Sou uma pessoa de sorte... eu sei.
A vida sempre me foi fácil, oferecida de bandeja.
Mas nesse dia, tremi.
Seria o fim da sorte?
E logo de modo tão radical...
Sem apelo, nem agravo, a confirmar-se seria o fim... da sorte... da vida.
Mas não... mais uma vez, a sorte prevaleceu.
A minha estrela, o meu anjo, sei lá, protegeram-me... uma vez mais.
Nesse dia, no entanto, parte de mim deixou de existir.
Por medo, responsabilidade, respeito, asfixiei-a.
E, desde esse dia, sufoco aos poucos com ela.
|