25 de outubro de 2007

Primeiro...

... sou contágio, promessa de sensações.
Arca de preciosidades, X em mapa do tesouro.

De início, pareço valer a pena.
Merecer a luta, o esforço, a conquista.

Defendo-me, dizendo a verdade.
Não encerro riquezas, sou apenas o que vêem,
superfície espelhada que vos reflecte e agrada.

Mas sou mesmo assim, acreditem!
Fútil e fria.
Insípida e vazia.

Não há pérola na ostra feia.
Não há prémio por alcançar.
Não há nada mais por descobrir ou desvendar.

E venço sempre, acabo a história.

Mato a urgência, destruo a pressa.
Sou falso engodo em busca de presa...