Tudo (me) sabe a pouco.
Há sempre algo que (me) falta.
Qualquer coisa por fazer... por dizer.
Qualquer coisa por ouvir... por receber.
E nada chega.
Tudo é insuficiente.
Quero mais... preciso de tudo!
Empanturrar-me de mimos e atenções.
Fartar-me de carinho e emoções.
E, mesmo assim, vou achar pouco.
E o meu corpo permanecerá oco.
Porque sou buraco negro, sugando alimento.
Mas sou poço sem fundo, escoando sustento.
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