15 de julho de 2005

Se eu pudesse...

... partia!

Deixava tudo para trás, ia embora.
Abandonava o emprego, a segurança.
Despedia-me da família, dos amigos.

Se eu pudesse (ou soubesse como) copiava-te o M.O..
Saltava alegremente de galho em galho, como símio brincalhão e despreocupado.
Não aqueceria nenhum lugar, não perderia tempo com quem não me conquistasse.

Se eu conseguisse, esquecia.
Não guardaria fotos, nem filmes.
Não conservaria elos comuns, começaria tudo de novo.

Se eu tivesse destino, fugia!
Vendia a casa e o carro.
Rumava a África, fazia um safari.
Atravessava um deserto, fazia um cruzeiro.
Percorria o Caminho de Santiago, visitava a Índia.
Tomava banho no Vietname, conhecia a Argentina.

Se eu pudesse, não mais voltaria.
Seria um "Adeus!" e não um "Até breve!".

Como não posso, não sei, não consigo, nem tenho...
... ficarei, voltarei...
Até breve!