28 de abril de 2008

Ele...

... não gosta de mim.
(e ainda bem que assim é)

Faz a sua vida, perde-se em outros caminhos.
Persegue outros proveitos, olvida-me completamente.

Mas quando, por acaso, me encontra, redescobre-me.

E volta a pensar que o posso salvar.
E sente que sou aquela que o vai reabilitar.

Porque sou sensata e vê-me estável.
Porque estou só e crê-me disponível.
Porque me sente força e quer deixar de ser débil.

Ele não gosta de mim, ambos sabemos
(e ainda bem que assim é!)
mas acredita que é meu refém.

Porque nunca está só mas vê-se sem mais ninguém.