... sei eu!" diz ele, brincando comigo.
E eu penso que não sabe.
Porque até eu tenho dificuldade em defini-lo.
Sabe que quero um colo onde aninhar-me?
E uma solidão absoluta para que consiga ser eu?
Sabe que quero viajar e sair todas as noites?
E enrolar-me, maltrapilha e confortável, no sofá da minha sala?
Sabe que quero uma casa cheia de alvoroço?
E um silêncio impenetrável para que me possa ouvir pensar?
Sabe que quero um homem maduro e calmo?
E um jovem irrequieto, excitante e audaz?
Sabe que quero alguém e ninguém?
Muito e pouco?
Tudo e nada?
Sempre...
... e nunca?
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