... acreditar nesta filosofia da Vida ser um eco, pelo que só recebemos o que emitimos.
Mas acredito.
É a velha história de semear ventos para colher tempestades.
E chateia-me!
Impede-me de culpar os outros.
E aumenta a minha própria culpa.
Porque o meu respeito não gera som.
Mas o meu comodismo (egoísmo?) grita.
Porque o meu sonho é contido.
Mas o meu anseio alarido.
Porque o meu afecto é cuidado.
Mas o meu desejo estouvado.
Sou sempre derrubada pela força do eco que gero.
Mas suporto a culpa e engulo os queixumes.
Porque o meu reflexo, projectei-o.
A ausência de carinho, granjeei-a.
A conversa que ouço, procurei-a.
E as lambadas que recebo, mereço-as.
E isso chateia-me!
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