31 de maio de 2005
Golfinhos
Nunca pensei gostar tanto!
Os golfinhos são animais dóceis e extremamente simpáticos.
Agem como bébés ou cachorros, adorando festas, brincadeiras e mimos de toda a espécie.
São macios como ovos cozidos sem casca (aprendemos e comprovámos este facto!) e o nosso Arpo era particularmente mimalho e bem disposto. Mesmo que isto não seja verdade, era o nosso e, portanto, será para sempre o 'Máior'! :D
Foi uma hora de festas, brincadeiras, habilidades, mimos, beijinhos, fotos e filmes.
Foi uma hora de "Tão lindo!", "Incrível!", "Demais!", "Espectacular!".
Foi uma hora de um sorriso enorme e rasgado preso à cara de cada uma de nós.
Foi uma hora de emoção que vai perdurar para a vida de todas nós!
E, por tudo isto e muito mais, Muito Obrigada, Veruska! :)
30 de maio de 2005
O Lado Lunar
Sou linda, uma mulher fantástica, uma pessoa com muita qualidade?
O que pensas agora, Reator?
Tenho algo muito bom dentro de mim, noone?
Se tinha, neste momento, está morto e enterrado.
Sou uma pessoa corajosa, Tânia Silva?
Talvez já não aches isso agora...
Os meus textos denotam uma grande sensibilidade, sou idealista e romântica?
Parece que mostrei que também consigo ser cruel, mesquinha e vingativa, João.
Continuas a gostar do que lês aqui, Terricha?
O único consolo é que continua tudo a ser sincero, sem mentiras, nem camuflagens... doa a quem doer.
Queres que mostre o meu sorriso lindo a cada dia que passa, Sónia Santos?
Sem comentários...
Continuo a preocupar-te, gajo André?
A miúda que conheceste no jantar já não faz rir ninguém. Neste momento, não sabe o que quer, nem lhe passa pela cabeça a idéia de um ménage à trois.
Ele é que fica a perder, El Condor?
Como gostava de acreditar nisso!
Das feridas de amor, cura-se melhor quem se cura primeiro, MIM?
Como gostava que isso não fosse verdade...
Estou ofendida, amachucada, ressabiada, cega de ódio, ciúmes e raiva.
Não vejo nada de bom em mim e, pior, não vislumbro nada de bom em ninguém.
Relembro promessas, momentos e olho para o presente.
Comparo situações, pessoas, sentimentos.
Não descanso, não esqueço, não durmo, não sossego.
Até que ponto conhecemos uma pessoa?
Até que ponto me dou a conhecer aqui na blogosfera?
Até que ponto é mais fácil dar-me a conhecer assim, desta maneira?
Até que ponto pensam vocês que me conhecem apenas porque se revêem e reconhecem naquilo que escrevo?
25 de maio de 2005
Sexo, mentiras e... muito mais
E, se há alturas em que me sinto francamente 'melhor', existem outras em que vejo que não saio do maldito buraco onde me enfiei.
Sinto que ele conseguiu estragar-me para a Vida.
E até penso que não fui a primeira com quem ele conseguiu essa 'proeza'.
Sempre consegui ser feliz sozinha, mesmo enquanto namorávamos.
Apreciava os momentos pacatos, a reclusão e o silêncio da minha casa.
Agora estou sempre sôfrega por companhia, tenho pânico dos serões em casa, sinto medo do escuro e de dormir.
Agora entendo algumas atitudes que me surpreendiam de quem tudo fazia para não estar sozinho.
Agora entendo como, ao funcionar como 'tapa-buraco' de alguma agenda pude, de certa maneira, estar a contribuir para atenuar algum tipo de sofrimento, alguma forma de carência.
Desde que acabámos, e por incrível que pareça, o único acontecimento que me fez vibrar verdadeiramente e com entusiasmo foi a vitória da SuperLiga pelo meu SLBenfica.
Nada mais.
Nem mesmo o Natal, a passagem de ano, o meu aniversário, fins de semana prolongados, eventos, festas, jantares, ... nada!
