O sentimento instalou-se.
Não lhe soube a novidade.
Mesmo assim, ela hesitava na decisão.
Um misto de egoísmo, carência e carinho impedia-a de avançar, tapava-lhe a boca, calava-lhe as palavras.
Ele não lhe escondia.
Ela nunca seria mais do que já era, nunca chegaria aos pés de outras que conhecera e tivera.
Usava-a com fins semelhantes aos dela.
Mas não se bastavam um ao outro.
Se avançassem seria 'o princípio do fim'.
E continuavam a preferir o que tinham a ficar sem nada.
E, assim, o dilema permanecia.
Continuar o que já era, manter o que tinha, sem ilusões, nem romantismos?
Ou cortar amarras, levantar âncora e perder amizade, carinho e dedicação?
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