1 de fevereiro de 2008

Nas...

... suas mãos, sou instrumento afinado.

O som que emito é perfeito.
O arco das minhas costas, inteiro.

Ao seu alcance, sou fácil.

Dou-lhe sempre o que procura.
Murmuro o que quer ouvir.

Ao meu alcance é eco que reproduz o que penso.
Nas minhas mãos é espelho que reflecte o meu desejo.

Ouço-o e escuto-me.
Olho-o e vejo-me.

Se o toco, sinto-me.
E se me mata... consigo viver.