Tudo vivo como uma zombie.
Dou por mim a questionar-me repetidamente:
Como é possível que alguém que me tenha proporcionado tantos momentos tão bonitos, tão repletos de felicidade possa ter provocado toda esta corrosão da minha personalidade?
Como é possível que alguém que afirmou (há pouco mais de um mês) que era a minha cara-metade e que um dia ainda iria casar comigo, tenha conseguido roubar toda a minha alegria de viver?
Talvez a resposta resida no facto de que, menos de um mês depois de repetir até à exaustão que me adorava e que sofria pela distância e pelas saudades que tinha de mim, eu ter descoberto que ele se 'envolveu' com alguém que eu considerava minha amiga (alguém que até comentava este meu blog com mensagens de apoio e solidariedade).
A opinião dos outros
"Eles não merecem o teu sofrimento"
"O que eles fizeram, não se faz"
"Eles nem pararam para pensar em ti, foi de um egoísmo atroz"
"Eu nunca dei nada pela vossa relação"
"Avança e esquece"
"Sê feliz sem ele... ele é feliz sem ti"
"Há muitos homens na terra"
"Caga nisso!"
A minha opinião
São ambos livres, desimpedidos, jovens, saudáveis, maiores e vacinados.
Na teoria, não traíram, nem prejudicaram ninguém.
It's their lives.
Mas talvez (só talvez) se me tivessem em melhor conta, se o seu respeito por mim não fosse tão diminuto, se não tivessem sido tão egoístas, pensando exclusivamente neles e no seu prazer, pudessem ter evitado esta situação.
Talvez, se tivessem esperado algum tempo, para se aperceberem melhor dos seus sentimentos e os avaliarem à luz do coração e não da tesão, conseguissem não provocar embaraços a todas as partes envolvidas.
Talvez tudo tivesse sido diferente se ela tivesse estado à altura do que escreveu um dia, aqui, no diário: "Não significa com isto que viva um dia de cada vez sem pensar nas consequências dos meus actos no dia seguinte".
Talvez...
No entanto, quem sou eu para impedir ou mesmo entravar a possibilidade de uma linda história de amor que começou desta forma?
Às vezes, neste tipo de sufoco, surge, inesperadamente e de onde menos se imaginaria, o ar.
E eu própria já me tinha interrogado... será...?
No fundo, para quê complicar?
Parece que, nesse dia, ela tinha bebido demais.
E ele? O que terá usado como 'desculpa'?
Como homem, e lembrando a anedota, deve-se ter limitado a preferir a gaja com as mamas maiores...
Já soube de maneiras piores de começar uma relação.
Infelizmente, não consigo é desejar de coração que sejam felizes.
24 de maio de 2005
Sempre a abrir!
Vou contar-vos...
O meu Sábado começou comigo ao volante do meu Renault Twingo (1100 cc).
Aproximadamente uma hora depois e já estou a conduzir um Peugeot 306 (1400 cc).
Mais 30 minutos e dou por mim a guiar um Opel Astra (1.3 CDTI, 90 cv).
Pausa para o almoço.
Depois do almoço é a vez de um Ford Focus (1.6 TDCi, 109 cv).
Pouco tempo depois, delicio-me ao volante de um Peugeot 307 (1600 cc, 110 cv) com tecto panorâmico.
Aprecio as mariquices, as potências dos motores, o espaço interior, a beleza exterior.
Adoro guiar! :)
Mas não podem adivinhar o que ainda me aguardava para fechar com chave de ouro este meu Sábado...
Já vos digo.
Depois de assistir à peça "Visitando Mr. Green", deparo-me, finalmente, com alguém de quem já muito tinha ouvido falar, mas que não havia tido ainda oportunidade de conhecer.
E (que engraçado!) é praticamente um sósia teu.
Mais 'eléctrico', mais jovem, mais 'maluco' mas, ainda assim, tão parecido, tão familiar.
Recuo uns 5 ou 6 anos e deixo-me embalar pelas lembranças.
Nessa noite são-me apresentadas mais pessoas do que as que conheci no último semestre inteirinho!
