30 de agosto de 2004

Signos



Conheço muitas pessoas que não acreditam nestas coisas dos signos, mas eu (ou não fosse uma Peixinha assumida) adoro este tipo de coisa que se encaixa entre o esotérico e a psicologia comportamental.

Gosto sempre de conhecer o signo de alguém para me ajudar a compreender facetas da sua personalidade.
Como regra, aceito que os Sagitarianos são alegres e entusiastas (os 'radicais', por excelência), que os Aquarianos são alheados e 'desligados', mas excelentes amigos, que os Escorpiões têm memórias de elefante para as ofensas que lhes fazem, que os Virgens são extremamente metódicos e organizados, que os Piscianos são místicos, sensíveis e românticos (eu, eu, eu!! :)), etc, etc...

É claro que, depois na prática, isto não é assim tão simples.
Tem a ver com os nossos ascendentes e com outras influências ambientais e educacionais.
Chega a ser mesmo muito complicado, por isso é que até já existem licenciaturas na matéria 'Astrologia'.
Até mesmo na Sorbonne, imaginem!

Apesar de ser bastante crédula em relação a estes assuntos, o que não me convencem a acreditar é nos Horóscopos.
Isso, desculpem-me mas, até mesmo para um Pisciano, é uma grande balela!

O que é certo é que sou Peixes.
E os Piscianos são a indecisão em pessoa.
Eu sou um ótimo exemplo disso. :(
Apesar de gostar de muitas das características do meu signo, concordo com quem diz que a frase que melhor o define é: "Ontem tinha dúvidas... hoje, não sei...".

O símbolo que o representa é o Yin e o Yiang.
Ou seja, a somar à indecisão, pertenço também ao signo mais contraditório do Zodíaco.
Defendo com a mesma convicção dois pontos de vista opostos porque sou capaz de os sentir como certos em dois momentos diferentes (que por vezes podem ser quase simultâneos).
Tudo o que escrevo neste blog, tudo o que vivo no dia a dia, oscila entre dois extremos, sempre.
Aliás, às vezes até acho graça porque, logo a seguir a publicar um post, eu seria capaz de rebatê-lo nos comentários.
Por vezes, fico à espera que vocês o façam.
Eu saberia como... ;)

Porque eu sou Peixes!
E vocês?

27 de agosto de 2004

Coisas que me irritam...

No Trânsito

- Chicos-espertos mal educados que perturbam o trânsito e desrespeitam a lei para chegarem 5 minutos mais cedo ao emprego (saíssem mais cedo!! Além disso, fazem com que todos os condutores respeitadores das regras cheguem, eles sim, mais tarde ao emprego);
- Condutores de fim de semana;
- Azelhas a 30 km/h na faixa da esquerda ou praticamente 'estacionados' na faixa do meio (principalmente, à hora de ponta);
- 'Banheiras' com 5m de comprimento, totalmente impróprias para o trânsito urbano (principalmente para o estacionamento urbano!!)... devia ser proibido! (onde estacionam 2 carros daqueles, cabiam 3 ou 4 utilitários iguais ao meu);
- Idosos com carros topo de gama (mal empregados... se é para andar a 40 km/h, um Twingo serve perfeitamente e gasta pouco!);
- Ausência de piscas (que raiva que me dá uma manobra sem aviso!);
- Piscas a mais (ainda me hão-de explicar porque diabo se faz pisca para a esquerda dentro de uma rotunda...);
- Taxistas (esta nem devo precisar de explicar porquê. Desculpa, Carlota... ;))
- 'Reis da Estrada' (geralmente, homens de meia-idade que guiam Mercedes ou topos de gama de outras marcas como se fossem o último condutor vivo do planeta: "é tudo deles");
- Condutores ao telemóvel (fazem lembrar os 'Reis da Estrada', uma vez que também se esquecem completamente dos restantes mortais);
- Peões que atravessam fora das passadeiras (principalmente, quando são idosos);
- Peões que atravessam nas passadeiras quando o fazem lenta e provocantemente e sem nem ao menos agradecer (os jovens, geralmente);
- Gente mal-educada e mal-formada (não agradecem 'amabilidades rodoviárias' e ainda acham que têm sempre prioridade e primazia).

