...nas minhas escolhas cinematográficas!
Os dois últimos filmes que vi (no cinema) deixaram-me muito desiludida e a lamentar profundamente o dinheiro (mal) gasto.
Não nego que adoro filmes comerciais e 'americanadas'.
Nunca escondi que escolho um filme basicamente pelos actores.
Admito que o género de filmes que mais me atrai são os dramas, os épicos e os de época e os de suspense e mistério... não esquecendo, claro, os musicais.
Reconheço que as comédias são a última alternativa e as comédias românticas têm que me ser muito bem vendidas (prefiro quase sempre esperar pelo DVD).
Quanto aos filmes fantásticos e os recheados de efeitos especiais... cada caso é um caso.
Deste último tipo, o último filme que me deixei persuadir a assistir foi o "Constantine".
O tema era interessante (o exorcismo sempre puxou pela minha imaginação), os efeitos especiais prometiam e o Keanu Reeves 'is a sight for sore eyes' (gay ou não que isso agora não interessa nada!).
Detestei!
Quando era suposto inspirar medo ou, no mínimo, algum respeito, o filme não se assume e resvala sistematicamente para a comédia. Ora, se eu quisesse rir, teria ido ver um filme do Ben Stiller!!
E, ainda agora, não consigo esquecer-me dos ridículos cotos de asas do Anjo Gabriel depois de ter perdido a sua divindade...
Quanto ao de ontem...
Aposto que o Jonathan Glazer (realizador do "Birth") leu o meu blog e fez este filme só para provar que eu tinha razão no post "Quando for grande..."!
Estive metade do filme cheiinha de vontade de dar dois pares de estalos à personagem da Nicole Kidman (admito que também não estava num dos meus melhores dias...).
E quando o filme terminou, ficou aquela sensação de injustiça, de algo incompleto, de pena por aplicar, de questão por revelar... ausência de 'closure', entendem??
Profundamente irritante!
Estou curiosa para saber o que me vai sair na rifa da próxima vez que for ao cinema...
31 de março de 2005
30 de março de 2005
Terra de Índios!
Vivo no faroeste... terra de índios e cowboys... cidade sem Lei, nem Ordem.
Em cada esquina posso deparar-me com um ‘duelo’, com um ‘xerife’ baleado, com um ‘vilão’ armado.
Já devem ter adivinhado: vivo na Amadora!
Nunca tive vergonha da minha cidade.
Moro lá desde que nasci.
Frequentei as suas escolas, brinquei nas suas ruas, convivi com os seus habitantes, cresci no seu ambiente.
Há muitos anos, lembro-me de estar numa discoteca e, ao esclarecer de onde vinha, receber a resposta horrorizada: “Xiii!! Terra de blacks...”
Na altura, ri-me da ignorância do meu interlocutor.
A Amadora era, já na altura, uma das maiores cidades do país e a panóplia de origens das suas gentes tornava-a idiossincrática e dava-lhe matizes de mil cores e variedade cultural.
Nessa altura, podia chegar a casa de madrugada e andar na rua à noite sem sentir o medo de ser assaltada, violada ou me ver inesperadamente envolvida nalgum tiroteio para o qual não contribuíra minimamente.
Não sou racista, nem xenófoba.
O estado actual da minha cidade (e do país) não é, na minha humilde opinião, resultado exclusivo da imigração desenfreada, seja africana, brasileira, de leste ou de qualquer outra região do mundo.
O mal do mundo, a meu ver, é a ignorância, a pobreza e a falta de educação e respeito pelo próximo.
Basta ver os exemplos diários no trânsito ou o comportamento prepotente dos administradores da madeireira contestada pela Quercus e pela GreenPeace.
Apesar de tudo, não pude deixar de rir com o lado cómico que, por vezes e felizmente, ainda consigo descortinar.
Ontem, à saída do metro, deparei-me com a seguinte cena:
Dois miúdos negros, não tendo mais que uma dezena de anos cada um, banhavam-se na fonte luminosa que embeleza a rotunda do dito local.
Indiferentes ao frio e ao trânsito que os rodeava, lavavam ainda a sua roupa, expondo os corpos nus à água e aos olhares dos transeuntes.
A candura...
A inocência...
A miséria...
Em cada esquina posso deparar-me com um ‘duelo’, com um ‘xerife’ baleado, com um ‘vilão’ armado.
Já devem ter adivinhado: vivo na Amadora!
Nunca tive vergonha da minha cidade.
Moro lá desde que nasci.
Frequentei as suas escolas, brinquei nas suas ruas, convivi com os seus habitantes, cresci no seu ambiente.
Há muitos anos, lembro-me de estar numa discoteca e, ao esclarecer de onde vinha, receber a resposta horrorizada: “Xiii!! Terra de blacks...”
Na altura, ri-me da ignorância do meu interlocutor.
A Amadora era, já na altura, uma das maiores cidades do país e a panóplia de origens das suas gentes tornava-a idiossincrática e dava-lhe matizes de mil cores e variedade cultural.
Nessa altura, podia chegar a casa de madrugada e andar na rua à noite sem sentir o medo de ser assaltada, violada ou me ver inesperadamente envolvida nalgum tiroteio para o qual não contribuíra minimamente.
Não sou racista, nem xenófoba.
O estado actual da minha cidade (e do país) não é, na minha humilde opinião, resultado exclusivo da imigração desenfreada, seja africana, brasileira, de leste ou de qualquer outra região do mundo.
O mal do mundo, a meu ver, é a ignorância, a pobreza e a falta de educação e respeito pelo próximo.
Basta ver os exemplos diários no trânsito ou o comportamento prepotente dos administradores da madeireira contestada pela Quercus e pela GreenPeace.
Apesar de tudo, não pude deixar de rir com o lado cómico que, por vezes e felizmente, ainda consigo descortinar.
Ontem, à saída do metro, deparei-me com a seguinte cena:
Dois miúdos negros, não tendo mais que uma dezena de anos cada um, banhavam-se na fonte luminosa que embeleza a rotunda do dito local.
Indiferentes ao frio e ao trânsito que os rodeava, lavavam ainda a sua roupa, expondo os corpos nus à água e aos olhares dos transeuntes.
A candura...
A inocência...
A miséria...
29 de março de 2005
É oficial!
Endoideci!
Nem adivinham onde me poderiam encontrar na passada quarta-feira à noite...
Na Aula Magna... ah pois é!
A assistir a um concerto dos "Mão Morta", imaginem!!!
E o que é verdadeiramente incrível... não é que gostei?!?!
