muito mais de um 'Mulato'...
O taxista sisudo e circunspecto, mas muito cool e tão Buffy's Angel... sei quem iria adorar...
Atravessar o Meridiano de Greenwich.
Almoçar em Zaragoza e jogar um Bingo em Valladolid (com mais de 30º já depois das 22h).
Almoçar em Mirandela com quase 40º de temperatura e chegar ao Porto para participar da festa de aniversário da maravilhosa AM.
Um almoço espectacular com uma vista extraordinária e uma companhia de eleição.
E um regresso sem percalços para os braços e o carinho de quem me ama.
Só mais duas coisitas...
Muito e muito obrigada, senhora GPS!
E, afinal, quem é que disse que as autoestradas em Espanha não se pagam?!?!
Tomar banho no mar de Marbella e Torremolinos.
Extasiar, de boca aberta e olhos arregalados, vendo os 'barquitos' e os Ferraris estacionados em Puerto Banus.
Conseguir passar do Mediterrâneo para o Mar Menor, a pé, em menos de 10 minutos.
Chãos que tardam em secar quando a vontade de ir aos 'aseos' aperta.
Dormir 'bem' numa Benidorm a fazer lembrar uma Copacabana de menor qualidade.
Os esperados e desejados 'boletins metereológicos' telefónicos que nos permitiam não perder de 'vista' o nosso Portugal.
Os nativos de Vera (sim, porque há pessoas cuja importância dá direito à deferência de possuir uma terra com o seu nome) a gritarem "Portugal" e "Mantorras" (o meu Benfica é mesmo um Mundo!).
A praia de Valência onde entrei em pânico porque me vi sozinha no mar, qual sereia perdida nas ondas, com alguém que, por momentos, pensei que não se ia contentar com uma simples conversa.
Uma noite em Tarragona e mais uma tentativa falhada (para a Veruska) de visitar o PortAventura.
Um castelo de sonhos e uma praia romântica em Tamarit.
BARCELONA!
Need I say more? OK, eu digo...
Gaudi, o Poble Espanyol, Miró, a Sagrada Família, La Rambla, Camp Nou e o Parque Guell.
O luxo de usufruir de um SPA no fim de um dia spé cansativo.
A chuva torrencial que lavou a cidade, a Fonte Mágica, a discoteca com vista sobre a cidade onde o empregado tinha a certeza que eu ia gostar muito mais de um 'Mulato'...
O taxista sisudo e circunspecto, mas muito cool e tão Buffy's Angel... sei quem iria adorar...
Atravessar o Meridiano de Greenwich.
Almoçar em Zaragoza e jogar um Bingo em Valladolid (com mais de 30º já depois das 22h).
Almoçar em Mirandela com quase 40º de temperatura e chegar ao Porto para participar da festa de aniversário da maravilhosa AM.
Um almoço espectacular com uma vista extraordinária e uma companhia de eleição.
E um regresso sem percalços para os braços e o carinho de quem me ama.
Só mais duas coisitas...
Muito e muito obrigada, senhora GPS!
E, afinal, quem é que disse que as autoestradas em Espanha não se pagam?!?!
9 de junho de 2005
O que fazer?
Aproximadamente dois meses depois do adeus definitivo e um mês depois de saber 'how quickly I was replaced' (grande Alanis... you oughta know...) as coisas mais pequenas e mais estranhas ainda conseguem provocar-me, por vezes, melancolia infinita, dor no peito, impressões no estômago...
Os mails do Exit e da TopAtlântico (que agora abomino) e as promoções da TAP Victoria.
O perfume que ele me ofereceu, que vejo todo o santo dia e que uso de vez em quando porque não tive coragem de deitar fora.
Todas as peças de roupa que comprámos juntos.
Os malditos Renault Clio comerciais brancos que estão em absolutamente todo o lugar.
"O Dia Seguinte" às segundas à noite.
O Jankauskas.
O filme "Duplex".
Qualquer programa sobre vida animal.
As queixas dos vizinhos sobre as obras no meu prédio.
O apelido da minha colega que dizia que era prima dele.
O concerto dos U2.
Vila Nova de Milfontes, Brasil, Lagos, Punta Cana, Sesimbra, Amsterdam, Meco, Comporta.
A minha mesa da sala.
Mexilhões em molho de tomate num fim de tarde de Verão.
Um rascunho escrito em Maio onde me preparava para o que já acontecia sem eu saber.
