31 de março de 2006

Eu sei...

... que devo parar.
Sei que tenho de me afastar.
Percebo que é impossível continuar.

Eu sei que não é 'real'.
Que os nossos mundos não se tocam.
Que não existe futuro, nem amanhã.

Mas...

A tua voz envolve-me e faz-me sonhar.
O teu carinho aquece-me em noites frias.
As horas ficam mais leves porque sei que existes.

E vou sugando afecto e atenção.
Deleitando-me em ternura e mimo.
Extorquindo cuidado e meiguice.

Prendendo-te, sem justiça, vampirizo-te.

Tenho de engolir o dilema e simplesmente...
... dizer Adeus!

30 de março de 2006

Tenho a sensação...

... de que dormi apenas 5 minutos esta noite.


29 de março de 2006

No shame, such pride!

Não me canso de dizer... não há ambiente como o da Luz!
Mais de 60 000 almas que acreditaram, sempre... e apoiaram, como nunca.
Os nervos iniciais dos jogadores (credo, Moretto!!) que iam deitando por terra todos os sonhos, logo nos primeiros instantes do jogo.
Mas depois uma equipa sempre a crescer... em vontade, em qualidade, em fé e em querer!
Há zero a zero... há sem a sem!
Conseguimos deixar tudo em aberto e prolongar o sonho, pelo menos, durante mais uma semana.

Aos que insistem em continuar a denegrir a imagem do meu Benfica, menosprezando o resultado de ontem, respondo:
"Tenham calma... afinal, o Barcelona é 'só' a melhor equipa do Mundo!"

Os meus Heróis

Leozinho, enorme Leozinho!


Ricardão, simplesmente impecável!
Quem, no fim do jogo, recebe os Parabéns do melhor jogador do Mundo...
que mais posso eu acrescentar?


Gigante Luisão!


Vejam mais aqui

E Viva O SLBenfica... Sempre!!

27 de março de 2006

24 de março de 2006

Nós, as Mulheres

Não há como uma Mulher para avaliar fisicamente outra Mulher.
O seu 'olho clínico' permite-lhe encontrar o mais ínfimo defeito numa congénere, por mais bem camuflado que este se encontre.
Não há roupa, creme ou maquiagem que consiga ocultar uma ruga, uma borbulha, um pneuzinho ou uma pele 'casca de laranja' aos olhos penetrantes de uma 'gaja'.

Já o Homem olha a Mulher como um conjunto... agradável ou desagradável.
Se, pelo contrário, encontra um pormenor que lhe agrade particularmente, tem ainda tendência a ignorar tudo de mau que possa depois vir a descobrir.
Um peito grande e bonito 'apaga' uma barriga algo proeminente.
Um rabo bem feito pode 'disfarçar' uma cara menos bonita.
Uma mini-saia e um decote profundo e já não repara numa pele mais estragada ou num cabelo menos cuidado.

Mal ou bem, no entanto, um Homem nunca é tão cruel na avaliação de uma Mulher como outra Mulher.
Por inveja, ciúme ou tão simplesmente maldade, uma Mulher consegue dizimar o ego de outra, deixando-o por terra, moribundo e agonizante.

Acabei de ler o que escrevi e não pude deixar de me interrogar...
Estou certa?
Ou estou errada?

23 de março de 2006

Vislumbres

Ultimamente, tenho tido alguns vislumbres da tua realidade.

O sentimento de superioridade que nos é dado por não querer alguém da mesma forma como somos queridos.
O distanciamento que nos permite partir sem sofrer mágoa.
A força proveniente da ausência de culpa ou inquietação, insegurança ou ciúme.
A indiferença que nos deixa ferir sem remorsos ou consciência.
A frieza que sentimos por saber que não haverá desgosto numa separação.

Mas já percebi que não gosto de ser como tu.

Eu quero sentir-me fraca e vulnerável.
Andar cautelosa na corda bamba.
Ficar sem fôlego quando alguém me tira o chão.
Ter ciúmes, brigas e 'make-up sex'.

Quero sorrir apenas porque alguém especial existe.
E, num dia como o de hoje, pensar "Que dia lindo!" apenas porque amo.


22 de março de 2006

Fico sempre fascinada...

