16 de novembro de 2004

Contra-Informação

Os meus amigos, actuais colaboradores do Millenium BCP, que me perdoem mas vou mesmo ter de dizer o que penso sobre este banco!

Sou titular de uma conta no referido banco (o que, para o caso, é perfeitamente indiferente).
Dirigi-me a um dos seus balcões e pedi uma informação.
A resposta à minha questão foi-me dada com simpatia e assertividade, sem hesitações.
Em seguida (e por virtude de anteriores 'confusões' com outro balcão do mesmo banco) pedi que essa mesma resposta me fosse dada por escrito.
Resposta ao meu pedido: "Isso é que eu não vou poder fazer."

Neste ponto, penso que não precisaria de dizer mais nada.
O que poderá levar uma entidade a não querer comprometer-se, a não querer assumir, clara e inequivocamente, aquilo que diz???
Mas a 'coisa' não ficou por aqui.

A colaboradora em questão pediu que me dirigisse ao balcão onde está sediada a minha conta, informando-me que, aí, o procedimento poderia ser diferente e talvez conseguisse a desejada resposta por escrito.
Quando lhe expliquei que a minha questão era completamente independente da minha conta, visando esclarecer apenas um procedimento genérico do banco, que deveria ser comum a qualquer agência do mesmo, ela respondeu que o comportamento dos balcões varia dependendo dos clientes (!!!).
Ou seja, na prática, não há uma regra única para os diferentes balcões.
Cada um tem uma margem de manobra que lhe permite fazer o que bem entende em função de critérios opacos para o cliente.

Como vos disse, há uns tempos atrás, já tinha tido um problema deste tipo com este mesmo banco.
Reclamei, com a agravante de não possuir qualquer tipo de prova daquilo que afirmava na minha reclamação.
Fui ressarcida dos danos provocados pela informação incorrecta que me fora dada, tendo ficado, na altura, restaurada a minha confiança no banco.
Mas ficou-me de emenda e deixou-me de pé atrás.
Prometi a mim mesma nunca mais confiar em algo que pode ser desmentido com a leveza do vento, uma vez que nunca é fornecida uma prova física da informação que nos é transmitida oralmente.
Será que temos que passar a levar gravadores connosco, escondidos sob os sobretudos, qual espião 007, agentes secretos ao serviço de Sua Majestade?
Será que é apenas incompetência de quem atende o público nas agências deste banco ou, pelo contrário (cenário bem mais negro) uma atitude premeditada de defesa contra qualquer erro de informação ou, pior ainda, tentativa de manipular a mesma como melhor interessa ao banco, em cada momento??