O que fazer para esquecer quando ele parece estar em todo o lado?
O que fazer quando tudo se assemelha a um imenso e eterno álbum de recordações?
Nada... a não ser construir um novo!
Boas férias para mim!
I'll be back soon!
Don't go away...
Os mails do Exit e da TopAtlântico (que agora abomino) e as promoções da TAP Victoria.
O perfume que ele me ofereceu, que vejo todo o santo dia e que uso de vez em quando porque não tive coragem de deitar fora.
Todas as peças de roupa que comprámos juntos.
Os malditos Renault Clio comerciais brancos que estão em absolutamente todo o lugar.
"O Dia Seguinte" às segundas à noite.
O Jankauskas.
O filme "Duplex".
Qualquer programa sobre vida animal.
As queixas dos vizinhos sobre as obras no meu prédio.
O apelido da minha colega que dizia que era prima dele.
O concerto dos U2.
Vila Nova de Milfontes, Brasil, Lagos, Punta Cana, Sesimbra, Amsterdam, Meco, Comporta.
A minha mesa da sala.
Mexilhões em molho de tomate num fim de tarde de Verão.
Um rascunho escrito em Maio onde me preparava para o que já acontecia sem eu saber.
O que fazer para esquecer quando ele parece estar em todo o lado?
O que fazer quando tudo se assemelha a um imenso e eterno álbum de recordações?
Nada... a não ser construir um novo!
Boas férias para mim!
I'll be back soon!
Don't go away...
E depois do amor?
Ainda me lembro de quando me pediu para o avisar quando "as coisas começassem a ficar sérias".
E eu avisei.
Ainda me lembro de quando nos separámos porque "as coisas começaram a ficar sérias".
E de como sofri.
Ainda me lembro de termos tentado ser apenas amigos.
E de como não o conseguimos.
Ainda me lembro de todas as vezes que reatámos.
E vejo agora que talvez tivesse sido melhor parar logo naquela primeira altura em que "as coisas começaram a ficar sérias".
E agora?
Depois do amor?
Depois do adeus?
Será possível voltar a conviver sem mágoa, sem saudade, sem ciúme?
Compartilhar conquistas, derrotas, momentos bons e maus?
Assistir de uma posição privilegiada à vida do outro, com alegria, sem sofrimento?
Apoiar nas dificuldades, exultar com a sua felicidade?
Será possível querer estar e conversar, como quaisquer dois bons amigos fariam?
Ouvir desabafos e confissões sobre uma paixão que, já não sendo nossa, pertence agora a outra pessoa?
Esquecer o desejo e amarfanhar o despeito e o próprio coração em nome de um passado em comum?
Ou será isto, apenas e simplesmente, a prova final de que já nada resta?
Ou de que nada existiu, afinal?
E eu avisei.
Ainda me lembro de quando nos separámos porque "as coisas começaram a ficar sérias".
E de como sofri.
Ainda me lembro de termos tentado ser apenas amigos.
E de como não o conseguimos.
Ainda me lembro de todas as vezes que reatámos.
E vejo agora que talvez tivesse sido melhor parar logo naquela primeira altura em que "as coisas começaram a ficar sérias".
E agora?
Depois do amor?
Depois do adeus?
Será possível voltar a conviver sem mágoa, sem saudade, sem ciúme?
Compartilhar conquistas, derrotas, momentos bons e maus?
Assistir de uma posição privilegiada à vida do outro, com alegria, sem sofrimento?
Apoiar nas dificuldades, exultar com a sua felicidade?
Será possível querer estar e conversar, como quaisquer dois bons amigos fariam?
Ouvir desabafos e confissões sobre uma paixão que, já não sendo nossa, pertence agora a outra pessoa?
Esquecer o desejo e amarfanhar o despeito e o próprio coração em nome de um passado em comum?
Ou será isto, apenas e simplesmente, a prova final de que já nada resta?
Ou de que nada existiu, afinal?
8 de junho de 2005
Surpresas
Ontem tive um dia (e uma noite) emocionalmente agitado(s).
Durante o dia, recebi uma proposta muito interessante sobre algo iniciado há mais de um ano atrás e que estava praticamente fora de cogitação neste momento.
É bem verdade que as coisas acontecem quando menos esperamos, não é?
O que é certo é que este facto está a obrigar-me a repensar algumas coisas e está a forçar-me a tomar uma decisão.