... com a admiração que, de vez em quando, consigo despertar.
São fogachos, bem sei.
Depressa descobrem o seu engano.
Mas, enquanto duram, aquecem.

Acabo por acreditar que me(se?) iludem.
Tentam convencer-me(se?) com palavras belas e elogios dúbios.
Ar angelical em corpo de meretriz...
Voz de sereia e toque de medusa...
Hmmm...

Querem vender-me sonhos embalados em corpos despidos, bocas famintas e mãos sequiosas.

Vou comprando apenas ideias...
... e deixo que o tempo (n)os elucide.

21 de março de 2006

Como tu...

... seria 'lapa'.
Colar-me-ia ao primeiro que me quisesse ou a qualquer um que me oferecesse um sorriso.
Iludir-me-ia em olhares de desejo e venderia 'amor' e 'futuro'.
Seria sanguessuga de carinho e afectos, ignoraria repulsa e desprazer.

Como tu não buscaria perfeição, não esperaria pelo paraíso.
Procuraria apenas companhia... fugas diversas à solidão.
Teria sempre menos do que sonhei.
Mas de cama em cama, de homem em homem, objectivo cumprido.
Nunca estaria sozinha.

Confesso...
Seria tão melhor ser como tu!

20 de março de 2006

Cada vez...

... mais distante, cada vez mais complicado.
The plot thickens...
A trama adensa-se.

Quanto mais tento libertar-me, mais me prendem e me sufocam.
Sinto-me cercada... mas sozinha.

Preciso de partir, encontrar-te bem longe daqui.
Mas esta inércia maldita!!
Cola-me ao que conheço, impede-me de me afastar.

E eu preciso de recomeçar, reinventar-me...
Apenas isso... renascer!

17 de março de 2006

No excuse

Como o resto do Mundo, também eu já sofri de amores.

Acabrunhei-me pequenina e desprotegida.
Chorei por cantos e meios de rua.
Gritei desamparada e calei fundo dores e mágoas.
E deixei-me por minutos, horas, dias, semanas, meses, preencher totalmente por pesar, tristeza e lágrimas... muitas lágrimas.

Nunca fui, no entanto, como tu, cara zangada para o Mundo.
Perdeste maneiras e gentileza.
Deixaste de suscitar solidariedade no momento em que esqueceste educação e cortesia.

Não aceito, mesmo compreendendo.
Soa apenas a desculpa para o que é indesculpável.

16 de março de 2006

Tentações

Sei que não devia... mas quero arriscar.

Destruo um amor, um passado.
Desperdiço uma vida, um presente.
Arrisco um castigo, um futuro.

Roubo emoções e momentos.
Vivo prisioneira de segredos.

Desfruto a sedução do proibido.
Embarco no mistério do desconhecido.
E o desejo viverá apenas enquanto assim permanecer.

Simplesmente...

... não quero falar sobre o assunto!!

15 de março de 2006

Algo mudou...

... e eu não sei dizer o (por)quê.

Tudo se perde na palavra imperfeita dita na altura errada.
No gesto irreflectido ou tão simplesmente indiferente quando se esperaria quente, ansioso e apaixonado.
Ou ainda na atitude desprendida e altiva no lugar da desejada intimidade, confiança e calor.

Tudo se dissipa no tempo.
A oportunidade que não se aproveitou.
O diálogo que deixou de ter sentido.
O carinho que se tornou inútil e indesejado.

E no seu lugar, ficam silêncios, permanecem sonhos.
Pior...
Crescem as ilusões do que poderia ter sido.

Tudo mudou... porque não aconteceu.

14 de março de 2006

Desiste

Desiste
Não sei amar
Nem vou tentar

Deixa-me em paz
Não quero ninguém
Nem um corpo, nenhuma alma

Parte sem mim
Não vou contigo
Não quero dar-me, entregar-me
Não te quero em mim
Tampouco me quero em ti

Sim, passa por mim
Mas, por favor, deixa-me ficar
Sozinha... comigo

Não te esqueças
Não me esqueças

Mas desiste

13 de março de 2006

Destinatários

Muitas vezes me perguntam:
"Para quem escreveste aquele texto?"