Neste momento, gostava de ver a cara de quem me conhece... ;)
Ele é piercings, ele é tatuagens e, agora, Mão Morta!
Devo dizer que, em termos de concertos, foi a experiência mais diferente que vivi.
A Aula Magna, para quem (como eu, ignorante) não conhecia, é um anfiteatro repleto de cadeiras.
Sinónimo, portanto, de ausência de espaço para dançar, em pé, a música que se vai ouvindo.
É incrível, assim, verificar que as pessoas se mantêm sentadas num concerto forte, ritmado e extremamente apelativo no que ao som diz respeito.
Um verdadeiro elogio à contenção, um verdadeiro exemplo de respeito pelo próximo.
Dei por mim a acompanhar, com a minha, o movimento síncrono das restantes cabeças.
A baloiçar o meu corpo na mesma cadência.
A deixar entorpecer os meus sentidos no exagero dos decibéis... e quem sabe no odor das drogas leves intensamente consumidas...
Não é o meu estilo, nem passou a ser (tal como fizeram questão de me 'avisar' previamente).
Mas serviu para alargar horizontes, para destruir preconceitos, para quebrar tabus.
Obrigada...
Deixo-vos com um dos seus 'diálogos' mais emblemáticos:
"
Eu disse:
«O que é que isso interessa?»
Tu disseste:
«Nada!!»
"
Nem adivinham onde me poderiam encontrar na passada quarta-feira à noite...
Na Aula Magna... ah pois é!
A assistir a um concerto dos "Mão Morta", imaginem!!!
E o que é verdadeiramente incrível... não é que gostei?!?!
Neste momento, gostava de ver a cara de quem me conhece... ;)
Ele é piercings, ele é tatuagens e, agora, Mão Morta!
Devo dizer que, em termos de concertos, foi a experiência mais diferente que vivi.
A Aula Magna, para quem (como eu, ignorante) não conhecia, é um anfiteatro repleto de cadeiras.
Sinónimo, portanto, de ausência de espaço para dançar, em pé, a música que se vai ouvindo.
É incrível, assim, verificar que as pessoas se mantêm sentadas num concerto forte, ritmado e extremamente apelativo no que ao som diz respeito.
Um verdadeiro elogio à contenção, um verdadeiro exemplo de respeito pelo próximo.
Dei por mim a acompanhar, com a minha, o movimento síncrono das restantes cabeças.
A baloiçar o meu corpo na mesma cadência.
A deixar entorpecer os meus sentidos no exagero dos decibéis... e quem sabe no odor das drogas leves intensamente consumidas...
Não é o meu estilo, nem passou a ser (tal como fizeram questão de me 'avisar' previamente).
Mas serviu para alargar horizontes, para destruir preconceitos, para quebrar tabus.
Obrigada...
Deixo-vos com um dos seus 'diálogos' mais emblemáticos:
"
Eu disse:
«O que é que isso interessa?»
Tu disseste:
«Nada!!»
"
Pequenas mudanças
Acrescentei uma das minhas visitas diárias, ali do lado esquerdo.
Ela merece!
Além de escrever muito bem, publica fotos fortes e cheias de significado, 'induca-nos' culturalmente, falando-nos dos eventos que frequenta e em que participa e ainda encontrou a música que eu andava à procura desde Novembro.
Obrigada, Ritinha! :)
P.S. Se encontrares a "Sou eu assim sem você" da Adriana Calcanhoto ou a "Honeysuckle Rose" da Jane Monheit, não deixes de me avisar... ;)
Ela merece!
Além de escrever muito bem, publica fotos fortes e cheias de significado, 'induca-nos' culturalmente, falando-nos dos eventos que frequenta e em que participa e ainda encontrou a música que eu andava à procura desde Novembro.
Obrigada, Ritinha! :)
P.S. Se encontrares a "Sou eu assim sem você" da Adriana Calcanhoto ou a "Honeysuckle Rose" da Jane Monheit, não deixes de me avisar... ;)
28 de março de 2005
Será possível?
Será possível...
... voltar atrás?
... começar de novo?
... esquecer o que foi dito?
... fingir que nada aconteceu?
... reconquistar a intimidade?
... ficar indiferente às dúvidas?
... confiar outra vez?
... ignorar o que se sofreu?
... reconstruir o sonho?
... ter esperança no mesmo sentimento?
... criar um novo, tão ou mais forte que o anterior?
... acreditar em novas promessas de felicidade?
... crer que agora é para sempre?
Ou será melhor...
... desconfiar de momentos inesperados de epifania?
... reconhecer o medo da solidão?
... pesar muito bem o que se diz?
... avaliar ainda melhor o que se ouve?
... perceber que não há retrocessos, apenas novos caminhos?
... admitir que algo se perdeu, se quebrou?
... aceitar que nunca mais será o mesmo?
Quererei eu regressar ao passado?
Quererá algum de nós?
... voltar atrás?
... começar de novo?
... esquecer o que foi dito?
... fingir que nada aconteceu?
... reconquistar a intimidade?
... ficar indiferente às dúvidas?
... confiar outra vez?
... ignorar o que se sofreu?
... reconstruir o sonho?
... ter esperança no mesmo sentimento?
... criar um novo, tão ou mais forte que o anterior?
... acreditar em novas promessas de felicidade?
... crer que agora é para sempre?
Ou será melhor...
... desconfiar de momentos inesperados de epifania?
... reconhecer o medo da solidão?
... pesar muito bem o que se diz?
... avaliar ainda melhor o que se ouve?
... perceber que não há retrocessos, apenas novos caminhos?
... admitir que algo se perdeu, se quebrou?
... aceitar que nunca mais será o mesmo?
Quererei eu regressar ao passado?
Quererá algum de nós?
24 de março de 2005
Silêncio...
...ensurdecedor.
Falaste quando não o esperava.
Calaste-te quando te quis ouvir.
Pediste o inexplicável.
Surpreendeste-me com o inesperado e a singularidade do mesmo.
Arrependeste-te imediatamente, senti-o.
Não precisaste sequer de uma resposta minha.
Não voltaste a tocar no assunto.
Desapareceste sem deixar rasto.
Voltarás?
Que (pe)dirás desta vez?
Quanto tempo a seguir me deixarás a olhar para cada rosto na esperança de te encontrar?
Até quando me deixarás suspensa na esperança da frase mágica?
Que queres, afinal?
Será que o sabes sequer?
Falaste quando não o esperava.
Calaste-te quando te quis ouvir.
Pediste o inexplicável.