Enfim, a lista podia continuar sem fim à vista...
Em Setembro, volto ao Metro.
Garanto-vos!!

26 de agosto de 2004

O Barco do (Des)Amor

Lembram-se do 'Barco do Amor'?
Na altura em que era novidade, não perdia um episódio.
Mesmo agora, ainda acho graça quando revejo um ou outro na SIC Gold.

Porque será que me lembrei disto?
Ah, já sei...
Por causa do 'Barco do Aborto', pois foi. :(

Hesitei em escrever sobre este tema e, mesmo agora que já comecei, não sei muito bem como continuar.
É que este deve ser um dos temas mais polémicos de sempre. E eu nem percebo muito bem porquê...
Há coisas que, na minha cabeça, não são nada confusas, não têm zonas de cinzento... ou são pretas ou são brancas! E o Aborto é uma delas.
Para mim, um aborto é a morte de um filho... provocada por um progenitor.
Não condeno quem o pratica (quem sou eu para o fazer?).
Mas não compreendo quem o defende.

Nunca tive filhos.
Talvez por isso não seja a pessoa mais indicada para falar sobre este assunto.
Se me visse numa situação 'complicada', que faria eu?
Independentemente da minha decisão, o que me 'aflige' é que, apelando a situações que 'legitimam' esta decisão, se tente generalizar esta 'legitimidade' a todos os casos onde, em primeiro lugar, imperou uma grande falta de responsabilidade e grandes lacunas em termos de educação.

Quando penso em tantos casos de infertilidade que conheço, casais com tanta aptidão e tanto desejo de serem finalmente pais, quando testemunho a tristeza de uma gravidez que, por infelicidade, se interrompeu espontaneamente, não compreendo como se justifica o aborto com a frase: 'O corpo é da mulher!'.
O corpo é, mas a vida que ele carrega, não!
Além disso, se é assim tão simples, porque continuamos a tentar salvar a vida de suicidas?
Se o corpo é deles, deixemo-los, pura e simplesmente, morrer.

Que direito tem um ser humano de matar ou deixar morrer outro ser humano?

Gosto da frase: 'O futuro a Deus pertence'.
Nem sempre entendemos o 'mal' que nos acontece hoje, mas acredito que nada é por acaso.
Quem sabe as consequências de não ter um filho hoje, simplesmente porque hoje ele não é desejado?
Amanhã talvez venha a ser a nossa fonte de juventude e alegria ou o nosso apoio na velhice...
Quem sabe?
'O futuro a Deus pertence'!

24 de agosto de 2004

Tradição

Tenho como tradição tirar férias no meu dia de anos.
Faço-o desde que comecei a trabalhar.
É a prenda que me ofereço e considero-a justíssima.
Nesse dia, procuro descansar ao máximo e mimo-me bastante.
Nada de afazeres e tarefas corriqueiras.
Procuro as minhas companhias preferidas, passeio, almoço e janto fora, cuido do corpo e do espírito...

Sempre que comento esta minha 'mania', não encontro grande retorno nos meus interlocutores.
Fora aqueles que fazem anos a um feriado, todos os outros se 'sujeitam' ao dia em que calha o seu aniversário, trabalhando se este corresponde a um dia útil e descansando se este se celebrar num fim de semana.
Há até quem goste e prefira trabalhar no seu dia de anos.
É geralmente um dia em que pouco se faz e ainda se recebem todas as atenções dos colegas e amigos que interrompem constantemente para, telefonicamente, desejar um óptimo dia.