Donos de bares, cantores, outros amigos anónimos do meu novo amigo, numa roda-viva de caras que já não lembro e nomes que nem cheguei a ouvir.
Finalmente, o ponto alto!
Regresso a casa, deslumbrada, conduzindo um BMW Série 1, novinho em folha (práí uns 2000 cc de cilindrada e uns 170 cv).
Espectáculo!! :)
Durmo, mal e porcamente, no máximo umas 4 horas.
Acordo excitada e nervosa... é o dia do jogo, o dia D!
Chegamos ao Porto e abraço com força a minha tripeira favorita.
Almoçamos principescamente, como já me habituei sempre que venho a esta cidade.
Por alguns momentos, ainda temos tempo para aproveitar o bom ambiente de um café de praia, em Matosinhos.
E 'tá na hora!
Chegou a altura de ser Campeão!!
O resto é História!
23 de maio de 2005
"Et pluribus unum"
Um país (e tantos outros locais do Mundo) a gritar em uníssono e bem alto o nome de um clube.
D'O Clube!
"Sou do Benfica e isso me envaidece!
(...)
Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal
(...)"
Chorei, mais uma vez... desta feita de alegria e de emoção.
Era apenas mais uma daquelas pessoas que, no Estádio do Bessa, colocava as mãos em sinal de oração... e cantava e levantava-me e sentava-me e gritava... e esperava.
Ainda sinto o aperto no peito e mantenho o sentimento de pertença a algo maior, muito maior.
Que festa tão bonita no fim do jogo.
Que alegria incontida... a nossa e a dos jogadores, dirigentes e equipa técnica.
Que orgulho na dignidade dos nossos festejos... sem distúrbios, sem 'incidentes'.
Milhares em cada esquina, em cada cidade.
Um grito único, a uma voz:
"BENFIIIIIIIIIICAAAAAAAAAAA!!!"
20 de maio de 2005
Hilariante
Ao sair do estacionamento do metro, onde deixo o meu Twingo todo o santo dia, deparo-me com um carro que se atravessa no meu caminho, barrando-me a passagem.
Lá dentro, um jovem ao volante olha insistentemente para mim.
Começa a sorrir...
Faz um comentário para a senhora no lugar do passageiro.
Ela também me 'descobre' e também sorri.
Ambos começam a acenar... 'furiosamente' alegres!
Nessa altura, já não sei o que fazer.
Gostava de ver a minha própria cara.
Não os reconheço... juro que não sei quem são!
Resolvo acenar também.
Imagino que, desta forma, ficarei sempre bem vista.
Se forem meus conhecidos, lá acabei por cumprimentá-los.
Se não forem, ficarão convencidos que a pessoa que julgam que eu sou, lá os acabou por reconhecer...
It's a win-win situation!
Right?
19 de maio de 2005
Sou normal!
Naquela do "nunca fui, portanto, vou ver como é, não tenho nada a perder e, se não fizer bem, mal também não pode fazer".
E lá fui...
Uma cadeira e não um sofá ou um divã.
Uma hora e tal de conversa. Direccionada, claro.
Muitas lágrimas (interrogo-me quando secará esta fonte?) de tal forma que, no início, nem consegui falar.
Muitos clichés, muitos chavões, muito bom senso, muito senso comum. Nada de novo, nada que eu já não soubesse.
A pergunta insistente: "O que tem de perguntar a si mesma é: O que tinha era o que queria ter para o resto da vida?"
A resposta, sempre a mesma: "Se fosse, nunca teria sido eu a dar o primeiro passo para a separação." (duhh!)
A certeza reafirmante: "É normal! Dói porque tem de doer. Às vezes é mais fácil enterrar a cabeça na areia e fingir que não se sente, mas qualquer luto provoca sofrimento. Só o tempo pode ajudar... e só depende de você."
Mas quem acertou na 'mouche' foi mesmo uma amiga minha que, que eu saiba, nunca tirou nenhum curso de Psicologia:
"Tu não querias que as coisas fossem iguais... querias que fossem diferentes... com ele!"
