Actualmente, não me identifico com os blogs que leio.
Não me interpretem mal.
Continuo a lê-los, a admirar a forma como estão escritos, a apreciar a graça dos seus textos, a assimilar a profundidade das suas mensagens.
Mas não me têm falado ao coração.
Porque sou arrogante, prepotente e intransigente... mas nem sempre me revejo nos blogs desbragados, impudentes e feministas.
Porque sou anti-social e introspectiva... mas não me reflicto nos blogs intelectuais e suicidas.
Porque não gosto de novelas, nem de reality-shows... mas também não me encontro em blogs poéticos, de actualidades ou profundamente literários.
Porque sou superficial e imprudente... mas não me prendo a blogs ligeiros e triviais.
Porque actualmente me sinto muito mais "So many man, so little time" e "It's raining men!"... e, por isso, sou incapaz da compaixão que me exigem os blogs deprimidos e auto-comiserativos [estou consciente da profunda injustiça do que acabei de escrever, uma vez que sou apenas mais um destes blogs, encaixando-me perfeitamente nesta definição].
Porque sou demasiado sincera, demasiado condescendente (com os outros), demasiado exigente (comigo própria), demasiado inconstante, demasiado contraditória...
... e, portanto, todos os blogs me agradam, me repelem ou me deixam indiferente consoante o meu estado de espírito na altura em que os leio.
Porque até o meu próprio blog tem vindo cada vez mais a desagradar-me... a falta de qualidade, a superficialidade... e a ausência de comentários e visitantes a comprová-lo.
Porque escrevo sem humor, sem garra, sem sentimento.
Porque confesso que eu própria não me leria.
Porque sou, fico... estou...
Mas não deixo de me sentir perdida.
Uma verdadeira "Peixes" fora de água.
7 de julho de 2005
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