Como boa Pisciana, não há nada que mais me custe, acreditem!
À noite, o acontecimento 'assinalável' (para mim, claro) foi o sonho que desassossegou o meu sono.
Não tanto pelo sonho... em si mesmo, nada de especial.
Nem pela pessoa (alguém comprometido, penso eu, com quem, por enquanto, troquei apenas meia dúzia de palavras).
Mas, sim, pela minha mente ter-me permitido, pela primeira vez, desde há muito, muito tempo, sonhar com alguém que não o meu ex-namorado ou a pessoa com quem namora agora.
Pelo sinal que representa ter conseguido excluir esses elementos perturbadores do meu inconsciente.
Pelo facto de me ter sentido um pouco como o prisioneiro que é libertado após uma clausura prolongada.
E pela esperança de conceder a mim própria autorização para dedicar a minha atenção e o meu desejo a alguém novo.
Durante o dia, recebi uma proposta muito interessante sobre algo iniciado há mais de um ano atrás e que estava praticamente fora de cogitação neste momento.
É bem verdade que as coisas acontecem quando menos esperamos, não é?
O que é certo é que este facto está a obrigar-me a repensar algumas coisas e está a forçar-me a tomar uma decisão.
Como boa Pisciana, não há nada que mais me custe, acreditem!
À noite, o acontecimento 'assinalável' (para mim, claro) foi o sonho que desassossegou o meu sono.
Não tanto pelo sonho... em si mesmo, nada de especial.
Nem pela pessoa (alguém comprometido, penso eu, com quem, por enquanto, troquei apenas meia dúzia de palavras).
Mas, sim, pela minha mente ter-me permitido, pela primeira vez, desde há muito, muito tempo, sonhar com alguém que não o meu ex-namorado ou a pessoa com quem namora agora.
Pelo sinal que representa ter conseguido excluir esses elementos perturbadores do meu inconsciente.
Pelo facto de me ter sentido um pouco como o prisioneiro que é libertado após uma clausura prolongada.
E pela esperança de conceder a mim própria autorização para dedicar a minha atenção e o meu desejo a alguém novo.
imagem tirada daqui
7 de junho de 2005
Nas entrelinhas...
...do que se escreve, do que se diz, do que se pensa.
Sempre gostei de ler nas entrelinhas.
Dar mais atenção àquilo que não se diz do que propriamente ao que se ouve.
Se houver corpo, imagem, olhares, enfim, toda a panóplia da comunicação não verbal, ainda fica mais forte a tentação de ouvir o que não é dito, de ler o que não é escrito, de assumir o que não chegou ainda a ser pensado.
Aqui...
Uns lêem contenda, outros deduzem desespero e conflito interior.
Uns divisam polémica e agressividade, outros descobrem sofrimento e dor.
Alguns denunciam críticas e desacordos, outros distinguem escape e alívio.
Textos, pensamentos, diálogos por desbravar.
Necessito apenas de um bom entendedor...
Sempre gostei de ler nas entrelinhas.
Dar mais atenção àquilo que não se diz do que propriamente ao que se ouve.
Se houver corpo, imagem, olhares, enfim, toda a panóplia da comunicação não verbal, ainda fica mais forte a tentação de ouvir o que não é dito, de ler o que não é escrito, de assumir o que não chegou ainda a ser pensado.
Aqui...
Uns lêem contenda, outros deduzem desespero e conflito interior.
Uns divisam polémica e agressividade, outros descobrem sofrimento e dor.
Alguns denunciam críticas e desacordos, outros distinguem escape e alívio.
Textos, pensamentos, diálogos por desbravar.
Necessito apenas de um bom entendedor...
Ena, tantos!
Tantos 'amigos' novos... que bom!
O Tiago, o Alexandre, a Rafaela.
Alguns não tão 'novos' assim, pelos vistos... de onde nos conhecemos, Ouriço?
Sejam todos bem vindos. :)
E tantas menções honrosas!
N'O Sopro do Coração, nos Reflexos da Ritinha, no Aforismos & Afins.
Fizeram-me muito feliz.
E ofereceram-me um sorriso que surge, espontânea e imediatamente, quando recordo a vossa atenção.
O Tiago, o Alexandre, a Rafaela.
Alguns não tão 'novos' assim, pelos vistos... de onde nos conhecemos, Ouriço?
