"Nem todos temos de ser modernos..."
Retive esta frase do último episódio que vi da série "The L Word".
Realmente, há coisas na velocidade dos ditos 'tempos modernos' que abomino, que rejeito, que recuso.
Não concordo com o elogio a uma vida plena de conteúdo e ritmo como sinónimo de felicidade e realização pessoal.
Chega a parecer que um momento disponível é condenável.
Que o ócio deve ser, também ele, 'ocupado'.
Não tenho de ter uma agenda repleta para ser feliz.
Não preciso de trabalhar de sol a sol para me sentir igual.
A velocidade não me deixa falar, não me deixa pensar, não me deixa parar.
O ritmo acelerado distrai-me, consome-me, estorva-me.
Gosto do tempo que respiro.
Do tempo que ofereço.
Do tempo que (me) dou.
Gosto de tempo.
Tempo livre, tempo meu.
Que desperdiço, que gasto.
Que aproveito, que uso.
Mas que é livre... e que é meu!
"Nem todos temos de ser modernos..."
Pois não?
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