Surpreendeste-me com o inesperado e a singularidade do mesmo.
Arrependeste-te imediatamente, senti-o.
Não precisaste sequer de uma resposta minha.
Não voltaste a tocar no assunto.
Desapareceste sem deixar rasto.
Voltarás?
Que (pe)dirás desta vez?
Quanto tempo a seguir me deixarás a olhar para cada rosto na esperança de te encontrar?
Até quando me deixarás suspensa na esperança da frase mágica?
Que queres, afinal?
Será que o sabes sequer?
23 de março de 2005
Incompreensível
Há coisas que, realmente, não atinjo.
Uma delas é o comportamento dos homens num ginásio de musculação.
Chega a raiar as fronteiras do amaricado.
Vestem roupas justinhas e coleantes.
Olham-se mutuamente, apreciando os respectivos corpos.
Medem todos os perímetros, todos os diâmetros, comparando as respectivas medidas.
Assistem, embasbacados, a competições “Mr. Universo”, elogiando e invejando os seres anormalmente deformados que por lá desfilam, que parecem até poder rebentar se se picarem acidentalmente num alfinete.
Emborcam batidos ‘fat burners’ e outras mistelas ‘esteroidais’, por forma a ganharem músculo e auxiliar no seu ‘crescimento’.
Sei que é de homem (e só um homem o poderá explicar) essa obsessão primordial e primitiva por tamanhos e comprimentos.
Mas será que acreditam sinceramente que as mulheres se sentem atraídas por alguém que não consegue manter os próprios braços na vertical ou que, devido à musculatura exagerada, passou a ter o andar de um autómato?
Bem... é certo que sempre ouvi dizer que existem gostos para tudo...
Uma delas é o comportamento dos homens num ginásio de musculação.
Chega a raiar as fronteiras do amaricado.
Vestem roupas justinhas e coleantes.
Olham-se mutuamente, apreciando os respectivos corpos.
Medem todos os perímetros, todos os diâmetros, comparando as respectivas medidas.
Assistem, embasbacados, a competições “Mr. Universo”, elogiando e invejando os seres anormalmente deformados que por lá desfilam, que parecem até poder rebentar se se picarem acidentalmente num alfinete.
Emborcam batidos ‘fat burners’ e outras mistelas ‘esteroidais’, por forma a ganharem músculo e auxiliar no seu ‘crescimento’.
Sei que é de homem (e só um homem o poderá explicar) essa obsessão primordial e primitiva por tamanhos e comprimentos.
Mas será que acreditam sinceramente que as mulheres se sentem atraídas por alguém que não consegue manter os próprios braços na vertical ou que, devido à musculatura exagerada, passou a ter o andar de um autómato?
Bem... é certo que sempre ouvi dizer que existem gostos para tudo...
22 de março de 2005
Quando for grande...
... quero ser neurótica depressiva!
Ultimamente, tem vindo a tornar-se o meu sonho de vida.
Isto de ser independente e auto-suficiente não está com nada!
Descobri que as mulheres frágeis, delicadas, um feixe de nervos, são pessoas muito mais amadas, muito mais mimadas, muito mais apoiadas, muito mais apaparicadas, muito mais protegidas.
Se não guiarmos e precisarmos do 'nosso homem' para nos levar a todo o lado, eles sentir-se-ão os nossos heróis e salvadores.
Se detestarmos futebol, então, se adorarmos falar de crianças e roupa e se trocarmos receitas e truques para tirar nódoas, chegaremos mesmo a ser eleitas como a 'mulher ideal'.
Cada vez mais, a depressão é a 'doença' do Mundo.
As neuroses, a falta de vontade de viver, a montanha russa de emoções, os anti-depressivos... o pão nosso de cada dia.
O equilíbrio, o bom senso, a inteligência e a sensatez não são qualidades bem vistas numa mulher.
Uma mulher deve ser volúvel e caprichosa, ter alterações de humor e nervos... muitos nervos!
Deve chorar e perder a vontade de viver a cada 15 dias.
Deve ter medo de ratos, insectos e filmes de terror (desculpa, Carlota, não resisti! :)).
O que tenho visto, no entanto, é que este tipo de pessoas, instável, dependente, inconstante (feminina?) tem sempre a 'sorte' de ter a seu lado quem suporte, dia após dia, este leque de problemas e ainda faça de tudo para os combater, desde surpreender a cara-metade com uma viagem, até organizar jantares românticos, passando mesmo por contratar uma empregada... tudo o que facilite e anime a vida da sacrificada e desequilibrada companheira... pobre vítima.
Maldita estabilidade psicológica e emocional!
Maldita aversão à cozinha!
Maldita paixão pelo futebol!
Maldita mania de ser dona do meu próprio nariz!
E porque será que isso ainda assusta tanto um homem, hoje em dia?!?!
Ultimamente, tem vindo a tornar-se o meu sonho de vida.
Isto de ser independente e auto-suficiente não está com nada!
Descobri que as mulheres frágeis, delicadas, um feixe de nervos, são pessoas muito mais amadas, muito mais mimadas, muito mais apoiadas, muito mais apaparicadas, muito mais protegidas.
Se não guiarmos e precisarmos do 'nosso homem' para nos levar a todo o lado, eles sentir-se-ão os nossos heróis e salvadores.
Se detestarmos futebol, então, se adorarmos falar de crianças e roupa e se trocarmos receitas e truques para tirar nódoas, chegaremos mesmo a ser eleitas como a 'mulher ideal'.
Cada vez mais, a depressão é a 'doença' do Mundo.
As neuroses, a falta de vontade de viver, a montanha russa de emoções, os anti-depressivos... o pão nosso de cada dia.
O equilíbrio, o bom senso, a inteligência e a sensatez não são qualidades bem vistas numa mulher.
Uma mulher deve ser volúvel e caprichosa, ter alterações de humor e nervos... muitos nervos!
Deve chorar e perder a vontade de viver a cada 15 dias.
Deve ter medo de ratos, insectos e filmes de terror (desculpa, Carlota, não resisti! :)).
O que tenho visto, no entanto, é que este tipo de pessoas, instável, dependente, inconstante (feminina?) tem sempre a 'sorte' de ter a seu lado quem suporte, dia após dia, este leque de problemas e ainda faça de tudo para os combater, desde surpreender a cara-metade com uma viagem, até organizar jantares românticos, passando mesmo por contratar uma empregada... tudo o que facilite e anime a vida da sacrificada e desequilibrada companheira... pobre vítima.
Maldita estabilidade psicológica e emocional!
Maldita aversão à cozinha!
