Intrigava-me esse teu karma.
Ouvia perplexa as tuas histórias.
Sempre o mesmo fim, o mesmo desfecho.
Sofria por ti, claro.
Mas não conseguia entender.
Seria incapacidade de ajuizares caracteres?
Escolhas sistematicamente erradas?
Ou, pura e simplesmente, falta de sorte?
Finalmente, entendi.
A tua insegurança inicial transforma-se rapidamente em confiança excessiva.
Deixas de prestar atenção, de te fazer presente.
Assumes a conquista como um fim... quando, bem pelo contrário, é precisamente nessa altura que tudo começa.
Ninguém é 'garantido', ninguém fica se não se sentir querido.
E tu ignoras sinais e alarmes, sirenes e avisos.
Surpreendes-te quando acaba, carpes mágoas.
E segues, resignando-te à tua 'sina'.
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