A resposta não é simples, no entanto.
Nem todos os meus textos têm um destinatário real ou definido.
Muitas vezes são apenas sonhos, vontades, desejos, fantasias... aguardando a respectiva realização.

Dentre os que têm, muitos deles são escritos por amizade e não por paixão.
Já escrevi para o meu Pai e muitos assumiram que me referia a um namorado.
E em outra altura, quando escrevi sobre uma amiga que vive longe, interpretaram o texto como o reencontro com o ex-namorado.

Um dos maiores 'mal-entendidos' foi "O fim".
Só ao receber a tua mensagem, percebi o quanto este texto também se poderia aplicar a nós dois.
Antes disso, já o "Desassossega-me" tinha causado algumas surpresas.

E nem vale a pena olhar mais para trás... ou para a frente.
Porque é isso que adoro na escrita.
Toda a emoção, toda a cor e fantasia está nos olhos de quem lê!
E a mesma palavra tem inúmeras interpretações... tantas quantas as pessoas que a lêem.
Por esse motivo, cada um de vós irá sempre vestir o que escrevo como melhor lhe assentar.
E isso muito me apraz!
Obrigada.

9 de março de 2006

Noite Magica

Confesso que vi o caso mal parado...
O tempo, o transito e outros contratempos pareciam capazes de atrasar substancialmente a nossa chegada ao estadio e ja me resignava a ver apenas a segunda parte do grande jogo da noite.
Mas eis que o 'santinho das causas aparentemente perdidas' fez dois milagres e vejo-me a chegar com apenas 10 minutos (da praxe) de atraso.
E tudo esqueci, tudo o mais se apagou quando pisei aquele estadio pela primeira vez.
Acolhidos pelo calor daquela massa humana alegre, solidaria, amiga, irma... gente vermelha de sangue, coracao e alma. Bem vindas mais 7 vozes imediatamente engolidas no apoio incansavel e incondicional ao Glorioso SLBenfica.
80 minutos de canticos, festejos, gritos, sofrimento, lagrimas, emocao e muito, muito orgulho.
O patriotismo sentido de forma intensa e exacerbada, o hino cantado a uma so voz, tudo isto culminado numa licao maravilhosa de fair-play por parte dos nossos anfitrioes. A seguir a 2 golos de sonho, esperava-nos o terceiro momento magico da noite... aplausos de pe aos adeptos benfiquistas, agradecidos e retribuidos por nos na forma de canticos "Liverpool, Liverpool!".
Ha imenso a aprender com adeptos que cantam e apoiam a sua equipa, independentemente dos resultados, recusando-se sempre e terminantemente a vaia-la e sendo absolutamente magnanimos no reconhecimento da justica da vitoria dos seus adversarios.

Parabens, Liverpool!
E PARABENS, SLBENFICA!!!



(directamente da 'beefolandia'... sem acentos e sem dormir ha quase 24 horas... Benfiiiiiiiiiicaaaa!!)

7 de março de 2006

Escrevi-te...

... quando não me lias.
Adivinhei-te quando não sabia quem eras.
E inventei-te sem perceber que existias.

6 de março de 2006

Sonhei...

... o teu beijo.
Senti na minha boca a tua língua.
Passeei no teu corpo as minhas mãos.

Sonhei o teu desejo.
Li nos teus olhos vontade.
Percebi nos teus gestos verdade.

Sonhei a tua presença.
E acordou na minha pele o teu cheiro.

3 de março de 2006

Flutuo

"Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balança é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, confesso

Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã

Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã

Flutuo"


P.S. Bigadas, Nainho :)

2 de março de 2006

Solteirona

Sou misteriosa e inatingível.
Desperto fantasias e desejos.
Provoco curiosidades e interesses.

Sou independente e enigmática.
Acordo imaginações, estimulo devaneios.
Atraio necessidades e buscas de prazeres proibidos.

Sou 'jovem' e estou sozinha.
Abro apetites.
Lembro cobiças.

Acordem!
Sou apenas mais uma solteirona.

1 de março de 2006

Ai, a idade...



Hoje dei por mim a apreciar um homem apenas pela sua elegância, gentileza e boa educação.


O que a idade faz a uma pessoa...