Maldita paixão pelo futebol!
Maldita mania de ser dona do meu próprio nariz!
E porque será que isso ainda assusta tanto um homem, hoje em dia?!?!
21 de março de 2005
Reverso da Medalha
É claro que também há dias em que continuo a sentir-me como a Charlize Theron... mas no filme "Monstro"...
Mesmo sem precisar de todo o incrível trabalho que conseguiu desfeiá-la, por vezes, sinto que engordei 10 kg numa noite, que a minha pele se transformou na superfície de Marte ou que o meu cabelo foi mergulhado em azeite enquanto eu dormia.
E, infelizmente, estes dias acontecem-me com muito mais frequência do que os que descrevi no post anterior...
18 de março de 2005
Linda!
Há dias assim.
Dias em que me sinto linda!
"Good hair days", como dizem os 'amaricanos'. :)
Vejo-os nos olhos e nos comentários dos homens.
Sinto-os na inveja das mulheres.
Ouço-os nos cumprimentos agradáveis e nos elogios dos amigos e colegas.
Expresso-os na maneira como ando.
Percebo-os na confiança do meu sorriso.
Reconheço-os na imagem que o espelho me devolve.
Aprecio-os na paz e na harmonia que me invadem.
Vivo-os, geralmente, no calor do Sol.
Porque nunca te vejo num dia assim?
17 de março de 2005
Não sei se concordo, se discordo ou se me abstenho
Como consumidora, agrada-me tudo o que provoque uma descida dos preços daquilo que consumo.
Mas acredito que, como consumidora, sou apenas uma bandeira usada a bel prazer pelos políticos, um joguete nas mãos de demagogos.
Não me considero ingénua a ponto de acreditar que o que está em causa não seja, apenas e só, o dinheiro, os lucros e o poder associado aos mesmos.
Mas nisso, as farmácias não são diferentes de qualquer outra empresa.
No fundo, o que todos queremos é dinheiro... sejamos hipermercados, gasolineiras, farmácias ou o Sr. Zé da mercearia da esquina.
Não sou farmacêutica, mas tenho consciência que TODOS os medicamentos são nocivos em situações específicas (que podem até nem estar relacionadas com a sobredosagem).
Nem todos podemos tomar Aspirina, nem todos suportamos da mesma forma o Paracetamol.
Por outro lado, nem todos podemos comer amendoins, nem todos podemos beber leite... e isso não impede que os mesmos sejam vendidos sem qualquer tipo de supervisão.
É facto que não gosto de ir a um estabelecimento comercial e ninguém saber explicar-me seja o que for sobre o que quer que seja.
Desde que tenho peixes, por exemplo, vejo-me obrigada a deslocar-me a lojas da especialidade (e pagar mais caro pelos produtos que acabo por lá comprar) porque são os únicos locais onde ainda consigo alguma informação e o esclarecimento pretendido.
O que me vejo a pagar neste tipo de lojas (e nas farmácias) é, portanto, não apenas um produto, mas o conhecimento de quem o vende (que me pode ser transmitido se eu assim o solicitar).
Com um optimismo exagerado, parece-me que a Vieira do Mar deposita esperanças demasiado elevadas nas capacidades do português típico (que acredito piamente não ser ela) em ser capaz de ler (até aí ainda vou) e perceber o que está escrito na bula de um medicamento.
Se fizessem um Relatório Kinsey em Portugal, sobre este assunto específico, aposto que ficaríamos assombrados com o nosso grau de ignorância.
E não limito esta afirmação aos mais velhos.
Infelizmente, muitos dos nossos jovens não sabem falar, escrever e, muitas vezes, nem entender o português corrente (quanto mais o português elaborado e 'científico' das referidas bulas).
Por outro lado, ainda há pouco tempo surgiram notícias preocupantes (alarmantes?) sobre o consumo de anti-depressivos e da pílula do dia seguinte. Esta última evidencia uma situação séria de ignorância e falta de informação (já para não falar de alguma leviandade evidentemente patente nas adolescentes nacionais).
A meu ver, o que esta situação exige é um violento puxão de orelhas aos médicos e farmacêuticos deste país e uma maior educação dos consumidores e não a ainda maior disponibilidade de medicamentos.
No fundo, a minha pergunta é só uma:
"Qual a grande vantagem, afinal, em retirar a dispensa de medicamentos a quem, feitas as contas, melhor os conhece?"
Mas acredito que, como consumidora, sou apenas uma bandeira usada a bel prazer pelos políticos, um joguete nas mãos de demagogos.
Não me considero ingénua a ponto de acreditar que o que está em causa não seja, apenas e só, o dinheiro, os lucros e o poder associado aos mesmos.
Mas nisso, as farmácias não são diferentes de qualquer outra empresa.
No fundo, o que todos queremos é dinheiro... sejamos hipermercados, gasolineiras, farmácias ou o Sr. Zé da mercearia da esquina.
Não sou farmacêutica, mas tenho consciência que TODOS os medicamentos são nocivos em situações específicas (que podem até nem estar relacionadas com a sobredosagem).
Nem todos podemos tomar Aspirina, nem todos suportamos da mesma forma o Paracetamol.
Por outro lado, nem todos podemos comer amendoins, nem todos podemos beber leite... e isso não impede que os mesmos sejam vendidos sem qualquer tipo de supervisão.
É facto que não gosto de ir a um estabelecimento comercial e ninguém saber explicar-me seja o que for sobre o que quer que seja.
Desde que tenho peixes, por exemplo, vejo-me obrigada a deslocar-me a lojas da especialidade (e pagar mais caro pelos produtos que acabo por lá comprar) porque são os únicos locais onde ainda consigo alguma informação e o esclarecimento pretendido.
O que me vejo a pagar neste tipo de lojas (e nas farmácias) é, portanto, não apenas um produto, mas o conhecimento de quem o vende (que me pode ser transmitido se eu assim o solicitar).
Com um optimismo exagerado, parece-me que a Vieira do Mar deposita esperanças demasiado elevadas nas capacidades do português típico (que acredito piamente não ser ela) em ser capaz de ler (até aí ainda vou) e perceber o que está escrito na bula de um medicamento.
Se fizessem um Relatório Kinsey em Portugal, sobre este assunto específico, aposto que ficaríamos assombrados com o nosso grau de ignorância.
E não limito esta afirmação aos mais velhos.
Infelizmente, muitos dos nossos jovens não sabem falar, escrever e, muitas vezes, nem entender o português corrente (quanto mais o português elaborado e 'científico' das referidas bulas).