O curioso foi, no outro dia, ao ler um jornal, reparar que a Maya (não é a abelha, é a astróloga!) diz que se deve tirar férias na altura do nosso aniversário.
Eu bem sabia! ;)
Não estou sozinha, afinal! :)
Não é o caso da minha, mas até existem empresas que oferecem o dia de anos aos seus colaboradores.
Aumenta o 'moral das tropas' e é um 'rebuçadinho' inofensivo, mas que mesmo assim tanto agrada e motiva.

Muito lentamente, vou vendo a minha 'mania' propagar-se.
Já estão a pensar em aderir? ;)

23 de agosto de 2004

SLB, Glorioso, SLB!!

Ah, que saudade de um tempo que não conheci!
O tempo em que, no Benfica, imperava a mentalidade que abunda agora lá pelas bandas do dragão.
Uma mentalidade 'ganhadora', a inadmissibilidade da derrota.

Acredito que no futebol, tal como em tantos outros desportos, existe uma componente psicológica fortíssima.
Os atletas são supersticiosos e altamente susceptíveis.
Não basta estar em forma, não basta correr... é preciso acreditar!
O que aconteceu na passada sexta-feira foi, a meu ver, um exemplo claríssimo de falta de confiança, de falta de fé... e da pitada de sorte, necessária a qualquer vencedor.

Continuo muito orgulhosa do meu Benfica.
Esse sentimento é eterno.
Mas continuo à espera da equipa, do(s) jogador(es), do(s) treinador(es) que se voltará a identificar com a imagem de um grande Campeão.

É preciso acreditar!
Fé e Confiança, precisam-se!

19 de agosto de 2004

Figo



Provavelmente já se tinham esquecido do post 'Portugal', mas cá estou eu a bater na mesma tecla.
Desculpem lá, mas vou ter que voltar a falar 'mal' do Figo... ;)

Qué lá isso de "fazer uma pausa na Selecção"?!?!
E quem pensa ele que é para achar que "nos momentos decisivos" será chamado à mesma para, qual Super-Homem ou Homem Aranha ou qualquer outro super-herói, salvar-nos a todos de alguma desgraça iminente???
Porque será que, à semelhança de tantos outros grandes jogadores (Rui Costa, Zidane, ...), o Figo não é capaz de, pura e simplesmente, aceitar que a sua época de ouro já lá vai e que chegou a hora do adeus às respectivas Selecções?
Um adeus digno e com o reconhecimento merecido, mas um adeus definitivo.

Como dizia um comentador desportivo da SIC Notícias: "...até lhe fica mal..."

Experiências

OK, não se assustem!! :)

Não sei se já repararam mas, neste momento, o meu blog tem 3 (três!!!) formas diferentes de inserir comentários. Eu sei, é um exagero, mas ando a testar um novo sistema de comentários e decidi manter os outros dois como histórico.

Este novo sistema (que coloquei logo a seguir ao título de cada post) tem algumas mariquices, nomeadamente alertas para novos comentários inseridos e inserção de 'smilies' através de um simples 'click'. Conto convosco para me ajudarem a testá-lo, boa? :)

Se preferirem algum dos antigos (que desloquei para o fim de cada post), eu mudo outra vez, combinado?

Toca a testar e... Obrigada!! :)

17 de agosto de 2004

Forever Young

Não vos assusta a ideia de envelhecer?
Confesso que, quando penso nisso, não me agrada nada a perspectiva.

A força da gravidade a fazer descair as peles menos firmes, as rugas que já não se podem apelidar 'de expressão', o peso que é mais difícil de manter e que teima sempre em aumentar, tarefas que nos custam cada vez mais a desempenhar, a memória e a rapidez de raciocínio a diminuir, as insónias a aumentar, a vista a piorar, a agilidade a desaparecer, a resistência física a escassear, as contas com médicos e medicamentos a abundar...

Hoje tudo tem a ver com a Qualidade (tinha mesmo que dizer isto... ou não estivesse eu no ramo).
As empresas querem trabalhar com qualidade.
O tempo que os pais passam com os filhos, como não é muito, tem que ser de qualidade!
No dia a dia, procuramos ter "Qualidade de Vida" (com os variadíssimos significados que isso implica para cada um de nós).
Envelhecer com qualidade é apenas mais um destes 'temas da actualidade'.

