5 de agosto de 2005

Tu nada sabes

Tu nada sabes.
Nunca soubeste!

Deixei-te acreditar na mentira.
Fiz-te crer que entendias.
Convenci-te que conhecias.

Nem eu mesma sei porquê.
Talvez porque me convinha.
Ou seria apenas um teste?
Talvez porque também eu queria,
Saber de quem não dizia,
Porque também não sabia.

Mas cada vez é mais nítido.
É tudo tão claro, agora.

Agora que tudo sei.
Agora que tudo vejo.
Agora que tudo entendo.

Sei que nada sabes.
Vejo que nada dizes.

Entendo que nada te é dito,
Porque ele nada te diz!