27 de abril de 2005

Escrevo para ti?

Sempre escrevi desta forma.
Mesmo quando, 'teenager inconsssiente' (com três s's) tinha plena consciência de que ninguém o viria a ler.
Sempre despejei os meus sentimentos em folhas brancas, como se isso pudesse ajudar ou resolver o que quer que me atormentasse no momento.
Apenas desabafar, deixando jorrar o que me ia na alma, era suficiente para atenuar, de alguma forma, o desespero ou o sofrimento.

Mas, reconheço...
Pateticamente, contra a minha vontade racional, mesmo sabendo que erro ao fazê-lo, não resisto a deixá-los... os 'recados'... nos textos... nas músicas...
Na esperança vã de que os possas vir a ler ou a ouvir.
Principalmente, na ilusão romântica de que os mesmos te possam vir a tocar.
E possam 'transformar-te', por artes mágicas e pela força do meu querer, naquilo que sonhei para nós.

Escrevo para ti?
Os meus amigos dizem que sim.
Que me exponho, não aos olhos do 'mundo'... mas aos teus.