Mas o que é isso exactamente?
Será que basta chegar aos 70 anos, sãos como pêros?

O que assusta realmente não é apenas a debilidade física, mas sim a solidão em que alguns idosos vivem e, principalmente, a vulnerabilidade que apresentam.

Há alguns dias atrás, assisti à cena de uma velhinha que demorou alguns (muitos) segundos a chegar ao balcão dos correios, chegando mesmo a perder a sua vez para o número seguinte que, entretanto, foi chamado.
Outra senhora (que devia sofrer de Parkinson) também revelou alguma dificuldade para executar a tarefa a que se propunha.
No jardim, não faltam reformados sozinhos a ler "A Bola" e o "Record"... ou simplesmente à espera que o tempo passe.
Nas ruas, caminham lentamente e, por vezes, algo desamparados, estando não raramente sujeitos a atropelamentos e assaltos.
Assustador... :(

Adoro pessoas de idade!
Tirando algumas que têm a mania que 'idade é posto', admiro a sua experiência e não perco uma possibilidade de ouvir histórias do passado, directamente da boca de quem as testemunhou.
São, na sua grande maioria, crianças grandes, com birras e gracinhas e aprecio este tipo de convívio quando é saudável.

Mas a incapacidade que acompanha quase sempre a velhice... essa não gosto nem de pensar.
A dependência de outros (muitas vezes estranhos) para o dia a dia mais básico.
O abandono a que são votados, por vezes, pelos próprios familiares.

Envelhecer com classe e dignidade ainda não é para qualquer um, pelo menos, em Portugal.
Resta-nos esperar que o nosso futuro seja diferente... para melhor, claro!



16 de agosto de 2004

Luxos

Nasci para ser rica!
Sinceramente, acredito que nasci para ser rica.

Disfrutar de um rendimento que me permitisse fazer tudo o que gosto, sem ter que trabalhar para isso.

O meu conceito de riqueza não é ter muito dinheiro no banco, apenas o suficiente para usufruir de alguns luxos:
pequeno-almoço sentada, com tempo e sem stress de 'horários de expediente';
massagens 3 vezes por semana;
todo o tipo de desporto todos os dias (equitação, danças de salão, step, musculação, natação, patinagem, ...);
empregada para manutenção da casa e da roupa (e, já agora, que me deixasse o jantar prontinho);
moradia com algum terreno à volta, com barbecue, piscina e garagem;
uma 2ª habitação na praia, com vista para o mar;
um carro bom, renovado regularmente ao quarto ano de uso (um renting seria o ideal);
dinheiro para viajar.

Há quem diga que me cansaria ao fim de pouco tempo.
Tenho sérias dúvidas que isso viesse a acontecer.

Com certeza encontraria uma ocupação útil e agradável.
Seria voluntária numa instituição de cariz social ou tornar-me-ia 'bloguista' profissional. :)

Digam lá se não nasci para ser dondoca?? ;)

13 de agosto de 2004

Massacre em Patras

Massacre em Patras

Um grupo radical iraquiano composto por onze homens atacou selvaticamente e de surpresa, com quatro bombas, uma expedição portuguesa à Grécia. Os membros da comitiva nacional ficaram num estado miserável. Os terroristas deixaram um rasto de destroços humanos junto às zonas dos ataques. Os portugueses sobreviventes estão muito apreensivos, com medo de serem atacados de igual forma por islamitas marroquinos e guerrilheiros costa-riquenhos.

E ainda dizem que o dia de azar é a sexta-feira, 13...

Sexta-feira, 13

Repararam que dia é hoje?
Hoje é o dia do azar, por excelência.
O dia em que tudo de mau tem mais probabilidade de acontecer.
O dia em que a culpa de tudo de mau que acontecer lhe pode ser 'naturalmente' atribuída.

De onde terá surgido esta superstição e outras tantas que vivemos diariamente??