Sejam todos bem vindos. :)
E tantas menções honrosas!
N'O Sopro do Coração, nos Reflexos da Ritinha, no Aforismos & Afins.
Fizeram-me muito feliz.
E ofereceram-me um sorriso que surge, espontânea e imediatamente, quando recordo a vossa atenção.
Muito Obrigada a todos!
6 de junho de 2005
Living fast!
Teatro, barzinho com música ao vivo e novos conhecimentos na Sexta-feira... que refrescante!
'Prospecção imobiliária', jantar e futebol no Sábado... Viva Portugal!
Patins na marginal e festa de anos no Domingo...
No time to stop, no time to think!
Unless...
A amiga que se entrega ao pranto no decorrer da festa.
Outra que se encontra exactamente na mesma situação que eu, a não ser pelo facto de ter de enfrentar um divórcio e ainda ficar com um filho para cuidar e criar.
Os filhos como escape e centro das atenções quando parece que já não se tem nada a dizer a ninguém.
A mentira piedosa nos elogios.
Não, não estou "na mesma", nem "igualzinha"... apenas não tenho (ainda) uma barriga que tenha esticado e encolhido até aos limites do humanamente possível.
De resto, tenho a vossa idade e o mesmo tipo de celulite resistente e exasperante, sem nem sequer possuir a 'desculpa' de um casamento ou de uma gravidez pelo caminho.
A inveja velada da minha vida social 'intensa' (e da ausência de responsabilidades) nos incentivos: "Tu é que estás bem!" e "Aproveita agora enquanto podes".
Gostava de uma resposta sincera se lhes perguntasse se trocariam de lugar comigo.
É bem certo que, nestas ocasiões, sinto que também não trocaria.
Os olhares de esguelha para a tatuagem e o piercing... "Como é que tiveste coragem?!?"
A camaradagem com os maridos... poder falar de futebol, de viagens, de carros e de ginásios.
Ah, os homens! Refúgio santo, oásis de paz e tranquilidade!
Fast living... o tempo voa!
E tudo continua exactamente na mesma...
'Prospecção imobiliária', jantar e futebol no Sábado... Viva Portugal!
Patins na marginal e festa de anos no Domingo...
No time to stop, no time to think!
Unless...
A amiga que se entrega ao pranto no decorrer da festa.
Outra que se encontra exactamente na mesma situação que eu, a não ser pelo facto de ter de enfrentar um divórcio e ainda ficar com um filho para cuidar e criar.
Os filhos como escape e centro das atenções quando parece que já não se tem nada a dizer a ninguém.
A mentira piedosa nos elogios.
Não, não estou "na mesma", nem "igualzinha"... apenas não tenho (ainda) uma barriga que tenha esticado e encolhido até aos limites do humanamente possível.
De resto, tenho a vossa idade e o mesmo tipo de celulite resistente e exasperante, sem nem sequer possuir a 'desculpa' de um casamento ou de uma gravidez pelo caminho.
A inveja velada da minha vida social 'intensa' (e da ausência de responsabilidades) nos incentivos: "Tu é que estás bem!" e "Aproveita agora enquanto podes".
Gostava de uma resposta sincera se lhes perguntasse se trocariam de lugar comigo.
É bem certo que, nestas ocasiões, sinto que também não trocaria.
Os olhares de esguelha para a tatuagem e o piercing... "Como é que tiveste coragem?!?"
A camaradagem com os maridos... poder falar de futebol, de viagens, de carros e de ginásios.
Ah, os homens! Refúgio santo, oásis de paz e tranquilidade!
Fast living... o tempo voa!
E tudo continua exactamente na mesma...
3 de junho de 2005
Não dá...
Hoje não me apetece escrever.
Nem sobre o carro novo.
Nem sequer responder (pessoal ou publicamente) a alguns comentários.
Não fiquei zangada, apenas muito cansada por continuar a perceber que é necessário explicar, que mais uma vez não me fiz entender.
Deve ser por ser véspera de fim de semana. É algo que actualmente me deixa em estado de choque e profunda tristeza.
Talvez noutro dia...
Cada vez me convenço mais que têm razão... a solução é mesmo não escrever, uma vez que, até a mim, já enjoa o único assunto que me inspira.
E, como acho que já disse aqui um dia, tudo isto é realmente patético.
Continuar a declarar um amor a quem está já tão longe de mim.