E fui eu gastar o meu rico dinheirinho com um profissional....
18 de maio de 2005
Adoro...
Adoro os olhares e o cheiro da antecipação no ar.
Adoro as escondidas e os toques (não) intencionais.
Adoro a distância com promessa de proximidade.
Adoro a Vida com tudo o que acho que ela me 'deve'.
Quando estará ela a pensar 'pagar-me'?
17 de maio de 2005
Comentário
Há uns dias, li este comentário aqui e fiquei pensativa até agora.
Será que concordo?
O meu discurso já foi muitas coisas neste blog... actualmente, anda mais pelas bandas do depressivo... mas ainda me vou escapando ao lexotan.
Aqui não consigo, realmente, esconder a amargura, o desânimo e a humilhação... mas acredito que, quem não tiver o hábito de me ler neste cantinho da minha alma, será incapaz de afirmar que atravesso tal fase da minha vida.
Isto porque não tenho ficado em casa a soluçar.
Saio com amigos, vou ao cinema, ao teatro, à praia, ao ginásio.
Janto fora, vou ao futebol, ando de patins, converso e rio com vontade.
Pode mesmo acontecer que os que convivam comigo se apercebam menos do que vocês que nunca me viram.
Realmente sou chata e não tenho o mínimo jeito para contar anedotas... mas parece-me que conseguimos ser muito diferentes falando ou escrevendo.
Eu posso ser muito mais agressiva por escrito e, sem me olharem nos olhos, muitas vezes as minhas palavras soam frias e vingativas.
Quanto ao bom par de pernas, sei que já foram melhores... mas continuo a achar que não sejam de deitar fora... o que não sei, sinceramente, é como é que alguém pode avaliar isso pelo que escrevo.
E, finalmente, mal ou bem, o que escrevo aqui são tão simplesmente pedaços da minha vida... enfadonha, engraçada, entediante, alegre, frustrante... o que vos posso dizer é que, feliz ou infelizmente, nada disto é fingido.
16 de maio de 2005
E agora?
Sinto o chão fugir debaixo dos meus pés e a terra engolir-me em náusea, nojo e ânsia.
Não durmo nessa noite e não como no dia seguinte.
Sinto-me verdadeiramente a morrer.
Nada para lutar, nada para viver.
Como é possível que continues a viver, quando eu não vejo existência para além de ti?
Como é possível amar-te para toda a vida, se não me amas da mesma maneira?
Como é possível que voltes a ser feliz, se eu me afogo em lágrimas e desespero?
O sono não é alívio.
Acordo de hora a hora durante a madrugada e sonho contigo, comigo, com ela.
Choro alto e grito: “Eu só quero que passe... eu só quero deixar de sentir esta dor... eu só quero não me importar...”
Como acreditar, agora, quando alguém me disser: “Amo-te”?
Como confiar em outro alguém que afirmar: “És a minha cara-metade”?
Como deixar envolver-me noutros braços com a mesma intimidade e convicção?
"A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes,
assim como o vento apaga as velas, mas atiça as fogueiras."
Quando irei conseguir apagar a merda desta fogueira???
13 de maio de 2005
Exercício
Conto de Fadas?
É bem verdade que ele sempre disse ser um príncipe e já várias pessoas me trataram por 'princesa'...
E é certo que tivemos o "Era uma vez..." mas não o "E foram felizes para sempre!".
Sendo assim, o que me disseram não deixa, realmente, de ter um fundo de verdade...
Se o que tínhamos era assim tão perfeito, não teria acabado desta maneira, não é?
Seguindo a sugestão da pessoa que me 'acusou' de tal utopia, proponho-me então fazer o seguinte exercício (agora e no futuro!):
Centrar-me exclusivamente no que era mau e passar a sentir raiva (ou o 'melhor' que eu conseguir) de quem se atreveu a fazer-me sofrer desta maneira, conseguindo, desta forma, reagir à depressão e à tristeza.
Bom plano, não acham? :)
Well, here goes nothing!
