19 de abril de 2007

Intermitências da Vida

Haverá, realmente, sinas e karmas?
Opostos que se atraem, metades que se completam?
Ciclos viciosos (virtuosos?), círculos que se fecham?
Regresso às origens, passado que se reata?

A minha vida é intermitente, desfasada.
Mercê da intermitência alheia.
Domínio do desfasamento interior.

E sinto-o como sina.

O querer descontínuo.
O entusiasmo a espaços.

A paixão conveniente.
A conveniência do idílio.

Mas eu sou linha recta em gráfico cardíaco.
Sou mar flat para surfista experiente.

O que sinto, dura para sempre.
E o que me conquista, fá-lo para a Vida.