Por outro lado, ainda há pouco tempo surgiram notícias preocupantes (alarmantes?) sobre o consumo de anti-depressivos e da pílula do dia seguinte. Esta última evidencia uma situação séria de ignorância e falta de informação (já para não falar de alguma leviandade evidentemente patente nas adolescentes nacionais).
A meu ver, o que esta situação exige é um violento puxão de orelhas aos médicos e farmacêuticos deste país e uma maior educação dos consumidores e não a ainda maior disponibilidade de medicamentos.
No fundo, a minha pergunta é só uma:
"Qual a grande vantagem, afinal, em retirar a dispensa de medicamentos a quem, feitas as contas, melhor os conhece?"
16 de março de 2005
"Não"
Sempre me irritaram as pessoas que, sistematicamente, começam uma frase por "Não".
Estou rodeada por vários exemplos: o meu pai, um colega, o namorado de uma amiga....
As suas frases preferidas são "Não acho", "Não concordo", "Não é bem assim", "Não, quer dizer...", mesmo que no fim acabem por dizer exactamente a mesma coisa que começaram por discordar.
Reconheço que gosto de 'discutir'... desde que se fique por uma troca saudável de opiniões e que, em caso de impossibilidade de se chegar a acordo, cada um fique com a sua 'bicicleta'.
Mas gosto que essas discussões surjam naturalmente, em ocasiões diferentes, com pessoas diferentes, sobre temas e assuntos diferentes.
O que me desagrada profundamente (reconheço que também depende do meu próprio humor) é que qualquer coisa que se diga seja apenas usado como o início para uma dessas altercações.
O 'espírito de contradição' é cansativo quando usado indiscriminadamente.
E os rocambolescos argumentos tornam-se, por vezes, ridículos na ânsia de provar a razão.
Na maior parte das vezes, quando me vejo enredada numa destas situações, apercebo-me que o antagonista se desvia sempre do assunto (iniciando um outro) quando não o consegue sustentar, arrastando-me com ele numa viagem confusa e sem fim à vista.
O que é que se passa com este tipo de pessoas?!?!
Pois já decidi!
Ao mais leve indício deste tipo de situação, vou 'fugir'.
Agora o que mudou é que decidi ser eu a dizer "Não"... primeiro! ;)
Estou rodeada por vários exemplos: o meu pai, um colega, o namorado de uma amiga....
As suas frases preferidas são "Não acho", "Não concordo", "Não é bem assim", "Não, quer dizer...", mesmo que no fim acabem por dizer exactamente a mesma coisa que começaram por discordar.
Reconheço que gosto de 'discutir'... desde que se fique por uma troca saudável de opiniões e que, em caso de impossibilidade de se chegar a acordo, cada um fique com a sua 'bicicleta'.
Mas gosto que essas discussões surjam naturalmente, em ocasiões diferentes, com pessoas diferentes, sobre temas e assuntos diferentes.
O que me desagrada profundamente (reconheço que também depende do meu próprio humor) é que qualquer coisa que se diga seja apenas usado como o início para uma dessas altercações.
O 'espírito de contradição' é cansativo quando usado indiscriminadamente.
E os rocambolescos argumentos tornam-se, por vezes, ridículos na ânsia de provar a razão.
Na maior parte das vezes, quando me vejo enredada numa destas situações, apercebo-me que o antagonista se desvia sempre do assunto (iniciando um outro) quando não o consegue sustentar, arrastando-me com ele numa viagem confusa e sem fim à vista.
O que é que se passa com este tipo de pessoas?!?!
Pois já decidi!
Ao mais leve indício deste tipo de situação, vou 'fugir'.
Agora o que mudou é que decidi ser eu a dizer "Não"... primeiro! ;)
15 de março de 2005
Há pessoas...
... que escrevem o que sinto.
"Tudo foi bom, maravilhoso até, mas tudo ficou insignificante depois de ti... como? como ainda consegues tornar tudo insignificante?"
"Porque é que se vão embora, mas deixam sempre umas migalhas de forma a descobrirem de novo o caminho até nós?
Porquê um sorriso perdido, se não há continuação?
Porquê dizer que sentem saudade, se depois não a matam?..."
"Sonho contigo mesmo sem querer, sinto a tua falta nas noites mais frias, fico contente quando oiço a tua voz, apetece-me abraçar-te...
Espicaçam-me...acordam-me...irritam-me...questionam-me...questiono-me...sei o que quero sim! Só não sei se o vou ganhar..."
"Como consegues deixar um sentimento durante anos na indefinição, no 'não sei'?
Pior, como consegues deixá-lo durante tanto tempo escondido no 'não quero saber', e seguir em frente como se nada se passasse?
Será que acreditas que, ao contrário de uma doença ou de uma fuga de óleo, é suficiente ignorá-lo para que não tenha quaisquer consequências para ti e para quem te rodeia?
Pensarás que basta não falar dele para que deixe de ser real?
Que basta fechar os olhos para o 'papão' ir embora?"
"Tudo foi bom, maravilhoso até, mas tudo ficou insignificante depois de ti... como? como ainda consegues tornar tudo insignificante?"
"Porque é que se vão embora, mas deixam sempre umas migalhas de forma a descobrirem de novo o caminho até nós?
Porquê um sorriso perdido, se não há continuação?
Porquê dizer que sentem saudade, se depois não a matam?..."
"Sonho contigo mesmo sem querer, sinto a tua falta nas noites mais frias, fico contente quando oiço a tua voz, apetece-me abraçar-te...
Espicaçam-me...acordam-me...irritam-me...questionam-me...questiono-me...sei o que quero sim! Só não sei se o vou ganhar..."
"Como consegues deixar um sentimento durante anos na indefinição, no 'não sei'?
Pior, como consegues deixá-lo durante tanto tempo escondido no 'não quero saber', e seguir em frente como se nada se passasse?
Será que acreditas que, ao contrário de uma doença ou de uma fuga de óleo, é suficiente ignorá-lo para que não tenha quaisquer consequências para ti e para quem te rodeia?
Pensarás que basta não falar dele para que deixe de ser real?
Que basta fechar os olhos para o 'papão' ir embora?"
14 de março de 2005
O meu cérebro
Your Brain is 60.00% Female, 40.00% Male |
Your brain is a healthy mix of male and female You are both sensitive and savvy Rational and reasonable, you tend to keep level headed But you also tend to wear your heart on your sleeve |
Let me know yours... :)
Deixem a Águia voar!!