10 things I hate about him
1
A ausência de comunicação (escrita ou falada) principalmente quando estávamos separados por alguns dias. Se eu não ligasse, seria muito difícil surgir essa iniciativa do outro lado. Ele, pura e simplesmente, 'desligava-se' de mim, fazendo-me acreditar que não sentia minimamente a minha falta (o que se veio a confirmar como verdadeiro).
2
A exclusão quase absoluta da minha presença de tudo o que ele considerava como exclusivamente seu: os seus amigos, a sua família, o seu ginásio. Ainda existem amigos dele que nunca cheguei a conhecer (consola-me a ideia de que não devo ter perdido nada).
3
Vir a saber por terceiros (e não por ele) coisas da sua vida, sítios onde esteve, pessoas com quem falou (vai bater na mesma tecla da falta de comunicação).
4
Os atrasos sistemáticos quando combinava algo comigo e o facto de nunca chegarmos à hora marcada a encontros com outras pessoas.
5
O facto de, sistematicamente, atender chamadas ao meu lado e, após desligar, nunca me informar sobre quem havia ligado.
6
A sensação de que, sabendo de antemão o desfecho da relação, manteve a 'fachada' durante dois anos, fazendo-me desperdiçar o meu tempo e cansando a minha beleza.
7
A indiferença quase total, após termos acabado, e a facilidade com que superou a separação.
8
Conseguir enumerar 100 coisas que adoro nele e estar a ter dificuldades em encontrar 10 coisas que detesto.
9
Não consigo lembrar-me de mais nada.
10
Aaahhhh!! É verdade!! O facto de ser tripeiro! (Aaarrrggghhhh... de todas as coisas, como é possível que eu tenha conseguido suportar isto???).
Obrigada, amiga!
Tinhas razão.
O ódio de mulher desprezada é mesmo revigorante.
Já me sinto muito melhor... :)
12 de maio de 2005
Temos pena...
Um elogio rasgado e sincero à minha tatuagem...
Pena que estes dois acontecimentos tenham tido origem em duas mulheres.
Piropos catitas.
Ser chamada de 'bombom' e 'chuchu'.
Pena que tais palavras tenham sido ouvidas de estranhos na rua.
Um convite interessante.
Uma proposta indecente.
Pena que não passem de pequenos desvios (não concretizados) à 'rotina' e 'normalidade' dos meus dias.
Temos pena...
11 de maio de 2005
À noite...
Mais bêbedos ou mais sóbrios.
Mais insones ou mais sonolentos.
Mais sozinhos ou mais acompanhados.
A alegria diurna, quando efémera, esvai-se em sonhos e pensamentos.
A noite obriga-nos, no silêncio, a ficarmos a sós com nós próprios... cara a cara com os nossos medos...
Sem ruídos, sem distracções, sem alheamentos.
A não ser que, por maldição, tenham um vizinho como o meu!!!
10 de maio de 2005
Já agora...
Simplesmente sensacional! :D
Copiei do Mar Vermelho
Nada a ver!
É a grande diferença entre Vermelhos e verdes.
Hoje de manhã vi uma criança envergando com orgulho uma camisola do Glorioso.
Após uma jornada deprimente, em que o mesmo não honrou o seu cognome e perdeu a primeira posição na Super Liga, aquele miúdo mostrava aos olhos do mundo o brio em ser benfiquista.
Sem vergonhas, sem receios.
E com confiança!
Já os verdes, no Sábado, logo após a derrota do meu SLB, demonstravam a sua alegria, gritando "Sportem" na Avenida da Liberdade.
Alguém me diz que vitória pessoal festejavam nessa altura?
Até o Dias da Cunha (o seu presidente senil e tresloucado) disse à comunicação social, depois da passagem à final da Taça UEFA, qualquer coisa como:
"Os sportinguistas são surpreendentes. Quando se pensa que são poucos ou que já desistiram de apoiar o clube, surgem do nada e fazem a festa a que estão a assistir agora."
Não me surpreende... não é o comportamento típico de um lagarto?
Imóvel, silencioso e petrificado até que algo o faça sair de debaixo da pedra onde se havia escondido?
