Muitas vezes me perguntam:
"Para quem escreveste aquele texto?"
A resposta não é simples, no entanto.
Nem todos os meus textos têm um destinatário real ou definido.
Muitas vezes são apenas sonhos, vontades, desejos, fantasias... aguardando a respectiva realização.
Dentre os que têm, muitos deles são escritos por amizade e não por paixão.
Já escrevi para o meu Pai e muitos assumiram que me referia a um namorado.
E em outra altura, quando escrevi sobre uma amiga que vive longe, interpretaram o texto como o reencontro com o ex-namorado.
Um dos maiores 'mal-entendidos' foi "O fim".
Só ao receber a tua mensagem, percebi o quanto este texto também se poderia aplicar a nós dois.
Antes disso, já o "Desassossega-me" tinha causado algumas surpresas.
E nem vale a pena olhar mais para trás... ou para a frente.
Porque é isso que adoro na escrita.
Toda a emoção, toda a cor e fantasia está nos olhos de quem lê!
E a mesma palavra tem inúmeras interpretações... tantas quantas as pessoas que a lêem.
Por esse motivo, cada um de vós irá sempre vestir o que escrevo como melhor lhe assentar.
E isso muito me apraz!
Obrigada.
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