... são como as frutas.
Umas naturalmente doces.
Outras intrinsecamente amargas.
Umas colhidas na flor da idade.
Outras deixadas a apodrecer nas árvores ou no chão onde caíram.
Umas, apanhadas cedo demais, possuem o travo acre do verde.
Outras, maduras do sol e do tempo, ganham o gosto bom da idade.
Depois há as frescas e sumarentas com que lambuzamos boca e mãos.
E as secas e calóricas com as quais convém ser comedido.
O que não se pode é pedir a um limão para ser banana.
Nem esperar que uma amêndoa se transforme em uva.
Pois não?
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