9 de maio de 2005
"Procura um médico"
E nada disparatado, acreditem!
Mas inútil... digo eu...
"O que sentes não é normal, passado tanto tempo..."
Não é?
Estou rodeada por gente triste e sozinha.
Gente sem ânimo, sem entusiasmo e vontade de viver.
Gente que se agarra à companhia, à amizade, mas não consegue agarrar o amor.
Gente que se acomodou a uma rotina monótona, enfadonha.
Gente que inventa distracções como fuga, alheamento e entorpecimento da dor.
Gente que ficou presa algures num passado (im)perfeito.
Gente queixosa e chorona.
Gente que se arrasta, que espera.
Gente que não vive, vai vivendo.
Gente como eu...
Eu conheço o meu 'mal'... e conheço-me ainda melhor a mim.
Nada do que me possam dizer será novidade para mim.
E sou a primeira a admitir os meus 'problemas'.
Sei que o maior deles é a insegurança e a falta de auto-estima.
Sei que esta relação, que terminou fisicamente, só precisa de acabar também na minha cabeça.
Sei que o receio de ficar sozinha embeleza o passado e me impede de acreditar no futuro.
Sei que as noções românticas impregnadas desde a infância e adolescência, prolongam a esperança e a ilusão do final feliz.
Mas não acredito que um psicólogo ou um psiquiatra tenha a chave para a minha Felicidade.
A não ser que seja, ele próprio, o Príncipe que procuro sem encontrar...
6 de maio de 2005
Se fosse fácil...
Porque é que ainda estás sozinha?
E tu? Porque nunca chegaste a casar?
Tu também, não fujas... porque só deste valor ao que tinhas quando a perdeste?
E tu ainda, não te escondas... porque não o perdes para começar a dar-lhe valor?
E isto é contigo também... porque insistes em continuar a procurá-lo noutra pessoa?
Afinal, não é assim tão fácil, pois não?
Se fosse fácil...
Confessa...
Porque não comentas estes posts?
E tu? Porque é que nunca comentas?
Tens medo? Vergonha?
És forte? Cobarde?
O que é mais difícil, então?
O que representa maior coragem?
Chorar, sofrer e assumir?
Onde permaneces? Onde ficaste?
Ou mascarar, encobrir e 'avançar'?
Para onde vais? Tens rumo?
Não é assim tão fácil, pois não?
Encontrar alguém só porque o coração precisa, só porque o corpo o exige.
Se fosse fácil...
Patriotismo
Não torci para que perdesse, mas também não tive o mínimo interesse em assistir, nem sequer saber imediatamente o resultado. E, com certeza, não lhe desejei a vitória!
Passei um serão agradável, a conversar sobre tudo, menos futebol.
Quando saí do restaurante, fui informada de que o Sporting havia ganho com um golo no último minuto... do prolongamento!
Desculpem lá... mas não consegui (nem consigo) ficar feliz.
Nem mesmo com o argumento de que é estupendo para Portugal, a possibilidade de 3 títulos europeus, em 3 anos seguidos.
No meu universo, só existe o SLBenfica!
Nada mais existe, nada mais interessa.
Os outros clubes nada significam, nada importam.
Se isso me faz menos patriótica... so be it!
Ninguém me pode obrigar a festejar as conquistas de um clube que, quando ganha, se concentra apenas em denegrir a imagem do meu.
Não desejo que os outros clubes percam... apenas que o meu ganhe... sempre!!
E Viva o SLBenfica!
5 de maio de 2005
Surda-muda
Quadro primoroso e adorável.
Os gestos eram efusivos, as expressões intensas, mas os sons... nulos.
Em tempos frequentei, durante um ano, um curso de linguagem gestual.
Não mostrei grande talento porque acho que sou tremendamente auto-consciente e isso impede-me de me abstrair, por forma a conseguir exteriorizar em gestos e expressões faciais, aquilo que quero dizer.
E isso é essencial para um surdo. Que o rosto e o corpo demonstrem a emoção da palavra.
