E acaso farei outra coisa?
Como deixar de pensar no nada que dizes ser tanto?
Como tentar explicar que não és enquanto não fores?
Uma vida só tua, uma casa que não deixas.
Uma ida para longe, uma fuga para a frente.
E, no meio, olhas-me por lentes coloridas.
Desenhas-me sentimento, pintas-me de mel.
Lês-me doce, diáfana, inventas-me coração.
E no fim?
Vês-me saída, sonhas-me salvação?
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