Há dias, no IOL, tinha lido a 'explicação' que o Sr. Couceiro (não sei por que cargas de água) fez questão de dar ao Simão.
E agora, Sr. Couceiro?
Tem mais alguma coisa a dizer?
Pois eu tenho!
Como já li algures, "ninguém parece querer ganhar, este ano".
Pois eu quero!
Agora não tem nada que saber... é só ganhar até ao fim!
Que este seja, finalmente, o Ano da Águia!!
Força, Benfica!
E agora, Sr. Couceiro?
Tem mais alguma coisa a dizer?
Pois eu tenho!
Como já li algures, "ninguém parece querer ganhar, este ano".
Pois eu quero!
Agora não tem nada que saber... é só ganhar até ao fim!
Que este seja, finalmente, o Ano da Águia!!
Força, Benfica!
11 de março de 2005
Encontrando as Diferenças
Curioso...
Acabei uma relação de 2 anos e sinto que retrocedi 6!!
Em relações anteriores consegui avançar, cumprindo exactamente o que me aconselham agora: aprendendo com o mau e guardando o que de bom tinha vivido e partilhado.
Porque não o consigo fazer agora?
Com o H era sexy e sentia-me linda, onde e com quem quer que estivessemos.
Com o miúdo fui a mulher mais velha e 'experiente'.
Com o meu primeiro amor era a sua menina, a sua princesa... algo muito valioso, muito estimado, muito acarinhado... a jóia na redoma de vidro, admirada e querida.
Contigo fui apenas o patinho feio, a peça que nunca encaixou na engrenagem.
Sinto que foram 2 anos de luta inglória na tentativa de me integrar, de tentar 'fazer parte'.
Dois anos de 'guerra' contra um passado perfeito (ou seria um pretérito imperfeito?).
Sem promessas, nem ilusões, sem votos, nem juras.
Porque sinto, então, que fui usada e enganada durante dois anos?
Porque insisto em me lembrar apenas do que correu mal?
Porque me sinto, por vezes, tão cheia de ressentimento?
Porque acho que fui defraudada nas minhas expectativas?
Porque está a ser, afinal, tão difícil avançar?
Acabei uma relação de 2 anos e sinto que retrocedi 6!!
Em relações anteriores consegui avançar, cumprindo exactamente o que me aconselham agora: aprendendo com o mau e guardando o que de bom tinha vivido e partilhado.
Porque não o consigo fazer agora?
Com o H era sexy e sentia-me linda, onde e com quem quer que estivessemos.
Com o miúdo fui a mulher mais velha e 'experiente'.
Com o meu primeiro amor era a sua menina, a sua princesa... algo muito valioso, muito estimado, muito acarinhado... a jóia na redoma de vidro, admirada e querida.
Contigo fui apenas o patinho feio, a peça que nunca encaixou na engrenagem.
Sinto que foram 2 anos de luta inglória na tentativa de me integrar, de tentar 'fazer parte'.
Dois anos de 'guerra' contra um passado perfeito (ou seria um pretérito imperfeito?).
Sem promessas, nem ilusões, sem votos, nem juras.
Porque sinto, então, que fui usada e enganada durante dois anos?
Porque insisto em me lembrar apenas do que correu mal?
Porque me sinto, por vezes, tão cheia de ressentimento?
Porque acho que fui defraudada nas minhas expectativas?
Porque está a ser, afinal, tão difícil avançar?
10 de março de 2005
One down...
... three to go! :(
Pois é... o Brad (o branquinho da foto) faleceu durante a noite. :'(
Paz à sua alma de peixe.
Que mau início de dia!
Já não bastava a falta de água que me impediu de tomar o meu adorado banho matinal (nem vos digo, nem vos conto o fedor que 'práqui' vai...) e o trânsito infernal que não me deixava chegar à estação de Metro e me impediu de chegar a horas ao trabalho, ainda tive que dar com o meu rico Brad a boiar no aquário...
Cá 'pra' mim, foi a sua gulodice que o matou.
Era sempre o mais ávido de todos e o que o Clooney come a menos (nunca o vi comer... nem sei como ainda não morreu de fome) o Brad papava em três tempos.
Enfim... confesso que já estava surpreendida por nenhum deles ter ainda sucumbido, passados 13 dias de aparente estabilidade.
Olhem que hoje não é sexta-feira, 13.... mas parece! :(
Pois é... o Brad (o branquinho da foto) faleceu durante a noite. :'(
Paz à sua alma de peixe.
Que mau início de dia!
Já não bastava a falta de água que me impediu de tomar o meu adorado banho matinal (nem vos digo, nem vos conto o fedor que 'práqui' vai...) e o trânsito infernal que não me deixava chegar à estação de Metro e me impediu de chegar a horas ao trabalho, ainda tive que dar com o meu rico Brad a boiar no aquário...
Cá 'pra' mim, foi a sua gulodice que o matou.
Era sempre o mais ávido de todos e o que o Clooney come a menos (nunca o vi comer... nem sei como ainda não morreu de fome) o Brad papava em três tempos.
Enfim... confesso que já estava surpreendida por nenhum deles ter ainda sucumbido, passados 13 dias de aparente estabilidade.
Olhem que hoje não é sexta-feira, 13.... mas parece! :(
9 de março de 2005
Coragem ou Cobardia
Quando terminámos, elogiei, a quem me quis ouvir, a nossa coragem em dizer ‘não’ a algo menos que perfeito.
O ditado “Quem está mal, muda-se” sempre fez, para mim, muito sentido e admiro quem é capaz de chegar ao beco sem saída da resignação, fazer meia-volta e descobrir uma nova rua, uma nova direcção ou, pelo menos, um novo sentido.
Sempre me pareceu de uma tremenda coragem conseguir evitar e interromper o comodismo de uma relação estável, segura, mas estagnada ou insatisfatória.
Por tudo isto, pareceu-me fazer todo o sentido lutar pela possibilidade de ser realmente feliz.
Procurar alguém que me amasse sem dúvidas, sem 'mas', sem percalços, sem contrariedades.
Tentar encontrar quem me achasse a melhor coisa que aconteceu na sua vida (e vice-versa).
Descobrir quem me dissesse "És a mulher da minha vida" e o provasse todos os dias da nossa vida.
Sinto que não chegámos, no entanto, a lutar um pelo outro...
De vez em quando penso... o que será a verdadeira coragem, afinal?
Será coragem perceber que a Felicidade é algo a ser construído e alimentado diariamente e fazê-lo?