E se já naquela altura me era difícil transmitir sensações, ultimamente, então, sinto-me completamente incapaz de comunicar qualquer emoção positiva e o único sentimento intenso que a minha expressão tem conseguido revelar é, invariavelmente, a angústia.
A apatia e o entorpecimento dominam-me e atingem todas as vertentes da minha vida.
Nada me entusiasma, nada tem o mesmo brilho, nada me atrai, nada me seduz.
Permaneço em silêncio, mesmo falando ao desbarato.
E mantenho-me impassível a tudo o que me dizem ou tentam fazer ouvir.
Ao olhar aqueles jovens tive a estranha sensação de ser eu a surda-muda, afinal...
4 de maio de 2005
Senilidade
E não são nada promissores, garanto-vos!
Aqui ficam dois exemplos.
Chorar por um homem durante um período superior a 15 dias.
É coisa que nunca me aconteceu em nova.
Mais de 6 meses, então, torna-se quase aberrante.
Continuo a acreditar e a defender que nenhum homem merece, principalmente quando não existe reciprocidade de sentimentos... mas não consigo parar!
Deixar o carro em Lisboa, indo de metro para casa.
Também nunca tal me tinha acontecido antes.
A caminhada compulsiva provocada pelo bendito esquecimento como castigo imediato.
Umas boas gargalhadas partilhadas com um amigo pelo telemóvel (sempre é melhor do que a auto-flagelação com a duração de um semestre) como perdão também imediatamente auto-concedido.
Eu, que até nem sou muito distraída, só encontro justificação na (senil)idade.
E só estas duas amostras já dão para começar a tremer só de pensar o que me reservará o futuro...
3 de maio de 2005
Homofóbica, eu?
Sempre as encarei como “Quem não deve, não teme” ou “Mais vale sê-lo do que parecê-lo”, ou seja, se não sou porque me hei-de importar que o pensem?
Não acho assim algo tão bom que o deseje para um filho meu, por exemplo, mas acho que há coisas bem piores, como uma doença grave, uma deficiência física ou mental ou mesmo o facto de nascer lagarto ou tripeiro.
O problema é que ser diferente dificulta sempre mais a integração e o bem estar na sociedade, portanto, será sempre mais fácil ser ‘normal’.
Mas o que penso ser realmente importante é estar à vontade na nossa pele.
E, além de me estar nas tintas para o que os outros pensam (principalmente os que não me conhecem) o que defendo é o respeito pela forma de estar na vida de cada um, seja ela homossexual, heterossexual ou ambas.
E tenho dito!
2 de maio de 2005
A língua portuguesa...
Então quando misturada com a inglesa, nem se fala!
O que me dizem de quem ouve "Scan Erótico" quando se diz "Scanner Óptico"?!?!
Para ti
Como explicar-te que foi a crença de que mereço mais, que mereço alguém por inteiro, que me fez virar as costas àquela relação?
Como podes não perceber que também tu mereces mais do que tens?
Como te manténs refém de ti própria?
Como te sujeitas à humilhação de esperar por alguém que só te dá atenção quando assim o entende?
Também eu achava que possuía algo especial.
Também eu acreditava que tinha uma relação diferente das demais... feliz, quase perfeita.
Ainda hoje acredito nas metades que se encaixam e acreditava que tinha encontrado a minha.
Ainda hoje mantenho o nó na garganta sempre que toco no assunto.
Ainda hoje sofro e percorro um caminho deprimente e deprimido.
Agora mesmo choro ao escrever-te.
Como podes pensar que os meus sentimentos são menores do que os teus?
O que nós precisamos é de alguém que nos rasgue o peito e aperte o nosso coração com as suas mãos, obrigando-o a bater de novo.
O que ambas precisamos é de alguém que nos queira mais do que à própria vida e passe o resto da sua vida a prová-lo.
O que queremos e merecemos é alguém disposto a estar ao nosso lado sempre, para o melhor e, principalmente, para o pior.
Mas, por favor, nunca te esqueças...
O que não podemos dar-nos ao luxo de perder são os Amigos e a Família que se encarregam de nos levar ao colo nestas fases das nossas vidas.