... apenas mais um casamento.
Com o padre e as (mini) damas de honor (lindas, lindas!).
Com a cerimónia religiosa (nunca te ouvi falar tão baixinho, Amiga) e a festa pagã.
Com a família e os amigos (e como são extraordinários os teus Amigos!!).
Um casamento, apenas mais um casamento.
Um que nos comove se a noiva aplaude a nossa presença.
Onde alternamos lágrimas e sorrisos... rapidamente.
Um que desejamos, do fundo do coração, que resulte... para sempre!
Um casamento, apenas mais um casamento.
Com crianças e velhos.
Comida e bebida.
Música e (boas) surpresas.
Numa tarde gelada derretida por almas ferventes.
Numa noite escura iluminada pelos vossos sorrisos.
Um desfile de Vidas cheias, plenas.
Uma parada de alegria e Amor.
Foi um casamento, apenas mais um casamento...
Que seja muito, muito feliz!
31 de março de 2008
28 de março de 2008
Não tenho...
... ponta por onde se me pegue!
Uma mulher que...
... detesta andar às compras e adora futebol.
... não tem um único par de sapatos.
... evita cabeleireiros, chegando a preferir o dentista!
... veste roupa com mais de 10 anos.
... não se pinta, não se enfeita e não se esmera.
Ando sem paciência para mim.
Não tenho mesmo ponta por onde se me pegue!!!
Uma mulher que...
... detesta andar às compras e adora futebol.
... não tem um único par de sapatos.
... evita cabeleireiros, chegando a preferir o dentista!
... veste roupa com mais de 10 anos.
... não se pinta, não se enfeita e não se esmera.
Ando sem paciência para mim.
Não tenho mesmo ponta por onde se me pegue!!!
25 de março de 2008
Quando nasci...
... três dos meus avós já haviam falecido há muitos anos.
E aos 5 anos, perdi o avô que me restava.
Como última resistente, guardo apenas alguma lembrança de uma bisavó que viveu ainda até aos meus 12 anos.
Não sei se consequência destes factos, tenho grande estima pelos velhos de uma forma geral (foi propositada a fuga às palavras 'idosos' ou 'velhotes') e pelos da minha família, muito em particular.
Ouço-lhes as histórias, bebo-lhes os mimos, rio com eles.
Aprecio-lhes o passado longínquo e o presente por ele marcado.
Não sei se consequência destes factos, não consigo perceber o desrespeito pelos mais velhos.
Não atinjo a má educação, a rudeza de maneiras, a crueza das palavras.
Não compreendo que não se proteja a sua fragilidade, que não se preserve a sua sabedoria, que não se absorva a sua experiência.
Não sei se consequência destes factos (e de outros que vou tomando conhecimento) neste país, neste mundo, fico com medo de envelhecer...
E aos 5 anos, perdi o avô que me restava.
Como última resistente, guardo apenas alguma lembrança de uma bisavó que viveu ainda até aos meus 12 anos.
Não sei se consequência destes factos, tenho grande estima pelos velhos de uma forma geral (foi propositada a fuga às palavras 'idosos' ou 'velhotes') e pelos da minha família, muito em particular.
Ouço-lhes as histórias, bebo-lhes os mimos, rio com eles.
Aprecio-lhes o passado longínquo e o presente por ele marcado.
Não sei se consequência destes factos, não consigo perceber o desrespeito pelos mais velhos.
Não atinjo a má educação, a rudeza de maneiras, a crueza das palavras.
Não compreendo que não se proteja a sua fragilidade, que não se preserve a sua sabedoria, que não se absorva a sua experiência.
Não sei se consequência destes factos (e de outros que vou tomando conhecimento) neste país, neste mundo, fico com medo de envelhecer...
24 de março de 2008
O tempo...
... passou.
O tempo da vontade e da loucura.
O tempo da entrega e da paixão.
Agora sou lume brando, média luz.
Brisa suave, sol de inverno.
Agora és sempre igual, sempre amorfo.
Sempre esperança, sempre (des)ilusão.
Chegas sempre envolto em sonho.
E sempre partes, (e)coando silêncio.
Não deixas mossa ou vestígio.
De luz não há qualquer resquício.
O tempo passou.
O (meu) tempo (já) passou...
O tempo da vontade e da loucura.
O tempo da entrega e da paixão.
Agora sou lume brando, média luz.
Brisa suave, sol de inverno.
Agora és sempre igual, sempre amorfo.
Sempre esperança, sempre (des)ilusão.
Chegas sempre envolto em sonho.
E sempre partes, (e)coando silêncio.
Não deixas mossa ou vestígio.
De luz não há qualquer resquício.
O tempo passou.
O (meu) tempo (já) passou...
