... avisto o Tejo.
Não raro, observo a passagem de embarcações de grande porte, escoltadas por outras bem menores... a lembrar gigantes prisioneiros de liliputianos.
É, habitualmente, uma paisagem límpida que mistura os azuis do rio e do céu, separados apenas pela pequena faixa verdejante da outra margem.
Hoje não consigo ver o outro lado.
Há pouco tive a sorte (e a dificuldade) de acompanhar com os olhos um submarino que vogava à superfície.
Hoje o céu e o rio estão cinzentos.
O cheiro a queimado paira no ar, entranha-se na roupa e no cabelo.
No Inverno, por vezes, também é impossível divisar o lado sul.
Nessas alturas, ouvem-se as sirenes dos navios, comunicando através do nevoeiro.
No Inverno, por vezes, também o rio reflecte o cinzento do céu.
Mas hoje não é Inverno...
5 de agosto de 2005
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