7 de setembro de 2005

De carro...

... nas unhas outra vez!

Pelo menos, durante 15 dias.

Confesso que já não estava habituada.

Nada mudou em termos de educação e civismo, claro.
Afinal, só ando de metro há pouco mais de um ano e é certo e sabido que é preciso 15 a 20 anos (no mínimo) para mudar mentalidades.
E, em Portugal, não se prevê que as coisas aconteçam com tanta 'rapidez' (sobre isso escreve, e muito bem!, o HN no post de hoje).
Até porque o português tem orgulho do seu escarro no passeio, da sua mijinha na esquina, da sua beata lançada na via pública e, muito naturalmente, da sua imponente prepotência ao volante.

Logo no primeiro dia em que trouxe o carro para Lisboa, na faixa ao lado da minha, alguém buzinou levemente para avisar o condutor da frente que o semáforo já havia aberto.
No semáforo seguinte, do carro da frente sai uma mulher, já bem entrada na casa dos 40, cabelo oxigenado, excesso de peso, saltos altos e mini-saia de algodão(?!). Uma figura!
Dirige-se ao carro de trás, conduzido por uma jovem incauta e estupefacta, que foi ficando vermelha como um pimentão, à medida que a dita senhora lhe despejou em cima a globalidade dos impropérios que conhecia e talvez mais alguns que ainda tenha achado necessário inventar.

Reparem que foi a jovem que ficou envergonhada e não a ordinária da velha que, mais que não fosse, atendendo à sua maravilhosa indumentária, já teria motivo de sobra para ficar embaraçada, resguardando-se da vista alheia no seu magnífico Uno.

Enfim... coisas normais nas estradas deste país de animais.
Tenham medo... tenham muito medo!

E, para vosso bem, não buzinem!