As mais comuns, conhecidas e 'aplicadas' pela generalidade das pessoas, passam por escadas que não se podem atravessar por baixo, gatos pretos que cruzam 'maleficamente' o nosso caminho, expressões que se usam para afastar 'maus-olhados' ("Vai de reto, Satanás", "Cruz Credo", "Lagarto, Lagarto, Lagarto"), o toque por 3 vezes (tem que ser três vezes!!) com o punho fechado em madeira (há quem, à falta desta, a substitua por uma 'cabeça de serradura' que esteja à mão... ;)), mesas com 13 convivas, camas feitas por três pessoas, etc, etc, ...

Outras, mais particulares, são criadas por vivências pessoais:
entrar com o pé direito, despertar apenas nas horas capicuas (7:07, 7:37, 8:08), não ver um jogo, nem ir ao estádio porque se dá azar à sua equipa (não é, Carlota? ;)), beijos em medalhas e alianças, o acto de alguns jogadores de futebol que se benzem à entrada e saída do relvado, etc, etc, ...

Sorte e Azar?
Destino ou Karma?
Quem acreditará?
"Eu cá não acredito em bruxas, mas que as há, há!!"

12 de agosto de 2004

(Em)beleza

Quem me conhece, sabe que prefiro ir ao dentista do que ao cabeleireiro. :)

(Pois, já sei... não sou uma mulher exactamente como as outras. Ou melhor, não sou uma mulher exactamente como são 'pintadas' as mulheres. Eu adoro desporto (futebol, principalmente), odeio ir às compras e detesto ir ao cabeleireiro!)

O cabeleireiro é daqueles locais que, para mim, só é equiparável à Casa do Terror da Feira Popular... ;)

A espera decorre, habitualmente, num convívio de 'amena' coscuvilhice entre as(os) cabeleireiras(os) e as clientes, versando as vidas pessoais dos vizinhos e conhecidos de ambos (ou mesmo sobre as dos desconhecidos... é preciso é falar dos outros!), bem como a vida privada dos famosos lida nas revistas que por lá abundam.

Depois desse suplício, começa o massacre do couro cabeludo, agredido violentamente pelas mãos e unhas da 'lavadora de cabelos'.
Mas será que estas senhoras nunca ouviram dizer que o cabelo deve ser lavado suave e gentilmente, com as cabeças dos dedos e não com as unhas?!?! Afinal, elas é que são as profissionais! Nós somos só clientes!
Algumas quase nos dão banho, outras escaldam-nos ou gelam-nos com temperaturas de água mal calculadas.

Em seguida, vem a violência da escova e da arma preferida de uma cabeleireira... o secador de mão!!
O calor que emana deste último é, algumas vezes, tão forte que chega a chamuscar as orelhas de clientes mais desafortunadas.
Fora os puxões e repuxões para alisar, encaracolar, esticar, torcer e sei lá bem que mais se pode fazer a este fios de cabelo, aparentemente tão frágeis e, afinal, tão resistentes.

Finalmente, somos vaporizadas com lacas, geles e outros produtos misteriosos para mim, que visam proteger e manter um trabalho tão arduamente conseguido e um produto final tão penosamente atingido.

Isto já para nem falar das figuras que fazemos quando queremos dar algum brilho e cor ao nosso rico cabelinho... Ele é papel de prata, ele é tocas de borracha, ele é tintas e cremes que lambuzam as mãos das cabeleireiras e, por vezes, as roupas das clientes...

E todo este esforço e sofrimento para quê??
É mesmo como na anedota... se é para se ficar mais bonita, porque é que não se fica?? ;)

11 de agosto de 2004

Será que sou só eu??

O que é que se passa com as nossas televisões??
É mesmo preocupante porque, se elas só passam o que tem audiência, então o que é que se passa com o povo português???

Ora vejamos...
Em horário nobre temos reality shows e novelas portuguesas e brasileiras, noticiários escabrosos e sensacionalistas, concursos ridículos e deseducativos (salva-se um ou outro, habitualmente da RTP1), programas 'cómicos' que dão vontade de 'chorar'.