20 de março de 2008
Estranhos...
... carinhos me prendem.
Chamas curiosas que não se apagam.
Ternuras que guardarei a vida inteira.
Prazeres que não deixam de me fascinar.
Sorrisos que lamento não conservar.
Cuidados que persisto em dedicar.
Singulares laços que atei.
Cofres fortes que, a cadeado, fechei.
Chaves que, propositadamente, perdi.
Segredos que, intencionalmente, esqueci.
Chamas curiosas que não se apagam.
Ternuras que guardarei a vida inteira.
Prazeres que não deixam de me fascinar.
Sorrisos que lamento não conservar.
Cuidados que persisto em dedicar.
Singulares laços que atei.
Cofres fortes que, a cadeado, fechei.
Chaves que, propositadamente, perdi.
Segredos que, intencionalmente, esqueci.
19 de março de 2008
18 de março de 2008
Será...
... o meu ego que te agarra?
Os meus muros que te estimulam?
Que vês aqui neste nada?
Que quimera te prende a mim?
É o meu silêncio que te convida?
O meu gelo que pensas poder derreter?
Ou sou eu que te sustenho?
Eu quem te mantém cativo?
Serei, afinal, eu quem não te deixa partir?
Os meus muros que te estimulam?
Que vês aqui neste nada?
Que quimera te prende a mim?
É o meu silêncio que te convida?
O meu gelo que pensas poder derreter?
Ou sou eu que te sustenho?
Eu quem te mantém cativo?
Serei, afinal, eu quem não te deixa partir?
17 de março de 2008
Queria...
... sentir-te aqui, bem perto.
Ver-te por dentro, ler o teu pensamento.
Gostava de saber que me sondas.
Que procuras conhecer o meu avesso.
Queria perceber-te vivo, inteiro, intenso.
E provar-te o fel e o mel.
Beber-te o amargo e o sal.
Inalar suor e incenso.
Mas és sombra que me segue e não se acerca.
És palavra muda, reservada e à distância.
Sinto-te adulto pleno de prudência.
E eu criança... engulo a impaciência.
Ver-te por dentro, ler o teu pensamento.
Gostava de saber que me sondas.
Que procuras conhecer o meu avesso.
Queria perceber-te vivo, inteiro, intenso.
E provar-te o fel e o mel.
Beber-te o amargo e o sal.
Inalar suor e incenso.
Mas és sombra que me segue e não se acerca.
És palavra muda, reservada e à distância.
Sinto-te adulto pleno de prudência.
E eu criança... engulo a impaciência.
14 de março de 2008
A Vida Normal
Poderá ser assim tão retrógrado?
Será assim tão vergonhoso?
Querer um corpo todas as noites na minha cama?
Um companheiro todos os dias na minha vida?
Pedir um colo que me abrace quando choro?
Um peito que me aninhe se estremeço?
Procurar um sorriso só meu?
Acreditar que, para ele, só existo eu?
Será assim tão estúpido desejar ser igual?
Assim tão errado sonhar uma vida normal?
Será assim tão vergonhoso?
Querer um corpo todas as noites na minha cama?
Um companheiro todos os dias na minha vida?
Pedir um colo que me abrace quando choro?
Um peito que me aninhe se estremeço?
Procurar um sorriso só meu?
Acreditar que, para ele, só existo eu?
Será assim tão estúpido desejar ser igual?
Assim tão errado sonhar uma vida normal?
13 de março de 2008
"Já pensaste?"
E acaso farei outra coisa?
Como deixar de pensar no nada que dizes ser tanto?
Como tentar explicar que não és enquanto não fores?
Uma vida só tua, uma casa que não deixas.
Uma ida para longe, uma fuga para a frente.
E, no meio, olhas-me por lentes coloridas.
Desenhas-me sentimento, pintas-me de mel.
Lês-me doce, diáfana, inventas-me coração.
E no fim?
Vês-me saída, sonhas-me salvação?
Como deixar de pensar no nada que dizes ser tanto?
Como tentar explicar que não és enquanto não fores?
Uma vida só tua, uma casa que não deixas.
Uma ida para longe, uma fuga para a frente.
E, no meio, olhas-me por lentes coloridas.
Desenhas-me sentimento, pintas-me de mel.
Lês-me doce, diáfana, inventas-me coração.
E no fim?
Vês-me saída, sonhas-me salvação?
12 de março de 2008
11 de março de 2008
Dou-lhe a mão...
... e ele tenta abocanhar-me o corpo.
Não há meio termo, nem progressão.
Apenas saltos e repelões.
Não há ternura, nem interesse.
Só um fim, um desenlace.
Recolho depressa a minha mão.
E evito, mesmo a tempo, a dentada...