Continuar a afirmar uma paixão por quem até fica incomodado com o meu sofrimento.
O meu ego não é (nem nunca foi) o característico espanholito pequenino e vaidoso.
Actualmente é mais um portuga, tipicamente ressabiado, que insiste em dizer que sou medíocre e mesquinha em tudo o que digo, penso ou faço.
Mas há um sinal bom, com uma intermitência cada vez mais acelerada.
Cada vez me sinto mais ridícula com o que escrevo.
Cada vez vejo melhor o quanto me torno patética ao insistir em algo que ficou partido em tantos bocadinhos que será impossível voltar a colocar de pé.
Quanto tempo conseguirei abster-me de me lamentar?
Por quanto tempo vou conseguir calar estes demónios?
Olha, que engraçado... acabei por escrever!
Bom fim de semana!
Nem sobre o carro novo.
Nem sequer responder (pessoal ou publicamente) a alguns comentários.
Não fiquei zangada, apenas muito cansada por continuar a perceber que é necessário explicar, que mais uma vez não me fiz entender.
Deve ser por ser véspera de fim de semana. É algo que actualmente me deixa em estado de choque e profunda tristeza.
Talvez noutro dia...
Cada vez me convenço mais que têm razão... a solução é mesmo não escrever, uma vez que, até a mim, já enjoa o único assunto que me inspira.
E, como acho que já disse aqui um dia, tudo isto é realmente patético.
Continuar a declarar um amor a quem está já tão longe de mim.
Continuar a afirmar uma paixão por quem até fica incomodado com o meu sofrimento.
O meu ego não é (nem nunca foi) o característico espanholito pequenino e vaidoso.
Actualmente é mais um portuga, tipicamente ressabiado, que insiste em dizer que sou medíocre e mesquinha em tudo o que digo, penso ou faço.
Mas há um sinal bom, com uma intermitência cada vez mais acelerada.
Cada vez me sinto mais ridícula com o que escrevo.
Cada vez vejo melhor o quanto me torno patética ao insistir em algo que ficou partido em tantos bocadinhos que será impossível voltar a colocar de pé.
Quanto tempo conseguirei abster-me de me lamentar?
Por quanto tempo vou conseguir calar estes demónios?
Olha, que engraçado... acabei por escrever!
Bom fim de semana!
2 de junho de 2005
Fico chateada, claro que fico chateada!
Mas alguém acredita, sinceramente, que não quero ser feliz??
Alguém duvida que eu, mais que ninguém, quero sentir a mais completa indiferença ao pensar nele e nela??
Mais ainda, alguém põe em causa que eu queira nem sequer me lembrar que eles existem e são felizes??
Quem me acusa de masoquismo já pensou que, por essa ordem de idéias, a leitura que aqui faz também pode ser considerada sadismo??
E a quem passa pela cabeça que este blog pequeno e insignificante tenha importância para mais alguém do que a minha pessoa??
Como podem imaginar que o que escrevo aqui pode prejudicar quem quer que seja??
E como me podem acusar de o tentar fazer propositadamente???
Não vêem que é um delírio atribuir um carácter universal a esta ninharia?!?!
Será tão difícil perceber que isto é o meu quarto, o meu espaço, pequeno e íntimo... um bairro onde as tricas e intrigas só interessam aos vizinhos??
A maior parte de quem lê regularmente não me conhece e, mesmo quem me conhece, muitas das vezes não sabe quem são as pessoas que aqui menciono.
O anonimato (meu, dos mencionados e dos que lêem) é gratificante e permite a exposição.
Estou cansada de ter que justificar o que escrevo ou o que deixo de escrever.
Como se tivesse que defender honra, dignidade e valores.
Gostei da opinião de um amigo que compreendeu que o diário reflecte o meu estado de espírito (para o bem ou para o mal) e que é um logro ilusório descrever grandes alegrias quando por dentro me sinto em pedaços.
Ele percebeu que, para mim, escrever funciona como catarse e purga.
Gostava de ter a força de quem me critica, a confiança de quem me dá força, a convicção de quem me vaticina um futuro brilhante, feliz e risonho.
Mas porque não admitimos que todos temos a nossa forma bem particular de viver e sofrer?
Talvez me lamente e chore muito mais do que qualquer um de vós, mas tenho a esperança de não demorar anos a recobrar-me de uma relação falhada.
Tenho fé que sofrerei tudo de uma vez e exorcizarei todos os fantasmas.