Todos os programas com qualidade são relegados para o '2º Canal' (a '2', como se chama agora) ou para horários de madrugada.

Vejam só a última:
"Proximamente vai estrear na TVI (onde mais?) um concurso intitulado "A quinta dos famosos", que consiste basicamente em alguns 'famosos' fechados numa quinta, para serem filmados 24 horas por dia (ao 'melhor' estilo Big Brother) e na qual os ditos 'famosos' terão de criar e matar animais para se alimentarem."

Acho que um dos 'concorrentes' já contactados é o 'Joselito' Castelo Branco.

Só pode ser brincadeira... de mau gosto!

Dia Bom!

Hoje é um dia bom! :)

Acordei sem custo, o que por si só já seria de louvar. ;)
Cheguei cedíssimo ao meu local de trabalho, o que me permitiu tomar o pequeno-almoço calmamente sentada, explorando uma pastelaria que há dias andava para conhecer.
Parei no quiosque a ler os títulos dos jornais.

E perguntem-me lá porquê...
"Porquê, Teresa?!?!"
É que o meu Benfica ganhou!! :))

Algo irracionalmente, isso afecta-me profundamente.
Se o Benfica perde, quando acordo no dia seguinte, esse pensamento é o primeiro que me atravessa o espírito. E desmoraliza-me.
Pelo contrário, se ganha, dá-me ânimo, deixa-me feliz!
E quando estou feliz, dormir parece-me perda de tempo e as tarefas habituais tornam-se mais leves e suportáveis, até mesmo apetecíveis.
O mundo fica um lugar mais bonito e aprazível.

Partilhei isto convosco só para que vejam a Força e o Poder do Glorioso!


9 de agosto de 2004

Sem Chance!

Este fim de semana vi o filme 'Carandiru'.
E, há algum tempo atrás, tinha assistido ao 'A Cidade de Deus'.
Impressionantes, ambos!

Para quem, como eu, é assumidamente comercial em relação ao tipo de filmes de eleição ('americanadas' é comigo mesmo), devo dizer que ambos me surpreenderam pela 'facilidade' com que se vêem. E mais ainda pela qualidade que apresentam.

Mas a realidade que retratam é, no mínimo, arrepiante.
'A Cidade de Deus' conta-nos epidódios verídicos no dia a dia de uma favela do Rio de Janeiro (a 'Rocinha', se não me engano).
'Carandiru' faz o mesmo, mas em relação à famosa prisão de S. Paulo, agora implodida.

Dois ambientes com regras muito particulares.
Onde a Vida vale o que vale e não vale nada.
O lado selvagem de quem cresceu sem pai, sem mãe, sem dinheiro, sem educação...
O lado negro de quem brincou com armas em vez de bonecos, de quem matou antes dos 10 anos, de quem morreu ou viu morrer antes dos 5.
O lado assustador de quem manda mais que a Polícia, que o Governo, impondo à força a sua própria Lei, criando 'fronteiras' intransponíveis dentro do próprio País.
O clima de guerra e terror que se instala quando o confronto rebenta.
A droga (vendida e consumida), a prostituição (negócio e sobrevivência), o estupro, como dizem os brasileiros, único crime imperdoável (sofrido e praticado), a homossexualidade (assumida ou inevitável), os assassínios, os roubos, a conveniente marginalização, a revolta de quem se sente sempre 'credor' da Sociedade, a violência sempre presente.
A injustiça e a miséria...

Como diz uma personagem do filme 'Carandiru':
"Sem Chance!"

Lembram-se do meu post 'Caridade (ou não...)'?

'Atão' não é que as contas de solidariedade com as vítimas dos incêndios (de 2003!!) não serviram os seus propósitos, permanecendo intactas e intocadas?

