26 de outubro de 2004

Elogios

Isto de dar e receber elogios tem muito que se lhe diga, não acham?

Eis a minha visão da coisa...
Na minha opinião, só deveria existir uma forma de elogiar: sincera e espontaneamente!
Se não se tem nada de bom a dizer a alguém, então devíamos privilegiar o silêncio.
Mas se existe algo agradável em alguém, porque não lhe fazer menção, demonstrando-o com uma palavra de apreço?

A arte de elogiar nunca deveria ser estudada, nem usada para 'comprar' alguém.
Um elogio nunca devia ser 'arrancado' a quem o oferece, nem nunca devia nascer da inveja da coisa ou da pessoa elogiada.
Muito menos deveria ser sinónimo de bajulação e subserviência.

No meu 'dicionário', a palavra 'elogio' significa 'tornar alguém mais feliz'.
E que bom é ouvir um elogio quando acreditamos que é sentido, não concordam?

Por esse motivo, e ignorando agora a sua origem ou a sua motivação, defendo que quem oferece um elogio é que é de admirar. E não quem o recebe.
Porque, afinal, quem presenteia alguém com este tipo de carinho é que é amigo, preocupado, original e criativo.
Quem comenta um elogio recebido só o pode fazer porque houve alguém que foi simpático e atento o suficiente para o oferecer.

Infelizmente, vejo que quem se vangloria de elogios recebidos é, habitualmente, alguém que não alegra o dia de ninguém fazendo o mesmo.

Quando se recebe um elogio, se ele não for dado em público ou, pelo menos, testemunhado por mais alguém, torna-se algo muito pessoal entre o elogiado e o elogiador.
O que leva, então, um elogiado a sentir a necessidade de divulgar os elogios recebidos?
Insegurança?
Complexo de inferioridade?
Complexo de superioridade?
Será que acredita sinceramente que mais ninguém, além dele, recebe elogios?
Ou será que tem essa vã esperança?

Pergunto, sem grande ilusão de obter uma resposta.
Até porque eu própria já divulguei um ou outro elogio recebido e, sinceramente, não consigo dizer porquê...

De qualquer forma, já sei o que vão dizer sobre este post:
"Tu queres é elogios!!" :))