Mas desde quando conseguimos dominar a velocidade com que nos assalta um pensamento?
E desde quando amordaçar a palavra consegue calar uma idéia ou um sentimento?
Alguém duvida que eu, mais que ninguém, quero sentir a mais completa indiferença ao pensar nele e nela??
Mais ainda, alguém põe em causa que eu queira nem sequer me lembrar que eles existem e são felizes??
Quem me acusa de masoquismo já pensou que, por essa ordem de idéias, a leitura que aqui faz também pode ser considerada sadismo??
E a quem passa pela cabeça que este blog pequeno e insignificante tenha importância para mais alguém do que a minha pessoa??
Como podem imaginar que o que escrevo aqui pode prejudicar quem quer que seja??
E como me podem acusar de o tentar fazer propositadamente???
Não vêem que é um delírio atribuir um carácter universal a esta ninharia?!?!
Será tão difícil perceber que isto é o meu quarto, o meu espaço, pequeno e íntimo... um bairro onde as tricas e intrigas só interessam aos vizinhos??
A maior parte de quem lê regularmente não me conhece e, mesmo quem me conhece, muitas das vezes não sabe quem são as pessoas que aqui menciono.
O anonimato (meu, dos mencionados e dos que lêem) é gratificante e permite a exposição.
Estou cansada de ter que justificar o que escrevo ou o que deixo de escrever.
Como se tivesse que defender honra, dignidade e valores.
Gostei da opinião de um amigo que compreendeu que o diário reflecte o meu estado de espírito (para o bem ou para o mal) e que é um logro ilusório descrever grandes alegrias quando por dentro me sinto em pedaços.
Ele percebeu que, para mim, escrever funciona como catarse e purga.
Gostava de ter a força de quem me critica, a confiança de quem me dá força, a convicção de quem me vaticina um futuro brilhante, feliz e risonho.
Mas porque não admitimos que todos temos a nossa forma bem particular de viver e sofrer?
Talvez me lamente e chore muito mais do que qualquer um de vós, mas tenho a esperança de não demorar anos a recobrar-me de uma relação falhada.
Tenho fé que sofrerei tudo de uma vez e exorcizarei todos os fantasmas.
Mas desde quando conseguimos dominar a velocidade com que nos assalta um pensamento?
E desde quando amordaçar a palavra consegue calar uma idéia ou um sentimento?
1 de junho de 2005
Chat(eando)
Jogar conversa fora.
Falar com quem não se conhece.
Imaginar o nosso interlocutor e ele poder ser quem nós quisermos que ele seja.
Ter a esperança (in)consciente, inclusivé, de poder encontrar, desta forma, a nossa alma gémea.
Admito que sou fã da 'comunicação sem corpo'... :)
Perdi a conta ao número de pessoas que conheci, pessoalmente, após umas quantas sessões de 'chat'.
Devo ter corrido riscos, acredito, mas continuo a achar que quem encontramos nestas salas virtuais são, quase sempre, pessoas sozinhas e/ou infelizes (como eu! ;)) e não psicopatas assassinos.
É bem verdade que, na maior parte dos casos, quem se encontra nestes pontos de encontro (passo o pleonasmo) está, única e exclusivamente, à procura de sexo.
Basta ler alguns dos nicks que por lá abundam: "hsensualmentebom", "gataloirinha", "amigocarente", "o_sedutor", "querotetoda", "procurogajaboa", "homemtriste29", "bichinho39", "eternamenteTEU", ...
Mas o que é o sexo, afinal, senão a forma mais rápida de criar uma 'relação' com outro indivíduo?
Há algum tempo atrás, voltei aos chats! :)
Nem me lembro da última vez que o tinha feito.
Já me tinha esquecido de como era divertido.
Os meus nicks costumam ser 'atraentes' e sou imediatamente bombardeada com mensagens privadas, solicitando a minha atenção.
Faz-me sentir importante... dá-me poder! ;)
É maravilhoso para o ego e... tão ilusório.
Reparei que já não tenho tanta paciência como tinha há uns anos atrás.
As aproximações do tipo "Olá... dd tc?", "Idd?" ou "Como te chamas?" exasperam-me e são imediatamente remetidas ao meu silêncio virtual.
Todas as conversas com o objectivo exclusivo e indisfarçado de me levar para a cama, virtualmente ou não, também não levam grande resposta da minha parte.