"Algumas das contas bancárias de várias campanhas de solidariedade que foram abertas para ajudar as vítimas dos incêndios de 2003 continuam intactas, adianta esta segunda-feira a Rádio Renascença (RR).
De acordo com a emissora, os portugueses foram rápidos e generosos na resposta ao apelo de contribuições, mas muitas das instituições foram lentas e não receberam nenhuma verba para ajudar as famílias que ficaram sem nada.
Ainda segundo a RR, um ano depois da calamidade dos incêndios que devastou grande parte do País, há ainda contas de solidariedade recheadas e intactas, uma delas com um milhão e meio de euros. (...)
" (in Diário Digital, 09-08-2004)

Vá lá...
Até ver, ninguém se 'abotoou' com o dinheiro.
Mas quem são as vítimas, afinal?
Quem não recebe o dinheiro que lhe era destinado ou quem vê sistematicamente logradas as suas boas intenções?

E a Morte aqui tão perto

De vez em quando, apercebo-me como estamos sempre tão na iminência de deixar de existir.
Tal como hoje, quando vinha trabalhar, e vi um carro a galgar quilómetros na minha direcção... na minha faixa de rodagem!!

Ontem, ao ouvir aquela notícia horrorosa sobre as 3 pessoas que faleceram no acidente do IC6, quando elas nem sequer transitavam na referida via, pensei que o destino é mesmo algo incontornável.

"(...) Pouco depois das 12h00, um automóvel despistou-se no IC6, em São Pedro de Alva (Penacova), e foi embater noutro veículo que circulava numa estrada paralela, causando a morte de três pessoas e ferimentos em mais quatro - dois dos quatro feridos encontram-se em estado considerado grave. As três vítimas mortais do sinistro pertenciam todas à mesma família. (...)" (in Público, 08-08-2004)

Mas o português é terrível.
A primeira coisa que sai da sua boca é:
"Se a autoestrada tivesse raides de protecção..."
(acho que 'raides' se escreve assim e quer dizer aquele tipo de separação e protecção usado nas autoestradas)
Porque é que não diz:
"Se o carro que se despistou fosse dentro dos limites da velocidade..."?

"(...) A última semana foi palco de 2.705 acidentes rodoviários dos quais resultaram 31 mortos, 73 feridos graves e 962 feridos ligeiros, anunciou esta segunda-feira a Brigada de Trânsito (BT) da Guarda Nacional Republicana (GNR), em comunicado (...)" (in Diário Digital, 09-08-2004)
"(...) Na semana passada, a fiscalização rodoviária da BT registou ainda 2.282 infracções graves e 394 muito graves. Foram detectados 605 condutores com taxa de álcool positiva, dos quais 164 foram detidos por apresentarem valor igual ou superior a 1,20 gramas por litro de sangue. O máximo permitido por lei são 0,5 gramas.Outros 45 condutores foram detidos por não terem carta, enquanto 2.050 foram autuados por excesso de velocidade. As patrulhas da Brigada de Trânsito da GNR detectaram ainda 637 automobilistas e passageiros sem cinto de segurança. (...)" (in Público, 09-08-2004)

Quando será que vamos começar a demonstrar algum respeito pela vida humana (a nossa e a dos outros)?
Quando será que a educação, o respeito e o civismo vão surgir como valores intrínsecos à nossa condição humana?

"(...) Primeira semana de Agosto foi a mais mortífera (do ano) nas estradas portuguesas (...)" (in Público, 09-08-2004)

Parece que ainda vamos ter que aguardar algum tempo... :(

6 de agosto de 2004

Nunca se Abandonem...

Olhem que lindo (e tão verdadeiro) o que recebi hoje no mail:

"Quando depositamos muita confiança ou expectativas numa pessoa, o risco de nos decepcionarmos é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas.
Temos que nos bastar!
Nos bastar sempre!
E, quando procurarmos estar com alguém, fazer isso cientes de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não precisam umas das outras.
Elas completam-se não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir objectivos comuns, alegrias
e Vida!"

