6 de abril de 2005

Ciúme

"A insegurança é a grande responsável pelo Ciúme, pois é a partir dela que você se sente inferior, comparando-se com outra mulher, achando que vai perder o seu namorado para ela. É como se você estivesse sempre devendo para si mesma, querendo ser mais do que é; culpada por não oferecer tudo o que ele precisa."



É... o Ciúme é isso tudo e muito mais.
Eu sei... eu sinto ciúme.
Não o escondo, não o nego.
E nem sempre surge em relação a um homem ou em virtude de uma comparação com outra mulher.
Consigo ter ciúme dos meus pais, dos meus amigos, dos meus colegas, do meu chefe, dos meus ex-namorados, do meu actual namorado, do meu (ainda desconhecido) futuro namorado...

Quanto a mim, uma coisa não oferece a mínima discussão:
O Ciúme é, invariavelmente e sem dúvida, resultado da insegurança.

O meu ciúme escrevo-o com letra minúscula e serve exclusivamente para me mostrar o quanto gosto de alguém.
Nunca consegui sentir ciúme de alguém que não representasse nada para mim, que não fosse, de algum modo, importante na minha vida.
Encaro mesmo como um mau sinal a ausência completa de ciúme e possessividade.
Quer sentidos por mim, quer por outrém em relação a mim.

Quando sinto confiança e segurança numa relação (romântica, fraternal, de amizade, de trabalho,...) o meu ciúme é um gato que ronrona... está lá, atento, mas sonolento. Tipo 'fera amansada'.
Se, por outro lado, não sinto convicção e certeza na mesma, o gato pode transformar-se em leão e começar a rugir, ferindo os meus ouvidos e roubando a minha paz de espírito.

No fundo, penso que o meu ciúme é sempre sinónimo de falta de atenção.
Um alerta quando me sinto preterida ou relegada para um segundo plano.

Ou, então, talvez se traduza apenas em ego espezinhado... talvez...