Será coragem ter a consciência de que a Felicidade não é uma linha constante de bem estar e boa onda mas antes um 'gráfico cardíaco' com enormes altos e baixos e lutar, dia após dia, contra a rotina, a monotonia e o desgaste provocado pelo convívio com a mesma pessoa?
Ou será coragem virar as costas a algo muito bonito porque se continua a acreditar que a Felicidade perfeita está ao virar da esquina?
Afinal, fomos corajosos ou... cobardes?
O ditado “Quem está mal, muda-se” sempre fez, para mim, muito sentido e admiro quem é capaz de chegar ao beco sem saída da resignação, fazer meia-volta e descobrir uma nova rua, uma nova direcção ou, pelo menos, um novo sentido.
Sempre me pareceu de uma tremenda coragem conseguir evitar e interromper o comodismo de uma relação estável, segura, mas estagnada ou insatisfatória.
Por tudo isto, pareceu-me fazer todo o sentido lutar pela possibilidade de ser realmente feliz.
Procurar alguém que me amasse sem dúvidas, sem 'mas', sem percalços, sem contrariedades.
Tentar encontrar quem me achasse a melhor coisa que aconteceu na sua vida (e vice-versa).
Descobrir quem me dissesse "És a mulher da minha vida" e o provasse todos os dias da nossa vida.
Sinto que não chegámos, no entanto, a lutar um pelo outro...
De vez em quando penso... o que será a verdadeira coragem, afinal?
Será coragem perceber que a Felicidade é algo a ser construído e alimentado diariamente e fazê-lo?
Será coragem ter a consciência de que a Felicidade não é uma linha constante de bem estar e boa onda mas antes um 'gráfico cardíaco' com enormes altos e baixos e lutar, dia após dia, contra a rotina, a monotonia e o desgaste provocado pelo convívio com a mesma pessoa?
Ou será coragem virar as costas a algo muito bonito porque se continua a acreditar que a Felicidade perfeita está ao virar da esquina?
Afinal, fomos corajosos ou... cobardes?
8 de março de 2005
Não resisti...
"Se queres alguém disposto a fazer figuras tristes só pela alegria de te ver...
Se queres alguém sempre disposto a sair, a qualquer hora, com qualquer tempo e para onde quiseres...
Se queres alguém que se sente juntinho a ti quando estás a ver um filme romântico...
Se queres alguém que não se importe que estejas bonita ou feia, gorda ou magra, jovem ou velha...
Se queres alguém que se comporte como se cada palavra que dizes é especial...
Se queres alguém que te ame incondicionalmente e para sempre...
.
.
.
Compra um cão!!!" :))
Se queres alguém sempre disposto a sair, a qualquer hora, com qualquer tempo e para onde quiseres...
Se queres alguém que se sente juntinho a ti quando estás a ver um filme romântico...
Se queres alguém que não se importe que estejas bonita ou feia, gorda ou magra, jovem ou velha...
Se queres alguém que se comporte como se cada palavra que dizes é especial...
Se queres alguém que te ame incondicionalmente e para sempre...
.
.
.
Compra um cão!!!" :))
Vejam só...
... o que fiz este fim de semana!
Comentário da Mãe:
"Ai que porcaria!!"
Expressão do Pai:
Impenetrável.
E vocês, o que acham? :)
Comentário da Mãe:
"Ai que porcaria!!"
Expressão do Pai:
Impenetrável.
E vocês, o que acham? :)
7 de março de 2005
Cruzamento
Às vezes penso em nós como dois condutores que seguiam, calmamente, o seu caminho e se encontraram num cruzamento.
Ali permanecemos, durante dois anos, a dar prioridade um ao outro, amáveis, hesitantes, sem grandes certezas sobre quem devia avançar primeiro, inseguros sobre quem devia dar o primeiro passo.
Cansados das gentilezas, do "faz favor, passe, passe" e do "por favor, a senhora primeiro", avançámos a um tempo e embatemos com mais estrondo do que estrago (ou teria sido o contrário?).
Sem grandes altercações, no entanto, assinámos a declaração amigável e seguimos viagem em 'carros' não muito danificados (pelo menos no que à 'chapa' diz respeito).
Dificilmente nos cruzaremos de novo.
Como em todos os cruzamentos, existem, pelo menos, 2 direcções e 4 sentidos diferentes.
E, infelizmente, não me parece que as nossas ou os nossos coincidam.... :(
Que seja, no entanto, uma boa viagem... para ambos.
Ali permanecemos, durante dois anos, a dar prioridade um ao outro, amáveis, hesitantes, sem grandes certezas sobre quem devia avançar primeiro, inseguros sobre quem devia dar o primeiro passo.
Cansados das gentilezas, do "faz favor, passe, passe" e do "por favor, a senhora primeiro", avançámos a um tempo e embatemos com mais estrondo do que estrago (ou teria sido o contrário?).
Sem grandes altercações, no entanto, assinámos a declaração amigável e seguimos viagem em 'carros' não muito danificados (pelo menos no que à 'chapa' diz respeito).
Dificilmente nos cruzaremos de novo.
Como em todos os cruzamentos, existem, pelo menos, 2 direcções e 4 sentidos diferentes.
E, infelizmente, não me parece que as nossas ou os nossos coincidam.... :(
Que seja, no entanto, uma boa viagem... para ambos.
Já agora...
Bem...
Ontem interrompemos, finalmente, os fatídicos 14 anos sem ganhar na Choupana.
Já agora, podíamos fazer jus à frase "a tradição já não é o que era" e pôr termo ao ciclo de 10 anos sem ganhar o Campeonato/Super Liga, não?
Ontem interrompemos, finalmente, os fatídicos 14 anos sem ganhar na Choupana.
Já agora, podíamos fazer jus à frase "a tradição já não é o que era" e pôr termo ao ciclo de 10 anos sem ganhar o Campeonato/Super Liga, não?
4 de março de 2005
Diz-me o que fazer
Não, nunca o irei fazer.
Nunca o fiz, não vou começar agora.
Ainda que todo o meu ser te exija de volta.
Ainda que saiba que muito dificilmente encontrarei alguém que se encaixe em mim tão completa e perfeitamente.
Ainda que acredite que tínhamos tudo para sermos felizes.
Se o fizesse, nunca saberia...
Libertei-te, deixei-te ir para que voltasses se e quando estivesses preparado para o fazer.
Estás?
Nunca o fiz, não vou começar agora.
Ainda que todo o meu ser te exija de volta.
Ainda que saiba que muito dificilmente encontrarei alguém que se encaixe em mim tão completa e perfeitamente.
Ainda que acredite que tínhamos tudo para sermos felizes.