Agosto

Abençoado Agosto em Lisboa!! :)

Sempre que posso, tiro férias em todos os meses, menos Agosto!
Trânsito fluído, restaurantes com pouca gente (os que não estiverem fechados, claro), lugares para estacionar, ausência de filas nos serviços públicos, férias dos estudantes, sossego e tranquilidade no local de trabalho...
É a altura exacta para tratar seja do que for.
E é a altura certa para trabalhar. :)
Ainda que o nosso interlocutor possa estar de férias, o que é certo é que, se não estiver, nunca trataremos do assunto tão rapidamente noutra altura do ano.

É claro que somos poucos a poder aproveitar estes benefícios.
Por isso é que Lisboa se torna este Paraíso. ;)
Mas que pena não poder ser assim todo o ano... :)

5 de agosto de 2004

Lisboa, velha Lisboa



Pois é, Lisboa está velha... a cair aos bocados mesmo!
Olhem o que aconteceu há dias em Campo de Ourique. :(
E não é só Campo de Ourique.
Passo todos os dias por prédios decrépitos (quem sabe, não representam perigo real para quem lá habita?) e por verdadeiras ruínas dos 'tempos modernos' (edifícios abandonados que revelam sinais de grandiosidade e prosperidade de outros tempos).

Só reparo nelas porque, como sabem, agora ando mais a pé.
Mas tal facto também me permite reparar na quantidade de monumentos, curiosidades e preciosidades espalhadas por esta cidade.
Ele é patrimónios culturais e arquitectónicos, ele é casas onde viveram nomes importantes da nossa história urbana, ele é antigos palácios e palacetes (verdadeiras obras de arte)...

Se num outro post tinha dito que o metropolitano de Lisboa era um Mundo, então Lisboa é, no mínimo, uma Galáxia inteirinha! Só não lhe chamo Universo porque estou a guardar esta palavra para, sei lá, Portugal, por exemplo...

Trabalho no Bairro Alto, ou melhor, no Bairro de Santa Catarina, para ser mais exacta.
E adoro! :)
Prédios velhos, altos e estreitos, com as suas escadas íngremes, cafés e esplanadas boémias, os eléctricos e os elevadores (o da Bica, aqui tão perto), artistas e turistas, vizinhas a conversar à janela, mercearias à moda antiga ('lugares', como se dizia antigamente), o comércio tradicional, o Chiado, os teatros e as agências de modelos, os vasos com flores a enfeitar as varandas e as ruas ("...um craveiro numa água furtada..."), cianças que ainda brincam nas ruas, pombos e melros que tomam banho em fontanários (que os há em Lisboa!) ou numa poça de água resultante de algum problema não resolvido pela Câmara, cães pachorrentos que dormem à sombra das árvores (não vou nem referir a porcaria que deixam nos passeios...), pássaros que cantam nessas mesmas árvores, o rio...

Que linda é Lisboa!

Das janelas da sala onde trabalho vejo o rio (o Tejo, para quem tiver dúvidas...), os cacilheiros que o cruzam diariamente, os enormes barcos de recreio de onde os turistas nos observam, a ponte 25 de Abril, o Cristo-Rei.

Dá vontade de cuidar desta cidade.
De limpar as suas ruas, de restaurar os seus prédios, de manter as suas 'jóias'.
Muita pena terei se, algum dia, o meu local de trabalho mudar.

Afinal, Lisboa, apesar de velha, está bem viva!



4 de agosto de 2004

"Dji vóuta"

"Olá, cá estou eu, o Brise contínuo... novo desodorizante"
(Tou mesmo velhota... quem se lembrará do anúncio que acabei de 'cantar'?? ;))

Cantarolices à parte, o que é certo é que estou de volta!
Será isto uma coisa boa? :(

O que me entristece mesmo é que venho um pouco desinspirada...
O 'dolce fare niente' típico das 'férias grandes' fez-me mal à verve.

Enfim...
Vou retomar a minha pesquisa sobre assuntos que me façam pensar (e escrever...).
Espero encontrar algo interessante em breve.

Até breve, então. :)