Não há meio termo, nem progressão.
Apenas saltos e repelões.
Não há ternura, nem interesse.
Só um fim, um desenlace.
Recolho depressa a minha mão.
E evito, mesmo a tempo, a dentada...
10 de março de 2008
7 de março de 2008
Por vezes...
... sinto-te a falta.
Das palermices que me faziam rir.
Da teimosia que me tirava do sério.
Da companhia descomplicada num jantar improvisado enquanto víamos o jogo na televisão.
Da voz macia (tão macia) que usavas comigo ao telefone.
Das mensagens atrevidas e fora de horas.
Do "Beija-me" que surgia sem pré-aviso.
Por vezes sinto a falta do que me quiseste dar e eu não quis receber.
Do que tentaste desenhar e eu não consegui perceber.
Por vezes (só por vezes) sinto falta de ti.
Das palermices que me faziam rir.
Da teimosia que me tirava do sério.
Da companhia descomplicada num jantar improvisado enquanto víamos o jogo na televisão.
Da voz macia (tão macia) que usavas comigo ao telefone.
Das mensagens atrevidas e fora de horas.
Do "Beija-me" que surgia sem pré-aviso.
Por vezes sinto a falta do que me quiseste dar e eu não quis receber.
Do que tentaste desenhar e eu não consegui perceber.
Por vezes (só por vezes) sinto falta de ti.
6 de março de 2008
Ensina-me!
Diz-me como se faz!
Quero esquecer-me de mim, perder este medo de me perder.
Apaga traumas e passado, alisa o mar revolto que me afoga.
Ensina-me!
Diz-me como se faz!
Quero aprender a dar, entregar-me sem pensar.
Leva temores e anseios, corrige discurso e retrato.
Não sei querer-te, não preciso de ti.
Não quero tocar-te, não te sinto em mim.
Mas faz-te presente, torna-te meu.
Toca-me a alma, oferece-me paz.
Estou à espera que me ensines.
Preciso apenas que me digas como se faz.
Quero esquecer-me de mim, perder este medo de me perder.
Apaga traumas e passado, alisa o mar revolto que me afoga.
Ensina-me!
Diz-me como se faz!
Quero aprender a dar, entregar-me sem pensar.
Leva temores e anseios, corrige discurso e retrato.
Não sei querer-te, não preciso de ti.
Não quero tocar-te, não te sinto em mim.
Mas faz-te presente, torna-te meu.
Toca-me a alma, oferece-me paz.
Estou à espera que me ensines.
Preciso apenas que me digas como se faz.
5 de março de 2008
No metro...
... descubro-as, vistosas.
Mais ou menos produzidas.
Mais ou menos cientes do seu sex-appeal.
E sigo o olhar dos homens.
Mais ou menos contido.
Mais ou menos lascivo.
O espaço reduzido é inibidor.
Mas a viagem breve encorajadora.
Imagino-os casados, pais de filhos.
Com namoradas e outras vidas.
Mas uma mulher é uma mulher.
E um homem não é homem se não a (per)seguir...
... nem que seja apenas com o olhar.
Mais ou menos produzidas.
Mais ou menos cientes do seu sex-appeal.
E sigo o olhar dos homens.
Mais ou menos contido.
Mais ou menos lascivo.
O espaço reduzido é inibidor.
Mas a viagem breve encorajadora.
Imagino-os casados, pais de filhos.
Com namoradas e outras vidas.
Mas uma mulher é uma mulher.
E um homem não é homem se não a (per)seguir...
... nem que seja apenas com o olhar.
4 de março de 2008
3 de março de 2008
Ela é...
... víbora mesquinha.
Pensa que a valoriza destruir as relações alheias.
E está convencida que ganha estima por maldizer.
No meio do lodo que cria, vê-se jóia única, estrela brilhante, mulher irresistível.
Mas ela é víbora mesquinha.
Denigre imagens, corrói amizades.
Usa o Mundo como melhor lhe convém.
E ilude qualquer ingénuo melhor intencionado.
E eu vejo o veneno que semeia.
E eu sinto a maldade que instila.
E eu espero que a sua capa tombe.
E rezo para que ao próprio veneno sucumba.
Pensa que a valoriza destruir as relações alheias.
E está convencida que ganha estima por maldizer.
No meio do lodo que cria, vê-se jóia única, estrela brilhante, mulher irresistível.
Mas ela é víbora mesquinha.
Denigre imagens, corrói amizades.
Usa o Mundo como melhor lhe convém.
E ilude qualquer ingénuo melhor intencionado.
E eu vejo o veneno que semeia.
E eu sinto a maldade que instila.
E eu espero que a sua capa tombe.
E rezo para que ao próprio veneno sucumba.
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