1 de agosto de 2006

Já vi!

Sim, foi ontem.
Já me tinhas falado neste episódio e a seguir tinha lido sobre ele aqui.
Mas nada como acompanhar a Carrie 'em pessoa'.

Este ano, no meu círculo de família e amigos mais chegados (ou seja, para os quais devo contribuir com uma lembrança) nasceram/vão nascer 11 crianças.
Nos últimos anos, tenho passeado entre casamentos e divórcios, baptizados, nascimentos e aniversários de rebentos e crias.
Com alguns amigos, chegámos mesmo a firmar o pacto de não dar prendas a adultos, apenas a crianças... que actualmente nos suplantam largamente em número.

Habituei-me a não conseguir conversar por mais de 2 minutos seguidos sem ser interrompida por uma queda, uma gracinha, uma birra ou um choro.
Posso dar palestras sobre a gravidez... problemas, complicações, sintomas, sinais, infertilidade, tratamentos, enjoos, alimentação...
Adaptei-me às saídas de adultos que têm de acabar antes das 23h.
E resignei-me à exclusão de certas reuniões em que, inevitavelmente, destoo.

Mas isso não é, realmente, o pior.
O pior é mesmo quando alguém me faz sentir fútil ou inútil, apenas porque não procriei.
O olhar de comiseração, o abanar de cabeça condescendente, a mão que aperta o meu braço em sinal de apoio e confiança no 'futuro'.

Não compro sandálias de 400 euros mas não deixo de me rever na Carrie.
E acreditem, tal como ela, acredito que a minha vida faz todo o sentido.