18 de fevereiro de 2005

Serão televisivo

Ontem assisti, de rajada, ao fim de um episódio d"A Juíza", ouvi duas músicas fenomenais (e uma assim-assim) e mergulhei de cabeça em mais uma loucura de episódio do "Sexo e a Cidade".
Tudo na SIC Mulher (um dos meus canais favoritos, admito, mesmo correndo o risco de ser rotulada de 'saloia' e/ou 'feminista'... ;)).

Chorei que nem uma Madalena com o tema d"A Juíza".
O noivo da mãe da juíza tinha morrido e logo fui apanhar o elogio fúnebre feito pelos familiares e pelos amigos.
A viúva (antes de o ser) descreveu-o como uma pessoa sem medo de arriscar, sem medo de amar e que desafiava constantemente os que o rodeavam a fazer o mesmo, inclusive a ela, que tinha 'fugido' dele durante quase toda uma vida.
O fim do episódio mostra-a a chorar e a cortar, em frente ao espelho, os seus longos cabelos grisalhos.
Pensando eu que isso seria o cúmulo do dramatismo do episódio, ainda tive que ler, mesmo no finzinho: "In loving memory of Richard Crenna" (nada menos que o actor que fazia o papel do noivo dela na série!).

Depois disso, e para animar um 'cadito, as duas músicas espectaculares:
"Honeysuckle Rose" da Jane Monheit
O Jazz como eu gosto dele... melodioso, cheio de ritmo e, principalmente, cantável.
A intérprete cheia de vida e de estilo, fazendo-nos querer cantar com(o) ela.
e
"Sou Eu Assim Sem Você" da Adriana Calcanhotto
A Adriana (velha amiga) traz-me memórias felizes.
Adoro a voz e as letras.
Até me foi difícil 'mutilar' esta letra para que este post não ficasse interminável.
"Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
(...)

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante nem mil alto-falantes vão poder
Falar por mim
(...)

Tou louca pra te ver chegar
Tou louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.
"

Finalmente, as aventuras do "Sexo e a Cidade".
Manhattan é outro mundo, não é?
Só pode.
Não consigo rever-me na roda-viva de amores e desilusões por que passam as 4 mulheres da série, nem na facilidade com que se muda, se avança e se esquece.
Não vivo o glamour, nem as festas, não tenho a roupa, nem os sapatos, nem os cabelos, nem a 'produção'.
Mas identifico-me totalmente com o sentimento da eterna procura e da vã expectativa, nunca satisfeita, sistematicamente gorada.
Eu sou a Carrie, a Miranda, a Samantha e a Charlotte... uma de cada vez ou todas de uma vez só.
Continua a ser, sem dúvida, uma das minhas séries favoritas.

E assim terminou o meu serão televisivo!

P.S. Também ainda consegui assistir à última meia hora do CSKA-SLB, mas disso recuso-me a falar. Estou cá desconfiada que as lágrimas que derramei no decorrer d"A Juíza" ainda eram resquícios da raiva e da desilusão sentidas minutos antes. :(