Conselho amigo... de uma Amiga.
E nada disparatado, acreditem!
Mas inútil... digo eu...
"O que sentes não é normal, passado tanto tempo..."
Não é?
Estou rodeada por gente triste e sozinha.
Gente sem ânimo, sem entusiasmo e vontade de viver.
Gente que se agarra à companhia, à amizade, mas não consegue agarrar o amor.
Gente que se acomodou a uma rotina monótona, enfadonha.
Gente que inventa distracções como fuga, alheamento e entorpecimento da dor.
Gente que ficou presa algures num passado (im)perfeito.
Gente queixosa e chorona.
Gente que se arrasta, que espera.
Gente que não vive, vai vivendo.
Gente como eu...
Eu conheço o meu 'mal'... e conheço-me ainda melhor a mim.
Nada do que me possam dizer será novidade para mim.
E sou a primeira a admitir os meus 'problemas'.
Sei que o maior deles é a insegurança e a falta de auto-estima.
Sei que esta relação, que terminou fisicamente, só precisa de acabar também na minha cabeça.
Sei que o receio de ficar sozinha embeleza o passado e me impede de acreditar no futuro.
Sei que as noções românticas impregnadas desde a infância e adolescência, prolongam a esperança e a ilusão do final feliz.
Mas não acredito que um psicólogo ou um psiquiatra tenha a chave para a minha Felicidade.
A não ser que seja, ele próprio, o Príncipe que procuro sem encontrar...
9 de maio de 2005
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