Gosto de originalidade e boa disposição.
Gosto que me conquistem com flores, beijos e elogios sinceros à minha simpatia.
Ultimamente, tenho sido extremamente assediada no Messenger.
Quase todos os dias tenho um 'amigo' novo que me adicionou.
Deve ter qualquer coisa a ver com o facto de pertencer à rede Beltrano.
O que me entristece é que não surge uma única pessoa que não tenha algum 'desvio mental' de alguma espécie.
Já fui pedida em namoro por alguém, apenas à terceira frase trocada.
Já me pediram repetidas vezes para ligar uma webcam para que os possa ver completamente despidos.
Um casal já solicitou a minha participação na sua vida íntima.
Mas o que é que se passa com estas pessoas?!?!
Ou será que sou eu que atraio este tipo de atenção???
Enfim...
Agrada-me, no entanto, saber que conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida desta maneira. Alguém que ainda hoje vive no meu coração.
E, mesmo não sendo um chat na verdadeira acepção da palavra, continuam a dar-me esperança as poucas palavras aqui trocadas com pessoas que também não conheço, mas que me acarinham e dão força como se meus amigos fossem... claro que estou a falar de vocês! :)
Falar com quem não se conhece.
Imaginar o nosso interlocutor e ele poder ser quem nós quisermos que ele seja.
Ter a esperança (in)consciente, inclusivé, de poder encontrar, desta forma, a nossa alma gémea.
Admito que sou fã da 'comunicação sem corpo'... :)
Perdi a conta ao número de pessoas que conheci, pessoalmente, após umas quantas sessões de 'chat'.
Devo ter corrido riscos, acredito, mas continuo a achar que quem encontramos nestas salas virtuais são, quase sempre, pessoas sozinhas e/ou infelizes (como eu! ;)) e não psicopatas assassinos.
É bem verdade que, na maior parte dos casos, quem se encontra nestes pontos de encontro (passo o pleonasmo) está, única e exclusivamente, à procura de sexo.
Basta ler alguns dos nicks que por lá abundam: "hsensualmentebom", "gataloirinha", "amigocarente", "o_sedutor", "querotetoda", "procurogajaboa", "homemtriste29", "bichinho39", "eternamenteTEU", ...
Mas o que é o sexo, afinal, senão a forma mais rápida de criar uma 'relação' com outro indivíduo?
Há algum tempo atrás, voltei aos chats! :)
Nem me lembro da última vez que o tinha feito.
Já me tinha esquecido de como era divertido.
Os meus nicks costumam ser 'atraentes' e sou imediatamente bombardeada com mensagens privadas, solicitando a minha atenção.
Faz-me sentir importante... dá-me poder! ;)
É maravilhoso para o ego e... tão ilusório.
Reparei que já não tenho tanta paciência como tinha há uns anos atrás.
As aproximações do tipo "Olá... dd tc?", "Idd?" ou "Como te chamas?" exasperam-me e são imediatamente remetidas ao meu silêncio virtual.
Todas as conversas com o objectivo exclusivo e indisfarçado de me levar para a cama, virtualmente ou não, também não levam grande resposta da minha parte.
Gosto de originalidade e boa disposição.
Gosto que me conquistem com flores, beijos e elogios sinceros à minha simpatia.
Ultimamente, tenho sido extremamente assediada no Messenger.
Quase todos os dias tenho um 'amigo' novo que me adicionou.
Deve ter qualquer coisa a ver com o facto de pertencer à rede Beltrano.
O que me entristece é que não surge uma única pessoa que não tenha algum 'desvio mental' de alguma espécie.
Já fui pedida em namoro por alguém, apenas à terceira frase trocada.
Já me pediram repetidas vezes para ligar uma webcam para que os possa ver completamente despidos.
Um casal já solicitou a minha participação na sua vida íntima.
Mas o que é que se passa com estas pessoas?!?!
Ou será que sou eu que atraio este tipo de atenção???
Enfim...
Agrada-me, no entanto, saber que conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida desta maneira. Alguém que ainda hoje vive no meu coração.
E, mesmo não sendo um chat na verdadeira acepção da palavra, continuam a dar-me esperança as poucas palavras aqui trocadas com pessoas que também não conheço, mas que me acarinham e dão força como se meus amigos fossem... claro que estou a falar de vocês! :)
Subscrever:
Comment Feed (RSS)