... disse-me:
"É a pessoa com que sempre sonhei.
Nunca me senti tão feliz, tão apaixonada!"
Ele oferecia-lhe presentes, regularmente.
Pequenas lembranças, objectos simbólicos com significado especial para ambos.
No início, festejavam os meses de relação com um jantar e uma aliança que ele lhe dava em cada aniversário mensal.
Ela, enlevada, desapareceu de circulação e afastou-se dos amigos e da família.
Depois, ouvi uns rumores.
Que ele lhe tinha batido.
Que a culpa era dela, que continuava em 'comunicação' com anteriores pretendentes.
Que tinham voltado, pazes feitas.
Mais tarde, novo percalço.
Ele bebe e quando bebe...
Mas é uma excelente pessoa.
Ajuda-a, acompanha-a, apoia-a.
E ela nunca soube estar sozinha.
Fica-me mal dizer que nunca gostei dele... desde o início.
Na altura, pareceria ciúme ou inveja.
Agora soaria apenas a vanglória... a "Eu bem sabia".
Estão juntos e eu permaneço distante... e calada.
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