24 de abril de 2007

Maneiras

A minha boa educação é, muitas vezes, confundida com doçura.

O meu cuidado em ser gentil, em não ferir é tomado como bom feitio e suavidade de carácter.

A facilidade com que (sor)rio, a prontidão de um cumprimento, a vontade de agradar, a sinceridade dos meus elogios são encaradas como brandura e ternura de modos.

Mas este verniz também estala... amiúde.

Pisam-me os calos e grito.
Se me maltratam, riposto.

Invadem-me e protesto.
E se me magoam, mato... em mim o que fizeram... e nos outros o que lá deixei.