Se o fizesse, nunca saberia...
Libertei-te, deixei-te ir para que voltasses se e quando estivesses preparado para o fazer.
Estás?
3 de março de 2005
Definho...
... a olhos vistos.
Pelo menos é o que me querem fazer crer.
“Estás mais magra!”
“Estás com um ar abatido”
“Olha para essas olheiras...”
Noutros tempos, e a avaliar pelos comentários, provavelmente morreria de amor.
Dentre as expressões que me ocorrem (‘estúpido’, ‘idiota’, ‘patético’) talvez se possa dizer que seria ‘romântico’.
Morreria tuberculosa, com certeza (o que não seria de admirar com a história clínica da minha família).
Mas nada disto é verdade.
As minhas olheiras não são novidade, tenho-as desde que me lembro.
São defeito comum a quem, como eu, sofre de asma e de todas as 'maleitas' a ela associadas.
Posso dormir mais ou menos, melhor ou pior, que terei sempre ar de quem perdeu a noite na borga.
Quanto ao meu peso, nunca me vi mais gorda. ;)
A semana passada tentei enfiar-me numas calças que já não vestia há uns tempos e, espanto dos espantos, não me serviram!
A mim, que ainda consigo vestir roupa do tempo do liceu!
Portanto, back off!
Estou como sempre estive, estou como sempre fui e o desgosto de amor só me afectou fisicamente aos olhos dos outros.
Já se pudessem ver como estou por dentro...
Pelo menos é o que me querem fazer crer.
“Estás mais magra!”
“Estás com um ar abatido”
“Olha para essas olheiras...”
Noutros tempos, e a avaliar pelos comentários, provavelmente morreria de amor.
Dentre as expressões que me ocorrem (‘estúpido’, ‘idiota’, ‘patético’) talvez se possa dizer que seria ‘romântico’.
Morreria tuberculosa, com certeza (o que não seria de admirar com a história clínica da minha família).
Mas nada disto é verdade.
As minhas olheiras não são novidade, tenho-as desde que me lembro.
São defeito comum a quem, como eu, sofre de asma e de todas as 'maleitas' a ela associadas.
Posso dormir mais ou menos, melhor ou pior, que terei sempre ar de quem perdeu a noite na borga.
Quanto ao meu peso, nunca me vi mais gorda. ;)
A semana passada tentei enfiar-me numas calças que já não vestia há uns tempos e, espanto dos espantos, não me serviram!
A mim, que ainda consigo vestir roupa do tempo do liceu!
Portanto, back off!
Estou como sempre estive, estou como sempre fui e o desgosto de amor só me afectou fisicamente aos olhos dos outros.
Já se pudessem ver como estou por dentro...
2 de março de 2005
Amiga
Há quem diga "A mim tudo me acontece".
Há quem se lamente de barriga cheia.
Há quem adie a vida até ser tarde demais.
E depois...
Há quem pareça que nasceu para passar variadíssimas provações.
Há quem se tenha tornado uma pessoa mais forte à custa dessas provações.
Há quem viva intensamente cada dia, cada momento porque aprendeu com elas a valorizar a Vida.
Há quem transgrida as regras para não perder um segundo de felicidade.
Há quem, parecendo ter tudo, tem muito menos do que merece.
Muito me honra partilhar a Amizade de uma pessoa assim.
E que bonito ver quantas pessoas me acompanham neste sentimento.
Tantos amigos que a rodeiam e a estimam.
Tenho muito a aprender contigo, Veruska.
Todos temos!
Há quem se lamente de barriga cheia.
Há quem adie a vida até ser tarde demais.
E depois...
Há quem pareça que nasceu para passar variadíssimas provações.
Há quem se tenha tornado uma pessoa mais forte à custa dessas provações.
Há quem viva intensamente cada dia, cada momento porque aprendeu com elas a valorizar a Vida.
Há quem transgrida as regras para não perder um segundo de felicidade.
Há quem, parecendo ter tudo, tem muito menos do que merece.
Muito me honra partilhar a Amizade de uma pessoa assim.
E que bonito ver quantas pessoas me acompanham neste sentimento.
Tantos amigos que a rodeiam e a estimam.
Tenho muito a aprender contigo, Veruska.
Todos temos!
1 de março de 2005
Sinto falta...
... do BadBoy e do Chefe Correia Anacleto.
Sinto falta do AP, do RM e do MR.
Sinto falta do Zorro e da Babs.
Sinto falta do Enfant Terrible e da Elsa.
Sinto falta do Black Pearl e da Santinha.
Sinto falta do euTravez, da Becas e do Rui.
Sinto falta do José Maria Castello Branco e da Maga Patalógica.
Quando pensamos que, talvez por ter um blog, somos nós que podemos influenciar os outros, descobrimos que são eles que têm um poder enorme sobre nós.
Não são só os comentários que deixam no Diário.
São também as conversas paralelas despoletadas por algum texto.
É a solidariedade dos amigos que lêem, mas que se acanham na altura de publicar o seu apoio.
A Amiga Secreta, por exemplo, deixou-me uma vez um comentário que ecoa na minha cabeça até hoje:
"(...) Confiemos tb nos nossos olhos, nas nossas vozes, na nossa razão e sobretudo no que mais custa ... nos olhos dos terceiros.(...)".
Será que ela tem noção do quanto me afectaram estas simples palavras?
Será que sabem como vos 'ouço' atentamente?
Sinto falta do AP, do RM e do MR.
Sinto falta do Zorro e da Babs.
Sinto falta do Enfant Terrible e da Elsa.
Sinto falta do Black Pearl e da Santinha.
Sinto falta do euTravez, da Becas e do Rui.
Sinto falta do José Maria Castello Branco e da Maga Patalógica.
Quando pensamos que, talvez por ter um blog, somos nós que podemos influenciar os outros, descobrimos que são eles que têm um poder enorme sobre nós.
Não são só os comentários que deixam no Diário.
São também as conversas paralelas despoletadas por algum texto.
É a solidariedade dos amigos que lêem, mas que se acanham na altura de publicar o seu apoio.
A Amiga Secreta, por exemplo, deixou-me uma vez um comentário que ecoa na minha cabeça até hoje:
"(...) Confiemos tb nos nossos olhos, nas nossas vozes, na nossa razão e sobretudo no que mais custa ... nos olhos dos terceiros.(...)".
Será que ela tem noção do quanto me afectaram estas simples palavras?
Será que sabem como vos 'ouço' atentamente?
Subscrever:
Comment Feed (RSS)