... sentir-te aqui, bem perto.
Ver-te por dentro, ler o teu pensamento.
Gostava de saber que me sondas.
Que procuras conhecer o meu avesso.
Queria perceber-te vivo, inteiro, intenso.
E provar-te o fel e o mel.
Beber-te o amargo e o sal.
Inalar suor e incenso.
Mas és sombra que me segue e não se acerca.
És palavra muda, reservada e à distância.
Sinto-te adulto pleno de prudência.
E eu criança... engulo a impaciência.
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