Sempre escrevi desta forma.
Mesmo quando, 'teenager inconsssiente' (com três s's) tinha plena consciência de que ninguém o viria a ler.
Sempre despejei os meus sentimentos em folhas brancas, como se isso pudesse ajudar ou resolver o que quer que me atormentasse no momento.
Apenas desabafar, deixando jorrar o que me ia na alma, era suficiente para atenuar, de alguma forma, o desespero ou o sofrimento.
Mas, reconheço...
Pateticamente, contra a minha vontade racional, mesmo sabendo que erro ao fazê-lo, não resisto a deixá-los... os 'recados'... nos textos... nas músicas...
Na esperança vã de que os possas vir a ler ou a ouvir.
Principalmente, na ilusão romântica de que os mesmos te possam vir a tocar.
E possam 'transformar-te', por artes mágicas e pela força do meu querer, naquilo que sonhei para nós.
Escrevo para ti?
Os meus amigos dizem que sim.
Que me exponho, não aos olhos do 'mundo'... mas aos teus.
27 de abril de 2005
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